seven

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Fiquei admirando a pequena garotinha durante alguns poucos minutos, que mais me pareciam segundos, meu tempo parava toda vez que eu a via , acho que poderia ficar horas e horas a observando e nunca me cansaria de observar a minha menina, ela definitivamente era a coisa mais preciosa de toda minha vida, Derek poderia ter causado um grande caos em minha vida com toda aquela merda, mas também trouxe a única paz que eu tinha, que era minha pequena e doce Luna, então obrigado querido desgraçado, você me acompanhou durante muito tempo, me fazendo feliz também, e me deu a coisa mais preciosa que existe, mas não se anime, eu ainda odeio você.

Balancei minha cabeça algumas vezes, tentando afastar aqueles pensamentos, logo me curvei levemente e beijei os fios escuros de Luna, assim dando uma penúltima olhada na garota, antes de me virar e ir em direção a porta, gostaria muiro de pegar a garotinha em meu colo, para então mima-la até dormir novamente, mas saber que ela acordaria de mal-humor me fez mudar completamente de ideia. Quando cheguei na porta dei uma última olhada no berço, antes de sorrir pequeno e suspirar baixinho.

-Boa noite, minha pequena Lua. Sonhe coisas boas, pequenina.

Após dizer isso, finalmente dei as costas para o berço, assim fechando a porta atrás de mim, mesmo que fosse um pequeno espaço que estava longe dela, ainda doia, por algum motivo em minha cabeça, achava que algo poderia acontecer a ela, mas sabia que como era mãe de primeira viagem isso iria acontecer, a super proteção a todo momento, ou quase enlouquecer, então eu só precisava respirar fundo e me colocar nos trilhos novamente, ela ficaria bem sem mim, e mesmo se não ficasse eu estaria observando com a babá eletrônica, assim poderia correr direto para ela, caso algo acontecesse.

Olhei para a porta a minha frente, logo inclinando minha cabeça levemente para o lado, sabia que memória iria vim a seguir, não sei como, mas sabia, nao estava preparada, pois essa seria a penúltima memória para então minha última memória aparecer, aquilo doía, as outras memórias doíam também, mas não tanto quanto essas duas últimas, não tinham tanto efeito essas duas últimas tinha. Na verdade, era por essas duas últimas memórias que nunca liguei para Derek, nunca mandei uma mensagem, e nunca o procurei, o queria bem longe, bem longe de mim e de minha filha, não ligava se estava sendo irracional sobre isso, não ligava se ele era o pai de minha filha. Se ele realmente quisesse ter uma família, ele não teria feito o que fez. Só depois de ficar um tempo parada percebi que meus dentes estavam cerrados, algumas lágrimas de ódio havia se acumulado em  meus olhos, e minhas mãos estavam fechadas em um punho, respirei fundo passando minha língua entre meus lábios agora secos, e em seguida passei minhas mãos ainda fechadas em meus olhos, afastando todo o resquício de lágrimas que haviam em meus olhos. Se era para lembrar daquela merda então eu iria com tudo.

Não demorei nem sequer um segundo para então avançar até a porta em minha frente, logo a abrindo de maneira rápida e entrando no cômodo da mesma forma, fechei a porta atrás de mim assim me encostando sobre ela, suspirando levemente, uma pontada forte em meu coração aconteceu, após eu ver a minha cama arrumada da mesma forma que eu havia arrumado naquele dia, respirei fundo negando levemente com a cabeça, tentando enganar minha própria mente que aquilo não me afetaria.

- E lá vamos nós, de novo...

10 meses atrás...

Derek e eu realmente tentamos ter um filho a partir daquele dia que decidimos, porém demorou um mês para eu enfim conseguir engravidar de Derek, que quando soube que finalmente iriamos ter um(a) filho(a) ficou super animado, os três primeiros meses foram incríveis, Derek estava mais carinhoso, protetor e atencioso que o comum, algo que achei que não poderia ser possível mas aparentemente era. Porém, no quarto mês ele já não fazia questão, estava irrelevante, até achei que era umas das reações que os homens tinham ao saber que estava chegando cada dia mais próximo para enfim ter o bebê, então relevei, não queria criar paranoias em minha cabeça, talvez ele voltaria ao normal no próximo mês, certo?! Errado, Derek a cada dia que passava ficava ainda mais indiferente, no quinto mês tentei mostrar que nossa filha -que a propósito descobri o seu sexo numa consulta que fui sozinha- estava chutando, mas ele simples me olhou de cima a baixo e se virou, falando que tinha muita coisa a fazer, me deixando sozinha sentada na sala, com minha em minha barriga e com um olhar distante. No sexto mês ele começou a sair, mas não era tanto, uma ou duas vezes na semana e sempre voltava cedo para casa, dizendo que foi se divertir com alguns amigos do trabalho, novamente relevei, ele era um homem adulto e eu esperava do fundo do meu coração que toda a maturidade que via nele aos dezesseis anos, estivesse ainda percorrendo seu corpo. Sétimo mês se aproxima, dessa vez ele estava saindo mais, voltando pra casa sempre depois das duas da manhã, todo dia que ele chegava, tomava seu banho, se deitava ao meu lado e se virava de costas para mim, resmungando algo que eu nunca compreendi direito, então eu esperava o homem dormi, para cobrir seu corpo que sempre ele esquecia de cobrir, então deixava algumas lágrimas cair quando beijava sua testa levemente, dizendo que ainda o amava apesar de tudo. E chegamos no tempo atual, onde estou com uma barriga enorme nos meu pleno oitavo mês, acha mesmo que melhorou tudo? Obviamente que não, agora ele está voltando depois das três, cheirando a tanto álcool que parece que se afundou em uma piscina com todo o tipo de bebida, acho que se eu aproximar fogo perto dele, ele explode como a merda de um gás. Aguentei demais durante esses meses, hoje irei confronta-lo, quero meu marido de volta, quero o garoto que me apaixonei aqui, não esse homem desprezível que ele está se tornando.

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⏰ Última atualização: Apr 27, 2020 ⏰

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