Cats and Sunflowers

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Tem bônus no final, dps que acabar

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Riley encara seu gato roxo no seu antebraço esquerdo no meio da sala, ele corria de um lado pro outro aparentemente contente, até que ele enfim para e parece felizmente fazer algo com as patas sentado.

O gato roxo era a marca que ela tinha de soulmate, que indicava a sua alma gêmea, por causa desse gato, desde pequena sua cor favorita foi roxo. Quando ela tocasse na marca de sua alma gêmea, o gato roxo e "o-que-ser-que-tenha" vão se juntar como uma pintura, é como se ela tivesse metade e a sua alma gêmea a outra metade de uma obra prima.

As marcas normalmente mudavam de acordo com a emoção, e a de Riley normalmente ficava parado em um canto como assustado ou bravo. Mas esses dias parece mais animado, especialmente nessa hora do dia.

-Riley! Já acabou sua pintura?- a professora de artes a pergunta.

-erm... Já?- Riley olha pro quadro onde ela tinha (tentado) desenhar o gato roxo.

-Riley, mais um gato roxo?- a professora bate na própria testa

-Você falou pra pintar a marca ué- Riley mostra onde o gato estava em seu braço, só que ele tinha sumido de lá- ué? Cadê?

Ela vê um rabo roxo saindo da manga de sua blusa e ela levanta, vendo o gato se escondendo lá.

-engraçadinho- Riley faz bico pro gato que parece sorrir e voltar pro antebraço que ele normalmente ficava.

A professora parecia querer dar risada, ou se matar, ou os dois. Enfim ela passa pra próxima pintura balançando a cabeça.

-Maya, perfeito como sempre- ela passa no Canvas da menina loira que sentava perto de Riley e Riley vira a cabeça pra olhar.

Ela sempre tinha achado fascinante o canvas que era a marca da menina, um campo de girassóis no braço direito dela, Riley tinha visto nas poucas vezes que a menina vinha sem blusa longa pra esconder e Riley sempre amou, era lindo como a menina e só parecia complementar a obra de arte que era aquele corpo.

Não desse jeito Riley, não é esse o jeito que você quis dizer, é que a menina é bonita e...

Quem Riley tá tentando enganar? Ela mesma? Riley fica vermelha ao pensar que realmente era do jeito que a frase soou, junto com o que ela tinha pensado. Ela estaria mentindo se falasse que nunca pensou na loira desse jeito, mas alguém pode a culpar? Esse verão a menina veio com um shorts curto e o cérebro de Riley deu um curto circuito e ela só conseguiu pensar em duas palavras "pernas" e "coxas" no resto do dia, ela até escreveu isso numa prova de matemática ao invez da resposta do exercício.

Ela fica ainda mais vermelha ao lembrar do pai rindo ao falar pra ela o que ela fez, e ela não sabia o que falar pra ele depois.

Riley não sabe quando saiu do assunto e quando parou de encarar o desenho de Maya pra encarar Maya, mas a menina a olhava com uma sobrancelha levantada e Riley (que sentia suas bochechas numa cor normal até aquele momento) se vira pro seu próprio desenho, vermelha mais uma vez.

Riley olha de canto de olho o desenho de Maya. O desenho dava uma nova vista aos girassóis que estavam em seu braço, ela tinha os desenhado em forma de coração, que estranhamente, Riley ouviu ela dizer a professora que eles ficavam assim as vezes.

Só deu tempo do seu coração desacelerar e seu rosto voltar a cor normal pra ela notar Maya a olhando, ela se vira pra menina que olha pra pintura de Riley e pra menina, piscando o olho com um sorriso travesso.

Só aquela piscada já fez o coração de Riley esquecer que precisava bater e o sorriso fez ele lembrar que precisava bater mas não lembrar a velocidade certa, então ele batia rapidamente no peito de Riley e ela luta contra o vermelho nas bochechas por tempo suficiente pra mandar um sorriso envergonhado e voltar a olhar pra frente, deixando o vermelho vencer a luta contra sua força de vontade.

One Shots RilayaOnde histórias criam vida. Descubra agora