Mental breakdown

578 39 4
                                    

Ok, eu escrevi uma história bem triste as 5 da manhã e eu recomendo vcs não lerem se estiverem em um péssimo momento mentalmente pq a guria tem meio que uma caída e pode ser pesado, MUITO pesado.

Enquanto eu tava escrevendo essa fic eu tava ouvindo uma playlist no spotify chamada "soft wlw" e do nada no meio do surto brotou uma musica WOULDNT IT BE NICE NANA NANA NANANANANA WAIT SO LOOONG e eu comecei a rir.

Escrevi mais uma mas achei q ficou uma bosta e estou escrevendo mais outra então :)

------------------------

Era algo ridículo

Era algo absolutamente ridículo

Porque Maya estava chorando? O lapis dela quebrou, isso era ridículo.

Ela pensa, mas continua chorando.

"Nem o lápis quer ter a ver com você"
"O seu pai não te queria"
"Sua mãe, Shawn, Riley não te merecem"

Ela não sabe de onde vem esses pensamentos, mas ela não consegue para-los. Ela só sabe que seu lápis quebrou na aula e ela teve que sair pra não ter um colapso no meio da sala de aula. No momento ela estava no chão do banheiro, tentando respirar, parar de chorar, fazer algo.

Mas esses malditos pensamentos não paravam cada vez vinham piores.

"Eles viveriam melhor sem você"
"Por que não sai da vida deles logo?"
"Some"
"Se mata"
"Você não merece eles"

Ela sente uma dor em sua cabeça, Maya deve estar puxando seus cabelos, ela não sabe, tudo está embaçado com as lagrimas, ela não consegue mais parar. O ar começava a faltar.

Ela ouve um barulho no fundo, parecia alguém batendo algo, mas não presta muito atenção.

-.... ya, Maya- ela ouve alguém a chamando e uma mão toca seu ombro, Maya pula pra trás.

-n-nao me toca- ela não sabia quem estava lá, mas ela sabe que não quer saber, ela quer ficar sozinha.

-Peaches, olha pra mim- a pessoa não a toca mais mas tenta falar em uma voz calma- consegue olhar pra mim Peaches?

Maya balança a cabeça, escondendo entre seus joelhos, ela não sabe a quanto tempo seu joelho estava lá.

-Ok, pode pelo menos respirar pra mim?

Com a falta de resposta de Maya, a pessoa muda a pergunta.

-Maya, sabe quem eu sou?

Maya balança a cabeça, tudo era demais pra ela aguentar, ela não consegue discernir wuem é a pessoa entre suas lágrimas e os pensamentos gritando em seus ouvidos.

-Sou eu Maya, Riley, sua Honey, por favor respira pra mim peaches.

Com a voz da pessoa, estando tanto calma quanto preocupada, parecia a implorar pra algo.

Então Maya tenta respirar fundo. E com essa respirada veio a claridade do momento.

Ela estava no chão do banheiro, na escola, Riley estava a sua frente, Maya volta a sentir o choro voltar, mas dessa vez abraça a Riley enquanto solta o choro de novo.

-eu to aqui peaches, eu to aqui- Maya sente as mãos de Riley confortaveis em suas costas.

-hey, respira comigo Maya, inspira por 5 segundos, segura por 3 e solta por outros 5.

Depois de pouco tempo, Maya consegue respirar.

"Isso aí, a patética precisou da ajuda de alguém pra parar de chorar que nem uma bebê"
"Ela não merece lidar com você nesse estado"
"Voce é patética"

As lágrimas ainda saiam de Maya, mas pelo menos ela respirava melhor.

-Maya, olha pra mim.

Maya olha pra Riley.

-faz algo por mim? Olha ao redor e ache 5 coisas que você pode ver.

Maya fica olhando ao redor tentando computar o que via.

-hm.. você. Porta. Haan.. parede- a respiração dela volta a ficar rápida- e-ee não sei, não sei não sei.

Riley começa a dar as instruções de respirar de novo e Maya a segue de novo.

-hm... Luz, teto- Maya continua.

-Isso, agora consegue me achar 4 coisas que ouve?- Maya fecha os olhos, ouvindo as vozes em sua cabeça ainda a ridicularizando, mas acha melhor não dizer isso.

-pessoas, fora do banheiro. Você. Minha respiração. Alguem tocando musica na jbl lá fora.

-Perfeito Peaches- Riley sorri pra ela e segura sua mão- 3 coisas que esta sentindo?

-não sei que sensação que é, mas meu coração ta pesado, ansiedade.... Sua mão na minha- Maya levanta um lado de seus lábios num fraco meio sorriso com esse último ponto e vê Riley sorrindo fraco também.

-duas coisas que cheira?

Maya respira fundo algumas vezes, de olhos fechados pra focar.

-banheiro de escola... Meu perfume.

-perfeito, o que você sente o gosto?

-.... Nada acho

-melhor Maya?

-se por melhor você quer dizer que consigo respirar, eu diria mais ou menos.

Ela deixa a cabeça cair no ombro de sua amiga, que mexe em seus cabelos.

Era um sentimento gostoso, contrariando o sentimento vazio e de coração pesado que sentia por dentro.

-O que aconteceu peaches?- ela ouve Riley perguntando suavemente.

-eu... Não sei, num momento eu tava bem, aí meu lápis quebrou e não sei mais mas comecei a chorar.

As duas ficaram quietas por um tempo.

"Viu Maya? Tu ferrou tudo, Riley vai perceber quão ferrada você é e vai te deixar"

Maya sente uma lágrima a escapar, mas logo ela é limpa por uma mão.

-Maya, sabe, meu pai uma vez me disse que os humanos são um vulcão, você esta bem, ou parece bem por fora, mas você esta acumulando tanta coisa que um dia algo pequeno assim pode te fazer explodir. E não é como se você não tivesse motivos pra isso. Eu sei que essa semana foi estressante pra você.

Maya fica quieta por um tempo.

-isso é normal?- sua voz é fraca quando ela responde.

-sim Peaches, é normal.

-e você não vai me deixar por ter que lidar comigo assim?- Maya sabe que ela está falando de algo que a deveria deixar ela mesma se sentir vulnerável, falando de uma insegurança que tem a anos, mas Riley acabou de a ver tendo um ataque de ansiedade tão forte que ela mal lembrava quem ela era, isso é pequeno comparado aquilo.

-Nunca Maya, você é tudo pra mim- Riley desce a mão do cabelo de Maya até a cintura e aperta.

Maya segura um soluço, escondendo sua cabeça no pescoço de Riley enquanto mais umas lágrimas saem.

-obrigada Honey por estar comigo.

As vezes a vida é dificil, mas Riley sempre vai estar la pra ela.

One Shots RilayaOnde histórias criam vida. Descubra agora