Quando pisou para fora do presídio, Chuuya sentiu como se tivesse nascido de novo. O ar era diferente e o sol parecia muito mais bonito agora que podia vê-lo além das grades de metal.
Nakahara Chuuya, após passar dois anos na prisão por tráfico de drogas, finalmente foi absolvido de sua pena. Chuuya havia sido integrante de uma organização criminosa que liderava a cidade de Yokohama, a Máfia do Porto, na qual sua principal atuação estava associada ao tráfico de drogas, liderando a região tida como “Ovelhas”. Ainda que fosse um membro sem grandes atuações na máfia, de modo que mal conhecesse o grande líder e os demais executivos, Chuuya aceitava um acordo com a polícia para entregar alguns nomes dos quais o garoto tinha conhecimento. Por mais que pudesse correr risco de vida por tal feito, o rapaz com agora de 22 anos seria finalmente solto da prisão naquele dia.
Usava uma calça preta e uma regata branca, as mesmas roupas de quando havia chegado à prisão, dois anos atrás. Vesti-las de novo só provava o quanto ele havia emagrecido, dado o quanto suas roupas agora estavam largas.
Tinha os longos cabelos ruivos presos na lateral, deixando com que suas madeixas caíssem sobre o ombro esquerdo.
Quando andou um pouco, avistou uma figura sombria, encostado em um carro popular. Era Ryunosuke Akutagawa, seu antigo colega de quarto enquanto estavam encarcerados. Por ter se envolvido em coisas um pouco menores, Akutagawa acabava recebendo uma pena menor, deixando a prisão alguns meses antes. Ele se vestia completamente de preto, enquanto olhava para Chuuya com uma expressão de extremo desgosto. Tossia um pouco, dado a sua saúde fragilizada.
- E aí? - Murmurou Chuuya com certo desdém enquanto se aproximou, e sem pedir permissão veio por abrir a porta do passageiro do carro para adentrar no mesmo. - Teve sorte, hã? Faz um ano que saiu desse inferno.
- Cale a boca e vamos terminar logo com isso. - Akutagawa respondia com certa indisposição, entrando no carro.
Ao se ajeitar no banco do motorista, o rapaz moreno dava a partida, saindo com o veículo um pouco depois.
- E então como andam as coisas? Já voltou a vender de novo? - Perguntou Chuuya enquanto esticou as duas pernas contra o painel do carro, se deitando no banco do passageiro.
- Tcs, não mexo mais com essa... merda, você deveria saber. - O rapaz respondia, franzindo ainda mais a testa. - E se trazer para dentro de casa, terá que arrumar outro lugar para viver.
- Tá, tá. - Chuuya suspirou, levando os braços para trás da cabeça. - Quer dizer que está trabalhando de verdade? E nenhum daqueles caras veio atrás de você?
- Eu não fiz nada para eles. - O moreno respondia em um tom sério. - Você quem fez.
- Tsc. Fodam-se eles. - Resmungou, virando o rosto para o vidro do carro, olhando para a paisagem de fora. - Fiquei sabendo que vou ter um agente da condicional me vigiando. Ao menos não vou correr risco de vida. - Falou Chuuya em tom de deboche, afinal não acreditava que o tal agente seria de grande utilidade. Na verdade, sabia que ele faria aquilo mais para garantir que ele não voltaria a fazer nenhuma merda fora da lei.
- Boa sorte com ele. Ele foi o meu agente da condicional também. - Resmungou Akutagawa, enquanto desviava o olhar. - É um sujeito tão irresponsável e preguiçoso que era ele quem tinha que vir buscá-lo, mas me mandou no lugar porque ele "tinha algo importante para fazer".
Chuuya deu um riso debochado, mantendo os olhos pela janela.
- Desde que ele não encha meu saco, eu 'tô pouco me fodendo pra ele. - Suspirou. - Tem certeza que posso ficar na sua casa? A Máfia do Porto não vai deixar barato que eu dedurei alguns nomes... com certeza alguém virá atrás de mim.
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Soukoku AU: Bittwesweet
Fiksi PenggemarSinopse: Chuuya Nakahara acaba de sair em liberdade após dois anos de reclusão por ter colaborado e denunciado em seu julgamento, nomes conhecidos por ele da máfia do porto. Seu agente da condicional é Dazai Osamu, um homem misterioso com o incrível...