Continuação

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LIV MANOVIK

Já eram 4 da manhã e eu continuava sozinha no quarto. Lucius saiu para essa tal reunião e até agora não voltou, pediu que eu não saísse do quarto é que qualquer problema ligasse para ele.

Na verdade não teve nenhum problema, mas eu confesso que não consegui pregar o olha sabendo que Lucius está rodeado de pessoas perigosas (apesar dele ser o pior deles), continuo preocupada mesmo assim.

Um dos soldados veio deixar meu jantar, e olhando pelo notebook que Lucius deixou, posso ver as câmeras do hotel e a do corredor, os soldados fazem ronda de 5 em 5 minutos e tem uns 3 parados na porta.

Quando menos esperava porta é aberta e eu pulo em susto, Lucius passa por ela com sua blusa social branca encharcada de sangue, sua mão pressionava algum lugar da sua barriga.

- Lucius! O que aconteceu?! - Pergunto correndo até ele e o ajudando a chegar até a cama.

- Está tudo bem... - Diz tirando a blusa. - É normal acontecer, nos mafiosos resolvemos tudo com tiros.

- Claro que não Lucius! Você está sangrando!

- Calma Liv! - Levanta e me encara. -Vou tomar um banho e você me ajuda a consertar isso.

Ele entra no banheiro e depois de uns minutos sai de lá enrolado em uma toalha e com uma caixinha em mãos.

- Tenho uma notícia boa e uma ruim. A boa é que foi de raspão. - Suspiro aliviada. - A ruim é que você vai ter que costurar. - Arregalo os olhos.

- Você está louco? Lucius eu nunca fiz isso!

- Tudo tem sua primeira vez, vem. - Puxa uma cadeira e posiciona a sua frente sentado na cama. Me aproximo e sento o encarando. - Eu vou limpar e deixar no ponto só para você costurar.

Depois de um tempo limpando o ferimento ele me entrega uma agulha cirúrgica com uma linha e eu a encaro assustada.

- Eu não sei se consigo... - Recuo.

- Por favor Liv, tente! - Confirmo com a cabeça e começo a fazer como ele ensinava. Depois de um tempo costurando ele começa a conversar comigo para se distrair da dor.

- Como conseguiu isso?

- Digamos que eu não gosto de ser contrariado.

- Então ele resolver atirar em você?

- Eu atirei primeiro. - Confirma e suspira. - Mais uma morte para minhas costas. - Da um riso sem graça. - O tiro foi na fuga, sorte que eu fui mais rápido e pegou de raspão. AÍ! - Ele grita e me assusta.

- Desculpa, era um nó, terminei.

- Obrigado. - Segura minha mão e eu retribuo balançando a cabeça.

- Melhor você descansar.

- Claro, faça o mesmo, sairemos quando amanhecer, dentro de pouco mais de 2 horas.

Adormeci ao seu lado, mas não durou muito já que em pouco tempo ele me acordou dizendo que já tínhamos que ir, e pediu para que eu dormisse no avião.

Chegamos na Itália em algumas horas, Lucius tomava alguns analgésicos para diminuir a dor do tiro e eu o ajudava a andar, mas tenho a leve impressão de que ele já estava se aproveitando de mim.

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