Quase

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LUCIUS WALKER

Liv continuou o beijo e eu apenas correspondi, não queria ir rápido demais para não assusta-la. Coloquei minhas mãos em cada lado de sua cintura e a puxei para meu colo.

Ela estava em cima de mim, com uma perna de cada lado do meu corpo. Isso concerteza é o significado de perdição, como se controlar com uma mulher igual a Liv fazendo isso?

Apertei ainda mais sua cintura contra meu corpo e intensifiquei o beijo, eu estou assustado e feliz ao mesmo tempo, ela correspondia tudo. Suas unhas dão leves arranhões na minha nuca, e isso só me deixa mais duro.

- Eu quero foder você. - A jogo na cama e fico por cima da mesma.

- É o mesmo que sexo? - Arqueia uma sobrancelha.

- Sim, só que bem melhor. - Avanço sobre seus lábios e iniciamos um beijo quente.

Desço uma de minhas mãos até a barra de seu short e abro o botão, logo descendo o zíper, a beijo para que ela não fique tão tensa com a situação.

Adentro sua calcinha e sinto sua intimidade molhada, pingando para falar a verdade. Mas como tudo que é bom dura pouco... Ouço batidas violentas na porta.

Sussurro um palavrão e saio de cima de Liv, que levanta e começa a se arrumar novamente.

- O que é porra?! - Esbravejo abrindo a porta.

- Que mal humor irmãozinho! - Arle está parada de braços cruzados na minha frente. - Enrico quer falar com você, disse que é sério.

- Ótimo! Não tem o dia piorar! - Grito descendo as escadas, e vejo de relance Arle entrando no quarto.

Entro no escritório e ele está girando na minha cadeira, típico dele, idiota.

- Demorou...

- Devia agradecer o fato de eu vir.

- Achei algo que vai interessar você.

- Fala logo, e sai da minha cadeira, sei imbecil! - Jogo uma almofada nele, que pula rindo.

- Andrei foi visto por alguns moradores de um lugar mais isolado esses dias.

- E? - Indago.

- A casa que ele foi visto fica perto de uma floresta isolada aqui da Itália.

- Não gosto de adivinhações Enrico, seja direto.

- Pesquisei mais afundo e descobri que a tal casa, é a casa onde a mãe de Liv a escondeu, antes de cometer suicidio.

- Eu quero o endereço agora.

- Mandei no seu celular, mas agora tenho um assunto sério para falar com você.

- Mais um...

- Vou embora com minha família para o Brasil. - Me espanto por um momento com o que ele diz, mas logo me recomponho.

- Está louco? Eu preciso de você aqui.

- Mary não quer que Madah tenho uma vida perigosa como a nossa Lucius, tente entender, é minha filha, eu farei o que for preciso para protegê-la.

- Então acha que abandonar seus irmãos é a solução perfeita! Ótimo!

- Vocês sempre se viraram sem mim Lucius! Sabe bem disso, e sem contar que eu tenho que proteger Madah e Mary a todo custo.

- Se nos abandonar, estará abandonando a máfia, e não levará nada dela, nenhum dinheiro, nenhum bem material, nada! A máfia odeia desertores. - Confesso que tinha esperança de que ele voltasse atras depois da ameaça que fiz.

- Eu não quero nada da máfia, vou começar uma vida nova, longe de tudo isso.

- Pode ir embora. Não tenho nada a conversar com desertores. - Digo firme e o vejo suspirar caminhando até a porta, mas para e me encara.

- Me desculpa Lucius... mas a minha família é meu bem mais precioso, não posso viver todos os dias com medo de perdê-la. - Ele sai e fecha a porta. De novo.

Enrico é um frouxo, um molenga. Sempre arregou, sempre deu para trás quando mais precisamos dele. Quando aquele acidente aconteceu, ele fugiu e eu tive que caçá-lo e trazê-lo de volta, e agora de novo, mais uma vez fugindo.

Volto para meu quarto e posso ouvir gemido de choro vindo de meu quarto, abro a porta rápido e me deparo com Liv sentada na cama e a cabeça de Arle em suas pernas, ela acariciava seu cabelo enquanto Arle chorava.

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