E foi assim que ele a pediu em namoro.
Quando ela lhe disse que também sentia o mesmo por ele, todos os seus medos e receios de ser rejeitado caíram por terra. Estava tão feliz com essa nova descoberta, que a abraçou imediatamente sentindo toda a felicidade de estar apaixonado pela sua vizinha e amiga de infância desde sempre.
Irradiava felicidade por todos os seus poros, mal cabia em si.Decidiram não contar nada a ninguém por enquanto. Não queriam criar alardes e ainda mais, pela família deles serem próximas. Tinham muito medo deles querer os separar de alguma forma se soubessem dessa novidade.
Primeiro, decidiram preparar o terreno para assim, poder contar a todos, inclusive aos seus amigos mais próximos.Na frente de todos, se tratavam formal e amigavelmente. Mas quanto estava só ele e ela, o sentimento falava mais forte.
Foi com ela que ele deu seu primeiro beijo embaixo de uma árvore de eucalipto. Jamais esquecera daquele dia.― Você acha que nossos pais vão concordar com o nosso namoro? ― Hannah lhe pergunta, enquanto está encostada em seu peito, embaixo de uma enorme árvore que lhes proporcionava uma sombra perfeita e deixava o dia ainda mais agradável.
― Não sei. Mas eles terão que concordar, porque não vou me afastar de você por nada. ― respondeu convicto, fazendo ela ajeitar a postura e ficar de frente pra ele, olhando atentamente em seus olhos.
― Não sei o motivo, mas eu preciso que você me prometa uma coisa.
― Claro! ― respondeu de imediato. Ela estava séria. Sua expressão demonstrava expectativa ante a sua resposta. ― o que quiser. ― completou.
― Você promete nunca me esquecer? Aconteça o que acontecer?
― Por que essa pergunta agora, Han? ― ele estranhou de início.
― Só me responde, por favor.
― Tudo bem. Eu prometo jamais, em hipótese alguma te esquecer.
― Promete? ― ela lhe estende seu dedo mindinho para ele enlaçar com o dela.
― É sério Isso? ― caçoou por esse ato tão bobo na visão dele.
― Sim, Shone. Quero que você me prometa de dedinho. E essa promessa é pra valer. ― falou sem um pingo de humor na voz. Ela precisava que ele fizesse o que ela queria. Algo dentro dela necessitava por algo em que pudesse confiar. Estava com um mau pressentimento diante das perspectivas do futuro. Ainda mais por seus pais serem bastante rígidos com a educação dela.
― Tudo bem, eu prometo de mindinho. ― então, enlaçou seu dedinho ao dela.
Quando viu que sua expressão havia adquirido um tom de alívio, ele se aproximou dela devagar, acariciando seu rosto com os dedos e logo, a trazendo para mais perto de si. Até seus rostos estarem a centímetros um do outro.
Foi quando ele viu ela fechando os olhos, à espera de uma atitude dele. Quando finalmente ele juntou seus lábios aos dela. Nunca tinha feito aquilo antes, mas a vontade falava mais alto que qualquer inexperiência.
Quando ficavam a sós, as carícias eram tão inocentes, que jamais ficavam assim tão próximos a esse ponto. Mas era o que ele mais queria desde que se declarou para ela. Precisava sentir o gosto daqueles lábios carnudos nos seus.
Agora seus corações estavam igualmente acelerados. Não sabia exatamente o que fazer, nunca tinha beijado ninguém antes. Ela muito menos.
Então, aprenderam um com o outro.
O beijo foi rápido, mais ainda assim, apaixonado.
Quando terminaram apenas olharam um para o outro, e sorriram. E aquela foi a melhor resposta que ela poderia dado a ele, seu sorriso.
E enquanto estavam se beijando, essa foi de longe a melhor sensação do mundo.
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Perfect - nossa música favorita
RomanceShone Robinson tinha apenas 9 anos, quando conheceu sua vizinha da casa ao lado, Hannah Wilford. Uma doce menina de sorriso fácil e olhar meigo, que viu naquele garotinho marrento, uma possibilidade de fazer amizade e brincar. E mesmo com personali...