Dores Solitárias

-5-

Victórya_

Talvez aos poucos eu comece a gostar dele. Pelo visto ele ainda me ama. -pensei
-Talvez a gente precise de um tempo para nos atraírmos de novo. E esse tempo pode levar alguns anos.- Phelipe disse um pouco confuso
-Éh, acho que vamos ter que nos conhecermos de novo- eu disse me levantando.
-Provavelmente.-Phelipe concorda ficando de pé.
-Quer uma carona?
-Não seria má ideia.
Voltamos para a cidade do Vento. E lanchamos numa lanchonetezinha por ali, a qual tinha a logo: VOCÊ É AQUILO O QUE VOCÊ QUER SER!
Conversamos horas. E quando percebemos já era 22:57.
Voltei pra casa e ele fez o mesmo. Ainda estávamos bem confusos quando nos despedimos.
Brunno ficou preocupado.
-Não fica muito tempo com ele não tá?!- dizia sem a mínima esperança de eu o escutar.

Me preparei pra dormir, apareceu uma mancha em meu peito esquerdo, o que parecia uma cicatriz.
-Talvez seja a marca de que já fui um anjo.-pensei
Assim que me deito meu celular começa a tocar.

-Alô, Victórya?
-Sim. Tudo bem Phelipe?
-Sim, deixa eu te perguntar, apareceu uma mancha em seu peito, parecendo uma cicatriz?
-Sim. Apareceu em você também?
-Apareceu, você pensou em mim?
-Sim
-Ah foi por isso então. Provavelmente, ficaremos com essa cicatriz enquanto pensarmos um no outro.
-Estranho, mas okay. Ou você vai tá ocupado amanhã?
-Não
-Posso ir aí então?
-Claro. Vou estar te esperando
-Okay boa noite.
-Boa noite.

Dormi pensando nele. É incrível como o ser humano consegue sentir sentimentos tão fortes por algo que pode o deixar mais tarde.
Acordei cedo e me arrumei para o encontrar.

Nós nos encontramos por alguns meses, aos poucos, encontramos os porquês tínhamos nos apaixonados.
Brunno, sempre reclamava por ficarmos até altas horas da noite conversando, por eu ir dormir lá quase toda semana.
Thiago sempre falava que ' o tempo não para, para quem se ama' nunca tinha pensado nisso, se pensei não lembro, e era verdade, conversando com o Phelipe, as horas voavam.

Talvez esse seja o significado de amar.