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Hora do almoço

Aquele momento de paz e alegria, so que não!

Era pra ser um dia calmo, mas o menor já começou a tocar o terror na escola.

Estava sentada em uma das mesas do refeitório, quando escutei vários gritos desesperados.

Não que eu seja curiosa, nada disso, mas ao escutar todos gritando "Larga a faca Aaron!" não tinha como fica no meu lugar.

Minhas amigas são mais desesperadas que eu, saiu me puxando para o local da confusão, quando cheguei mais perto, vi o Playboizinho/filho do delegado sendo atacado pelo menor.

O menor estava mesmo segurando uma faca, porte médio, acho que ele pegou no refeitório.

Ele estava em cima do Rafael, segurando o firme para que não o escapasse, a cada segundo ele aproxima a faca cada vez mais.

Seus olhos refletia puro ódio, não tinha dúvidas que ele iria matar o garoto aqui na nossa frente, ninguém tentava separar, todos estavam em choque e com medo de mais para tentar alguma coisa.

Não demorou muito para que alguns professores e o próprio diretor viesse ao nosso encontro parar tentar parar aquela cena.

Antes mesmo que eles pudessem chegar, Aaron saiu de cima do garoto e saiu correndo para algum lugar.

Todos foram pra cima de Rafael tentando levantá-lo e perguntando se ele estava bem, o guri recuperou o fôlego e pegou seu celular discando para alguém.

O diretor rapidamente pediu para que os professores fossem atrás de Aaron. Ele se aproximou de Rafael, para saber como aquilo foi acontecer, mas o menino o ignorou.

Apenas escutei a última frase que ele disse antes de desliga.

"Pai quero que a sentença dessa vez, seja pena de morte"

Fiquei curiosa em saber o motivo daquela treta toda, mas pelo visto ninguém ali sabia ao certo, como nem o diretor sabia o que havia acontecido ele resolveu expulsar todos daqui e mandando Rafael para sua sala.

- Caralho, o guri ia mesmo matar o Rafah - Falou Rose assustada.

- Quero saber o que ele fez, Aaron não ia fazer isso por nada. - Defendeu Maira, a olhei torto, pensa na menina que gosta de defender bandido.

- Nada justifica doida! - Ela revirou os olhos pra mim. - Será que ele conseguiu escapar? - Acabei perguntando, as duas me olharam com malícia.

- Tá vendo Ruiva, já tá preocupadinha com o menor! - A loira de Chernobyl me atacou.

- Cala boca Rose. - As duas gargalharam.

Havia se passados alguns minutos e ninguém tinha encontrado o menor.

A essa hora ele com certeza já voltou para casa, ele não seria tão burro de ainda continuar aqui, ainda sabendo quem é o Pai do Rafael.

- Vou no banheiro, seis vão? - As duas negaram, reviro meus olhos. - Amigas imprestaveis. - Elas deram a lingua.

- Mozin está lá fora, to indo lá! - Disse a ruiva saindo saltitante indo para atrás da escola.

- Vou com ela! - Disse a Barbie toda risonha.

- Mereço! - Digo a mim mesmo enquanto ia ao banheiro. - Aquelas duas vão acaba se ferrando dando essas fugas fora de hora... - Quando ia fechar a porta do banheiro sinto alguém me puxando pela cintura.

- Melhor não gritar guria! - Escuto a voz de um estranho, senti um frio na barriga desesperador.

Olho para trás e vejo que era Aaron. Aquilo me deu um pouco de alívio, mas ao lembrar da faca meu corpo todo se arrepia de medo.

- Nao vou te ameaçar não garota, só não esplana que to aqui. - Disse ao me soltar, olho pra ele um pouco irritada, esse menino é louco!

- Deveria ter achado outro esconderijo melhor! - Reviro os olhos!

- E você tem algum? - Dou de ombros! - E sério menina se souber de algum da pra me contar! - Disse mostrando a faca.

- O mane tu mesmo disse que não ia me ameaçar! - Ele me fuzilou com os olhos.

- Mals, mas ajuda o Pai aqui! - Menino retardado.

- Eu não, se me pegarem com você me lasco junto! - Digo querendo sair do banheiro, mas ele entra na frente.

- O inferno, não posso ficar aqui o dia todo! - Dou de ombros.

- Problema teu! - Digo rindo.

- Olha aqui....

- aah xiu, to zoando com sua cara palhaço! - Ele sorri de lado, e porra era bunitinho.

- Aeeee amiga, gostei de tu! - Eu em! Intimidade da pessoa! - Me fala aí, onde posso me esconder ?

- Depois do banheiro, você vai passa três sala, a quarta está aberta, mas ninguém entra lá pra nada. Se pode ficar até o período das aulas acabarem.

- Mas agora tá geral passando pra la e pra cá? - Sa porra e burra né.

- Eu disse agora? Quando todos voltarem pras aulas!

- AAHH... - Tampei a boca dele rapidamente, escutei passos e vozes perto da porta do banheiro.

Fiz um gesto pra ele ficar quieto, e o puxei para uma das cabines do banheiro.

My delinquentOnde histórias criam vida. Descubra agora