Capítulo 37

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Raposa

Seattle

- Tem certeza disso Axel? Ele está morto? Eu quero provas disso.

- Minha palavra não conta?

- Não, tenho dificuldade em confiar nas pessoas; fico muito sério - E se estiver me enganando, mato toda a sua família na sua frente, e depois quebro suas pernas, mas te deixo vivo, apenas para que viva e reviva sua dor para sempre, ou melhor dizendo idiota, até o fim de seus dias miseráveis, já que ninguém é imortal, seu tonto...

- Não precisa ser tão cruel, lhe mostrarei as provas que tenho, pessoalmente, onde podemos nos encontrar?

- Acha que sou idiota Axel? Está óbvio que VOCÊ NÃO matou o maldito Presley, como eu mandei; sorrio de modo sinistro - Fuja Axel, para as montanhas se puder, voe como o vento, porque se eu te encontrar... Te mato lentamente; desligo o telefone, e vejo meu filho perto de mim, ele parecia chocado - Papai não estava falando matar mesmo... E sim matar de cócegas, um amigo do papai, como faço com você; me aproximo dele, e lhe faço cócegas na barriga - Assim...

- Por um momento tive medo do senhor...

- Nunca tenha medo de mim, baixinho; afago sua cabeça com carinho - Eu morreria por você...

Elvis

Nova Iorque

- Então foi tudo mentira; digo completamente indgnado, mas aparentemente calmo - George nunca morreu, na verdade ele é Raposa, um bandido perigoso... Um assassino... E você sabia disso, que eu sei, não adianta negar... Eu chorei pela suposta morte desse psicopata, mentiroso, e hipócrita, ele era meu parceiro, melhor amigo, e mesmo assim foi capaz de me enganar... Sabe qual é o meu problema? Eu sempre espero o melhor das pessoas... Sempre imagino que elas são boas, que merecem uma oportunidade de demonstrar seu talento natural para fazer o bem, e no final sempre acabo quebrando a cara, esse é o maior dos meus defeitos, eu considerava aquele verme, um amigo, um homem que sempre quis me matar, ironia absurda do destino, uma facada bem no meu coração, diga se não sou um otário...

- Não, senhor Presley; diz Axel meio deprimido - O senhor é um homem bom, e como consequência disso, espera que as demais pessoas também sejam boas, isso não é um defeito, mas sim uma qualidade, muito rara nos dias de hoje, para não dizer o mínimo, eu é que sou um lixo de ser humano, fiz coisas erradas, das quais me arrependo profundamente.

- Você não é um lixo de ser humano, senhor Rose, apenas deu um passo errado na vida, algo que poderia ter acontecido com qualquer um; digo tentando lhe animar o espírito - Agora está fazendo a coisa certa, trilhando o caminho da redenção...

- Obrigado... Posso fazer mais alguma coisa pelo senhor?

- Me responda apenas uma pergunta...

- O quê?

- Sabe cozinhar?

- Nem fritar um ovo...

- Pois irá aprender hoje, não existe nada mais relaxante do que cozinhar, senhor Rose...

- Mas cozinhar é coisa de mulher...

- Isso foi bem sexista, não existe esse negócio de trabalho feito para homem, ou para mulher, tem mais haver com as habilidades de cada um, meu bom senhor Rose...

- O senhor tem razão, mas fui criado numa casa onde as mulheres sempre tiveram que fazer os serviços domésticos, é costume, eu acho...

- Costumes de uma sociedade patriarcal, minha mãe me criou sozinha, e como tal eu tinha meus deveres na casa, e cozinhar era um deles... Você tem costumes que podem ser mudados, basta querer senhor Rose, não concorda?

- Concordo senhor Presley, como posso te ajudar senhor? Por onde começamos?

- Essas sim, foram boas, na verdade excelentes perguntas, vamos cozinhar senhor Rose... Vamos cozinhar...

Uma dupla quase infalível 2: de volta a ativaOnde histórias criam vida. Descubra agora