Capítulo 7

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Kurt

Los Angeles

Toda vez que fecho os olhos vejo a cena do acidente, nosso carro branco todo amaçado pintado com o sangue do animal em que batemos, capotamos várias vezes. Eu consegui tirar Lana do carro, mas não soube salvá - lá, ainda consigo ouvir seus gritos em meus ouvidos, estridentes, sua dor doía mais em mim, do que a minha própria dor, eu a amava tanto, tínhamos tantos planos, nossa casinha, nossos filhos, íamos envelhecer juntos, mas o destino não quis assim, me tornei médico para poder salvar vida, já que não soube ajudar a minha amada, Lana morreu em meus braços, e decidi trancar meu coração para o amor, uma parte essencial de mim foi enterrada com ela, meu coração.

- Lana; penso comigo mesmo - Por que Deus teve de te levar tão cedo? Não estou reclamando Senhor, sei que seus desígnios são perfeitos, os seus caminhos são corretos, mas mesmo assim Lana era jovem demais, vinte e três anos, meu Deus me perdoe por te perguntar por algo que foi de certa forma minha culpa, eu não deveria ter deixado ela dirigir, Lana estava bêbada, e não tinha condições de pegar no volante... Mas eu jamais soube dizer não a minha doce Lana... Sei que o Senhor jamais me daria essa carga se não tivesse certeza de que eu a poderia suportar... Perdão Senhor, e que Lana esteja num bom lugar, sei que um dia estaremos juntos no paraíso, ou pelo menos assim espero... Apesar dos meus muitos pecados, sonho em um dia reencontrar Lana, a mulher que sempre amei... E continuo amando até hoje, e amarei para sempre, obrigado Senhor por ter me permitido viver... Mesmo que eu não merecesse, ou mereça agora, obrigada pela sua benevolência para comigo, e de todas graças que alcancei na vida, incluindo meu diploma de médico, obrigado meu Deus por me possibilitar e me ajudar a salvar vidas... Simplesmente obrigado Deus, meu pai...

Uma dupla quase infalível 2: de volta a ativaOnde histórias criam vida. Descubra agora