Capitulo único

1.2K 83 136
                                    

Olá Darlings,

O bom filho a casa retorna, e aqui estou eu!

Esta é uma one que me surgiu no momento que li um tweet da praisemirands na melhor rede social existente. Aproveitei e juntei com outro tweet sobre childfic da dragonqueer que recebi na dm. ENTÃO AQUI ESTA!

Devidamente revisado pela escritora mais incrível que tive o prazer de conhecer @RomanovNatasha (chequem as historias dela! dêem visibilidade pra esse talento extraordinário!)

E por ultimo mas não menos importante, boa leitura!


-x-


Dias ruins são normais na rotina de todos, todavia, isso não nos torna mais preparados para vivê-los. No dia ruim em questão, Zelda Spellman estava correndo entre as escadas, se amaldiçoando por não ter lido a previsão do tempo no dia anterior, concentrando-se apenas nas notícias recentes da cidade, e consequentemente ficando quarenta e cinco minutos presa em uma tempestade.

Assim que chegou no andar da sala que dividia com a Srta. Wardwell, notou que aquele não era um dia ruim apenas para ela.

"Tia Mary, onde está a Tia Z? Eu estou tentando encontrar a continuação de meu livro, mas está muito difícil. Eu preciso da sua ajuda!" Uma voz infantil foi ouvida.

"Eu irei te ajudar em apenas alguns minutos Matheus, antes eu preciso..."

Antes de ouvir mais, a ruiva invadiu a sala e encontrou Mary inclinada em sua mesa, com a agenda de anotações de Zelda em sua mão enquanto finalizava o empréstimo de um livro de poesia para gêmeas. Quando o olhar de Zelda encontrou o de Mary ela soube que era melhor se manter calada.

Passando pela mesa abandonada da morena, ela notou o dono da voz que ouviu no corredor encostado na madeira de braços cruzados.

"Lhes dei duas semanas, então ouvindo, meninas?"

As duas garotas acenaram com a cabeça em afirmação e saíram correndo da biblioteca.

"Não corram!" A voz de Zelda saiu mais grave do que pretendia enquanto soltava a bolsa ao lado de onde as costas de Mary estavam apoiadas.

"De nada!" Foi o sussurro que a morena direcionou a ela antes de seguir com o menino negligenciado em direção as prateleiras de livros de geografia hídrica.

Conforme o dia foi passando, a frustração de Zelda por ter chegado atrasada e, principalmente, por ter recebido a ajuda da morena a sua frente, acabou tornando o dia de Mary ruim também.

A única coisa que a morena precisava era de pleno silencio para finalizar o romance que estava lendo, coisa que ela já teria feito caso Zelda Spellman não tivesse chegado no trabalho atrasada.

Eram apenas duas dúzias de folhas e tudo estaria finalizado, mas é claro que a ruiva teria que estragar isso também.

Outra coisa sobre dias ruins é que eles instigam comportamentos ruins. Talvez com qualquer outra pessoa, as respostas curtas e grossas da Spellman mais velha seriam o comportamento incomodo, mas a morena dos olhos azuis, depois de quase dez anos trabalhando com Zelda, já estava mais que acostumada. Ela se definia "agraciada", justificando sua gratidão a não precisar trocar mais de 5 frases diárias com a ruiva.

Mas o comportamento ruim do dia foi, sem sombra de dúvida, o que mais roía a paciência de Mary. Se a morena de olhos azuis recebesse a visita de um gênio, que por sua vez a oferecesse um único desejo, a caneta azul batendo ritmicamente contra a madeira da mesa de Zelda Spellman enquanto Mary tentava se concentrar em sua leitura, seria incendiada ainda nas mãos da ruiva.

Glasses Stay On (Coleção de One-Shots AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora