Olá Darlings!
Prometi para dia 30, entretanto amanhã tem VMA, né? E eu to bem afim de assistir sem fazer pausas... Mas é aquele ditado, antes adiantada do que atrasada, não estou certa?
Aproveitem!
-x-
Zelda acorda rapidamente com o toque estridente do despertador e estica os braços, ainda deitada na cama. Ela está surpreendentemente descansada e apenas aprecia o sentimento enquanto assiste Leticia dormir, alheia ao barulho.
A ruiva sabe que sua mente trabalha lentamente pela manhã, então ainda sonolenta ela se dirige até o banheiro e começa a escovar os dentes. Zelda ouviu muitas vezes de sua esposa o quão engraçado era assistir a ruiva esfregando os dentes cegamente pela manhã com os olhos fechados. Seu primeiro reflexo quando ouve isso é lhe lançar um olhar bravo, mas eventualmente seu rosto se transforma e ela se encontra sorrindo para a morena, pois sabe que em algumas manhãs o ato se repetirá já que ela apenas não conseguia evitar.
Mary.
No momento que o nome da morena passou por sua mente ela abriu os olhos, focando no próprio rosto refletido no espelho enquanto pensa na morena e se surpreende ao encontrar em seu reflexo duas marcas de batom idênticas. Uma em sua têmpora e uma em sua bochecha, e isso é tudo o que a ruiva precisa para que um sorriso aberto seja pintado em seus lábios.
Afinal, sua esposa está em casa.
Mary chegou em casa a uma hora da manhã e mesmo com todo o conhecimento que tinha, não conseguiria colocar em palavras coerentes o quão cansada estava. A morena ama a irmã mais do que ela mesma acha possível e tem completa ciência de que Lilith tem metade de seu coração em um piscar de olhos — afinal, esse é o motivo pelo qual ela viajou a encontro da mais velha —, entretanto isso não faz com que seu fim de semana seja menos caótico.
Lilith estava estranha, verdadeiramente desordenada em meio a seus sentimentos, e Mary ouviu e acalmou cada um de seus tormentos. O primeiro foi ainda na sexta-feira, quando, após chorar nos braços da irmã, Lilith disse a Mary que o vestido de noiva da mãe delas, que a mais velha sonhou em usá-lo nos últimos dois anos de noivado, estava rasgado.
O rasgo era mínimo, apenas uma renda partida no fim da primeira de três levas de tecido da saia, mas, aquilo aparentemente frustrou a morena de cabelos lisos a ponto de ela quase desistir de usá-lo em menos de quatro semanas de seu grande dia.
Lilith nunca foi sentimental, sempre racional e decidida, mas sua mente estava prestes a explodir em sentimentos que sua irmã nunca tinha testemunhado.
As mulheres da família Wardwell sempre tiveram interesses distintos, mas apenas uma coisa era sagrada a ponto de ser uma tradição. Todas elas costuravam o próprio vestido para seu casamento.
Magdalene Wardwell foi a primeira, mas seu propósito foi instigado pela falta de dinheiro, entretanto as filhas Sandra e Edith se encantaram com a história e desafiaram a si mesmas a fazerem o mesmo. Sandra se casou primeiro, o que fez sentido já que a mesma era a mais velha, e Edith seguiu o mesmo impulso menos de dez anos depois.
Quando Edith, ao contrário da irmã que preferiu evitar a reprodução de seus genes a todo custo, teve suas filhas, duas meninas rosadas com grandes olhos azuis e cabelos escuros, quatro anos após seu casamento com Albert, ela tentou ensina-las a costurar. Mary sempre foi habilidosa com as mãos e graciosa com seus toques, o que claramente a ajudou, mesmo que a mesma se entediasse rapidamente com o trabalho e preferisse cuidar do jardim, mas a gêmea mais velha, mesmo determinada a conseguir finalizar o desafio que qualquer um lhe propusesse, não tinha talento nenhum para a arte de juntar tecidos de forma coerente.
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Glasses Stay On (Coleção de One-Shots AU)
FanficA Biblioteca Municipal do Orfanato de Santa Angela é separada por duas alas, a de livros didáticos e pedagógicos - a encargo da gentil Srta. Mary Wordwell - e livros de literatura - total responsabilidade da rígida Srta. Zelda Spellman. Embora as du...