Capítulo 2

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II

O pedido de Josh, foi aceito e Enzo acelerou o Camaro no máximo que ele conseguisse controlá-lo: cerca dos 90 KM/h. Mas logo a estrada de barro havia ficado para trás, e ao sentir o veículo fixo em um asfalto, acelerou até o ponteiro parar em 170 KM/h.

Ao chegarem ao bairro nobre, local de vivencia de Enzo e sua irmã Maidan, assustaram-se com a cena que havia na rua.

– O quê houve por aqui? – perguntou Enzo descendo o vidro da porta e analisando a multidão. – Que merda de tantos carros do FBI faz por aqui?

– Isso não é coisa boa, Enzo! – respondeu Britney que também acabara de baixar o vidro do seu lado. – Para o carro em frente à casa da senhora Moore. – e ele parou em cima da calçada da vizinha, cerca de umas seis casas até chegar à qual eles residiam.

– Não são somente os federais, mas vejam! Também há bombeiros em todos os lugares. – acrescentou Enzo e saiu do veículo, seguido pelos outros. Dirigiram-se ao grande acúmulo de pessoas, mas um dos agentes com colete à prova de bala, preto, cujo escrito destacava em branco o nome “FBI”, uma máscara na mesma cor, e um belo fuzil americano nas mãos os barrou no mesmo instante.

– Parem! Esta área está interditada e ninguém entra nem sai.

– Mas que droga cara! – revidou Enzo. – Moramos nesta rua.

– Volto a dizer que: esta área está interditada senhores, ninguém entra e nem sai. São ordens do general responsável pela interdição.

– Porra, cara! Que merda. Você não o ouviu dizer que mora nesta porcaria de rua?! – Josh se estressou e meio que avançou contra o agente federal, mas Enzo e Britney o seguram pelos braços.

– Calma meu bem. – disse Maidan a Josh e aproximou-se do agente. – Senhor. Eu sei que você está exercendo a sua função, mas nós moramos nesta rua, exatamente naquela casa de dois andares. – disse Maidan em voz singela e apontou para o imóvel com o dedo indicador da mão direita. – Então, podemos passar?

– Não, cidadã. Recebi ordens e as cumprirei. Mas, você pode voltar ao seu veículo e esperar que os corpos sejam devidamente retirados da cena do crime.

– Mortos… como assim?! – Maidan engasgou com a própria saliva, mas como assim? Na rua que ela morava havia corpos? Foi isso que ela pensou.

– Não posso relatar sobre assuntos do governo. Retornem ao veículo.

– Mas que babaca! – disse Josh depois de falar mal do agente. – Diz que é assunto do governo, mas antes falou que há corpos por aqui, mas…

Josh mal terminou de falar e sentiu uma coronhada sobre as costas, ele não desmaiou, mas sentiu a dor de um machucão sobre a carne. Quando o agente ia dar-lhe umas boas lapadas com o cassetete, um policial do exército surgiu no mesmo instante e segurou o bastão.

– Algum problema agente? – perguntou direto a ele. – Estes são os meus dois filhos e seus amigos.

– Não, sargento. É que eles queriam invadir o perímetro…

– Volte ao seu serviço e deixo-os comigo, certo? – aproximou-se do agente encapuzado e esperou uma resposta mais dura. Mas ele virou-se e foi parar outros veículos que pararam próximos dali.

– Venham. Vamos entrar, a mãe de vocês os espera.

– Mas pai. O que aconteceu por aqui.

– A mãe de vocês explicará, eu tenho serviços de muita importância a realizar. – disse o sargento Bryan e aos fundos, ambos viram vários corpos mutilados serem arrastados pelos bombeiros. Eles vinham da casa vizinha, do velho e aposentado senhor Jones. Que inclusive, há dias havia desaparecido.

Os SuspeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora