XXIII

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Lembranças On

Sofya Plotnikova

Em um momento de nossa vida sempre pensamos que éramos fortes por ter passado por muitas coisas... E depois que eu conheci minha melhor amiga, entendi que passei por muita coisa sozinha e que eu tinha me tornado forte o suficiente.

- você é um lixo - a garota na minha frente estava me xingando, não era mais novidade para ninguém... - olha pra você - ela me puxa pelos cabelos me fazendo chorar, quando ela parou de puxar o meu cabelo me fez olhar no espelho... Estava com os meus olhos fechados, não queria vê aquela cena. - abre os olhos porra - uma mão puxava meu cabelo enquanto a outra apertava minha bochecha

- por favor... Pare - sentia lágrimas queimarem meu rosto... Eu não aguentava mais aquela humilhação, eu era forte até um certo ponto.

- abre os olhos agora sua vadia - diz gritando. Meus olhos vão se abrindo mas ficam embaçado por conta das lágrimas, quando me olho ela cai na risada - está vendo está garota aqui? É GORDA, FEIA, RIDÍCULA. Você não é nada, você é um lixo. Você não merece estar aqui - ela me empurra e eu caio no chão, a mesma sai dando risada da minha cara.

- eu sou um lixo - começo a chorar cada vez mais - ela tem razão, eu não devia estar aqui.

Seco minhas lágrimas e me encolho em um lugar, volto a chorar cada vez mais... Ela tinha razão, eu não devia estar aqui.

[...]

Me encontrava no parque, considerava o melhor lugar para ir onde a sua vida vai de péssima a pior... Abro minha bolsa e pego uma caixinha de remédio, estes remédios iriam acabar com toda minha dor e com toda certeza iria ficar melhor em outro lugar.

Começo a tomar cada remédio com velocidade e por fim, me deito nos matos. Fecho os meus olhos.

Bailey May

Tinha decidido que iria passear pelo parque aquela tarde, eu precisava de um tempo para pensar... Até porque estava brigando demais com a minha mãe, mesmo ela estando no outro lado do mundo continua pegando no meu pé.

- eu vou sair - grito para o meu melhor amigo, Noah Urrea... Ele estuda no mesmo colégio que eu.

Enquanto eu caminhava pelo parque, vejo uma garota novinha que aparentava ter minha idade deitada no chão... Sem respirar, corro até ela.

- eiii, garota - a puxa pro meu colo para tentar ouvir seus batimentos - ME ESCUTA POR FAVOR, SE VOCÊ ESTIVER VIVA ME RESPONDA DE ALGUMA MANEIRA PORRA

começo a entrar em pânico, ela não me respondia... Pego ela no meu colo e começo a correr para um hospital que ficava perto de onde estávamos.

- eu não vou te deixar ir embora - começo a conversar com ela enquanto corria - eu não vou te deixar.

Enquanto corria, seus cabelos loiros voavam pela sua cara... Quando cheguei todos ficaram me olhando parados, sem o que fazer.

- ALGUÉM ME TRÁS UMA PORRA DE UMA MACA? - grito irritado enquanto umas enfermeiras me traziam uma maca e seguiam para uma sala

- o que aconteceu com ela? - perguntava enquanto empurrava a cama que ela estava

- eu não sei nada dela... Eu encontrei ela no parque sem respirar - comento em pânico

50 Tᴏɴs Mᴀɪs Qᴜᴇɴᴛᴇs Onde histórias criam vida. Descubra agora