O FILHO DO PATRÃO

O jantar

Chego da escola e corro para cozinha, hoje a Mafalda foi ao médico e por isso tenho que fazer o jantar. Aprendi a cozinha com a irmã Dalva, ela falava que toda pessoa tem que saber cozinha, e sempre que podia nos ensinava.

Não vejo o Henrique desde a sala de aula, ele provavelmente deve está treinando basquete ou tendo um encontro com alguma garota patricinha de Nova York.

Depois de acabar o jantar, corro para terminar de limpar os quartos, só falta o do Henrique e por isso corro para terminar antes que ele chegue. Quando estou quase no fim, escuto a porta do quarto abrir:

"Desculpa, tô atrapalhando?" Pergunta o Henrique enquanto tira a camisa e expõe o seu lindo abdômen suado.

"Não, já estava terminando" afirmo e logo depois saio do quarto.

Mais tarde na hora da janta, vou até o quanto dele e o chamo para mesa:

"Henrique, o jantar já está pronto" falo sem abrir a porta do quarto.

"Tá certo, já tô indo" fala enquanto faz abdominais no chão.

Depois de servir o jantar, saio da sala aos poucos, até que ele fala:

"Você não quer jantar comigo?" Fala ao sentar na mesa.

"Muito obrigada pelo convite mas acho que não seria apropriado uma empregada Jantar com o patrão"

"Você è bem mais que uma empregada, e além disso, como você mesma falou, eu sou o patrão e isso é uma ordem" fala apontando para cadeira.

"Se é assim, então tá" falo me sentando ao seu lado.

"Desculpa te fazer jantar comigo, mas é porque não gosto de jantar só, sempre jantei com meu pai e minha mãe, e depois que ela morreu, meu pai sempre fez questão de continua essa tradição" fala com um olhar um pouco triste.

"Sem problema, eu também não gosto, e não é nem um incômodo para mim" falo enquanto me sirvo.

"Você tá gostando da escola?"

"Sim, as pessoas não são tão receptivas ,mas estou gostando"

"Você pode até não tá falando com muita gente, mas seu nome tá fazendo sucesso entre os garotos da equipe de basquete" fala com um leve sorriso no rosto.

"Sério, não entendo porque isso, eles sempre soltão indiretas quando eu passo"

"Como você não entende, você é uma das garotas mais bonitas da escola, mas se você tá desconfortável eu posso dá um jeito nisso" fala segurando minha mão.

Depois de terminemos, começo a retirar a louça para lavar, até que ele se oferece para mim ajudar:

"Pêra, vou lhe ajudar"

"Não precisa, esse é o meu trabalho"

"Deixa de ser besta, eu gosto de lavar louça" fala tirando os pratos da minha mão.

Não acredito nesse papo dele gosta de lavar louça, mas decido não questionar.

Enquanto lavamos a louça, trocamos várias ideias sobre livros, séries, músicas e outras coisas, até que ele fala:

"Você é uma das garotas mais bonitas que já conhece, seus olhos são lindos" fala me encarando de uma forma que me deixa arrepiada.

"Valeu, você também é bem bonito"

"Sabe, admiro muito você, não deve ser fácil estudar, ser a melhor da sala e ainda trabalha, com certeza você é muito especial"

"Valeu , mas não é pra tanto, eu sou só mais uma daa muitas pessoas que precisão trabalhar na vida" falo um pouco sem graça.

"Olha, quero que saiba que pode contar comigo quando precisar, sei que já falei várias vezes, mas quero deixar isso bem claro pra você" fala cada vez mais perto de mim.

Dessa vez ficamos um em frente ao outro durante um tempo, não sei explicar direito mas nunca pensei que isso podesse acontece sem ser nós filmes, sua mão escorre pelos meus braços e sua boca vem em minha direção.

"Olha, Henrique não sei o que tá rolando aqui, mas quero evitar, essa é minha única esperança de ser alguém na vida, não tenho nem onde morar, e não quero perder tudo por um deslize com o filho do patrão" falo e logo saio correndo até meu quarto.