Mais um dia começa na cidade de New York. Queria poder dizer que começou de um jeito tranquilo mas logo cedo a cidade já estava em perigo por causa de uma ameaça de terror biológico para ser investigada.
Tudo começou quando Adam, nosso técnico do laboratório, recebeu em seu laboratório uma encomenda suspeita que não possuía destinatário e muito menos algo que indicasse o que poderia ser dentro da pequena caixa de papelão. Dentro só tinha uma caneta, que ao ter seu botão apertado espirrou um líquido direto no rosto de Adam, que desmaiou na hora. Por sorte eu estava a caminho quando vi tudo e pude correr para apertar o botão de emergência mais próximo, colocando todo o prédio em alerta máximo e iniciando uma investigação imediatamente.
Não tardou muito e uma ambulância chegou para levar Adam ao hospital, por ainda não saberem o que havia causado aquilo não fui liberada de subir na ambulância para ir junto mas fui mesmo assim, Mac me ajudou a convencer os médicos a permitirem.
Normalmente não nos permitimos dar um atendimento especial às vítimas e a colocar nossas emoções acima de tudo para não afetar uma investigação, mas se tratava de um dos nossos e não iríamos deixar quem fez isso impune, principalmente quando a vítima é meu melhor amigo de infância. Sabendo que eu não iria conseguir focar no trabalho pedi para que Mac me deixasse ficar no hospital para que Adam tivesse um rosto amigo quando acordasse, o que levou um bom tempo. Até lá a única escolha era rezar para que ele não morresse ali.
"O que... o que aconteceu?" Ele acorda e se depara comigo sentada numa poltrona ao seu lado o encarando fixamente sem nem piscar.
"Como se sente?"
Antes que ele pudesse responder Stella entra no quarto. Eles haviam encontrado o culpado, por sorte ele havia sido burro o bastante para deixar suas digitais na caixa em estado bom o suficiente para que fosse permitido encontrar no sistema, acontece que era um dos antigos técnicos do laboratório que havia sido demitido por cometer crimes para chegar mais rápido a uma promoção alguns anos antes e nunca perdoou Adam por denunciá-lo.
Quando tive a certeza de que não era nada transmissível e que Adam estava bem passei na delegacia onde o culpado estava com Mac, que me deixou na sala de interrogatório sozinha com ele logo após pedir para que não pegasse muito pesado. Eu pretendia seguir essa ordem, mas só consegui parar de bater nele quando dois dentes foram cuspidos em cima da mesa e antes que piorasse tudo saí de lá e voltei ao hospital, agora com a equipe inteira reunida para que Adam não ficasse sozinho por mais tempo.