Pais e filho

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O capítulo de hoje é um louco forte, comentem bastante sobre o que acharam.
Boa leitura ❤️

Fernando respira fundo antes entra no escritório, ele sabia que aquela conversa seria muito difícil.

Fernando: Desculpem a demora

DT: Aonde está a Márcia? - Pergunta curiosa

Fernando: Ela foi embora - Ele diz sério

SH: Porque ela foi embora? - Pergunta meio confuso.

Fernando: Porque eu terminei o noivado

DT: Você fez o que?

Fernando: Terminei um noivado que não era nem para ter começado.

DT: Sinceramente Fernando, quando acho que vai criar juízo você vai e cancela o casamento...

SH: Quando você vai amadurecer meu filho?

Fernando: Já estou amadurecendo, uma das provas disso é que teremos uma conversa muito franca agora... Bom desde que os irmãos Villarroel entraram na nossa vida, meio que...

DT: Meio que o que?

Fernando: Meio que vocês abdicaram do seus papéis de pais em relação a mim.

SH: O que quer dizer com isso?

Fernando: Quero dizer que desde que os Villarroel ficaram órfãos você papai começou a me deixar em terceiro plano, tirava meus brinquedos e dava ao Ariel, tirou minha mesada e deu para ele, tudo o que o loirinho falava era lei! Você acreditava mais nele, do que no seu filho de sangue, até aí tudo bem, de verdade me acostumei com a ausência de afeto de vocês, mas me fazer disputar um lugar que era meu por direito? E com quem?... Claro com o preferido do papai! Por conta das condições malucas daquela disputa, eu tive que usar uma pessoa que não merecia ser usada, a Márcia, que só me indicou por que eu a pedi em casamento, mesmo nem de longe querendo fazer isso e isso me leva a mamãe...

DT: O que tem eu?

Fernando: Mãe, sei que desde que os senhores Villarroel morreram a senhora tenta fazer o melhor pros filhos deles, mas mamãe a senhora me induziu a um relacionamento com a Márcia, que deveria ter sido como uma irmã para mim, fui obrigado a namora-la porque a senhora fazia bom gosto desse relacionamento e depois fui obrigado a ficar noivo porque a senhora queria que nós dois nos casássemos, como se a dívida que a senhora acha que tem com os falecidos fosse ser paga com um casamento entre a Márcia e eu. Eu não amo a Márcia como o papai ama a senhora, não a desejo como mulher e sabe o que isso causou? Um grande sofrimento, para ela e para mim, pois eu fiz com que a doce Márcia se transformasse em uma neurótica possessiva que acha que me ama!

DT: Mas ela...

Fernando: Não mamãe ela não me ama, e por eu não a amar dessa forma eu a usei, para ter a presidência e com isso voltamos ao papai. Eu não deveria ter disputado a presidência da empresa do meu próprio pai com o filho do sócio dele, sei que o senhor achou correto, mas não foi, nem justo, porque se eu não trapaceasse não teria algo que é meu por direto!

SH: O que quer dizer com isso?

Fernando: Todos sabiam que minha proposta era arriscada, na verdade ela é impossível e por conta disso eu comecei uma fila de erros. Noivei a Márcia, arrisquei cortando orçamentos e custos, comprei equipamentos mais baratos que me deram altos prejuízos e tudo isso por que? Pra poder manter a presidência e não perder mais nada para o Ariel que ao contrário de mim apesar de ter uma boa proposta, ele não ama a conceptos, umas das provas foi vender as ações para mim, ele nem pensou duas vezes, mas como eu vivia nessa obrigação de ser melhor que ele e bater a meta, pois poderia perder a presidência caso não a fizesse, aí chegamos a mais um ponto, para isso, como já havia falado antes, eu arrisquei e arrisquei muito, usei pessoas de uma forma que não deveria e nada dava certo, e assim eu afundei a empresa de mais de 30 anos de trabalho duro do meu próprio pai! Mas saibam, crises vem e vão e eu tirarei a empresa dessa crise, agora não preciso mais me preocupar se alguém tirará a conceptos de mim já que o Arielzinho vai vender sua parte da empresa para mim, eu me tornarei o maior acionista e não precisarei abandona a empresa que eu amo. Não pensem que eu estou sendo prepotente, longe de mim, mas finalmente eu posso fazer o certo e sem me preocupar, e bom isso me chega a um último ponto!

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