Capítulo 63

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*Demi narrando*



Na vida as vezes somos obrigados a lidar com coisas que não merecemos. A suportar mais do que achamos que podemos e lutar mesmo que sentindo que não haja mais força. É um constante aprender,e um inconstante viver. É perder tudo ou ganhar tudo.






Quando vi uma luz vir em minha direção eu não quis acreditar que tudo tinha acabado para mim. Eu morreria dessa forma ? Quem criaria minha filha ? Quem cuidaria da minha mãe e meu legado. Eu passei tanto tempo sonhando com a minha escola,para perder minha vida lá dentro ? Não,isso é demais. E pensando assim,tudo isso parece irrelevante.





Eu não fui grata por coisas simples,não fui humana, praticamente tirei meu coração com minhas próprias mãos depois de ter achado que sofri o bastante. Oh quão tola eu fui,eu sempre irei sofrer,isso faz parte de ser humana,de ser algo que não me permitir ser. Não me dou alternativas,chances e muito menos cuidado. Quem sou eu para achar alguma coisa e tentar lutar contra algo ou alguém,a vida não é fácil e eu não preciso torna-la mais difícil. Minhas perspectivas e ideais quais achei ter total domínio e certeza mudam a cada manhã e por que eu não vou aprender ?




Eu não preciso ser o que não sou,ou mudar minha essência por ser tomada pela dor. Eu provei a dor sim,mas provei também o amor a verdade,o carinho e pequenas coisas que me moldaram. Fizeram quem sou. Eu prefiro nutrir o bom e esquecer o que não me serve mais,o que é pesado de se carregar. É com isso que permito minha ida,para finalmente ter a minha paz seja lá onde for.





(...)


Puxei o ar sentindo meu corpo flutuar ao arrelagar meus olhos,senti meus pulmões doerem e minha respiração ficar descompensada pelos aparelhos que tinha em minha boca. Senti pessoas desconhecidas o tirarem com agilidade me olhando aliviados.






—Ela voltou — um homem disse alto e se aproximou ofegante — Demétria,consegue me ouvir ? — assenti e ele sorriu — Que bom que voltou,vamos cuidar de você ok ? — assenti novamente








—Demi — ouvi uma voz gritar desesperado e tentei encontrar quem gritava já que tinha aparentemente seguranças o impedindo de entrar —Pequena — me ergui na cama reconhecendo o apelido e vi Wilmer parar de de contorcer começando a chorar ao encontrar meus olhos







—Dei..deixem ele — Falei sentindo minha voz falhar,possivelmente por eu não falar a algum tempo,tive certeza que sobrevi nesse momento.







—Graças a Deus — ele diz assim que o soltam se aproximando —Meu amor —me puxou contra seu corpo e envolveu meus braços em si preocupado — Obrigada — pede baixinho e sinto suas lagrimas me molharem —Eu te amo,eu te amo meu amor.







Fechei os olhos e o deixei me reconhecer,ele beijou meu rosto e repetiu diversas vezes que me amava. Suas mãos acariciam meu cabelo e mesmo desacreditado ele beijou meu queixo e continuou me abraçando forte. E eu sem dúvidas me senti mais viva e completa. Era meu melhor amigo,era o Wilmer a melhor pessoa nesse mundo pra mim des da minha existência. Todo o resto poderia ser irrelevante.







—Eu também te amo — Disse beijando seu queixo —Shi..está tudo bem — ele me abraçou mais forte e acariciei devagar sua nuca










Vi minha mãe entrar junto aos meus tios e suspirei vendo que todos também choravam,pelo visto os assustei. Passei meus olhos procurando por mais pessoas ali.








—Querido deixe Demi respirar — Tia sobeida diz vendo como Wilmer me abraçava,ele parecia um menino ferido —Wilmer..








Like It's The First Time [Dilmer]Onde histórias criam vida. Descubra agora