Cap 13 - Trouble

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— Barnaby, meu amor - droga... - Você ainda não entendeu? Eu sou a chefe e você obedece, simples assim - ele suspirou alto - Agora saia da minha frente...

     Escutei o seu salto ressoando pelo piso de madeira, que deixava o local mais rústico e sofisticado. Quem diabos é Yoongi?

— Ele deve estar aqui, onde está? - abriu a porta com brutalidade. Eu dei um pulo e me virei para o quadro. Era de quadro muito belo, né? E não tinha o que terminar, até porque era só colocar para vender e pronto. Se minha mãe não atrapalhar, é claro. - Onde esta Min Yoongi? - perguntou mais uma vez agora mais alto. - Oh, você tem uma nova ajudante? - droga, ela finalmente me percebeu! Eu vou morrer, tenho certeza - Quadro bonito esse o seu. - ela tentou de tudo puxar conversa comigo, mas eu estava estátua, estava completamente congelada.

    Tenho fatores dela não ter me reconhecido: a roupa pode ser um dos fatores, já que estou com um macacão enorme e todo sujo de tinta; minha toca pode ser um dos fatores também, já que mudava nada, mas né; o mais compreensível, ela não reparar em mim, então ela nem percebe que a garota que ela está conversando e a própria filha.

— Ela e muda? - diz que ela tá indo embora. Iludida eu. - Olá minha jovem.

— Essa e Jennie!

    D R O G A.

     Senti o clima ficar tenso rapidamente, estava nervosa e minha mão soava. Escutei os passos firmes e fortes contra a piso. Senti uma gota descer pela minha testa. Engoli quando senti a respiração atrás de mim, e ela não parecia nem um pouco feliz.

— Jennie?

     Ela virou a cadeira, me fazendo encara-la. Vi o desapontamento em seus olhos e logo me senti culpada, mas eu não sei exatamente o porque.

— Oi. - sorri tímida. Eu sou péssima para enfrentar minha mãe.

— O que faz aqui? - sua voz já havia aumentado um pouco - Não me responda, vamos voltar para casa agora!

Eu olhei em súplica para o Barnaby, que parecia não entender nada e que não ajudaria nem um pouco. Eu to ferrada!

— Mas mãe, eu to-

— Mas nada Kim, direto para casa! - suspirou - Eu deixei você voltar para a escola e não ir trabalhar, se queria dinheiro, eu posso te dar - passou a mão nos cabelos.

Barnaby pareceu acordar, já que ele começou a caminhar em nossa direção. Eu olhava pedindo toda a ajuda que ele poderia me dar, mas parece que não seria suficiente. Nada convenceria minha mãe a deixar essa passar.

— Mãe, o problema não e o dinheiro - eu preciso que ela entende, mas... - Eu gosto de trabalhar aqui, eu faço, bom... o que eu gosto.

— Não me importa, Jennie! - ela segurou meu punho com certa força desnecessária - Você vai para casa comigo!

— Por que? - me levantei e puxei meu braço de seu aperto - Me diz, o por que sempre me trata como se tivesse cinco anos. Eu sei me cuidar sozinha, passei a vida toda me virando... - suspirei - Nunca precisei de baba, porque desde pequena eu sabia me cuidar, mas vocês não entendem isso! - cruzei os braços na altura do meu peito.

JA CHEGA JENNIE KIM! - gritou, muito, mais muito alto. Me fazendo ranger os dentes, pois aquilo invadiu minhas orelhas em um nível, me fazendo encolher - VOCÊ QUE NÃO ENTENDE, se eu peço você obedece eu sou sua mãe, então não fale assim comigo... - arrumou o blazer que vestia e começou a caminhar em direção a frente da loja - Arrume suas coisas, quero você no carro! - virou-se para o Barnaby - Ela não trabalha mais com o senhor.

Ótimo, incrível. Ela já estava puta da vida comigo da última discussão e agora ela esta mais ainda. Por que eu só faço merda?

— Desculpa por tudo - disse triste indo em sua direção. Não tinha muita coisa, apenas a mochila - Sério, perdão. - entreguei a ele o macacão enorme.

— Não, a culpa foi minha, eu que lhe apresentei a ela, deveria ter suspeitado - sorriu fraco para mim - Se precisar de algo é só me falar, pode contar comigo para tudo, amigos certo? - riu e me abraçou. Me acolheu num abraço quem e verdadeiro. Suas mãos foram uma para cada lado do meu rosto - Vai lá pequena, não a deixe mais brava - beijou minha testa e me deixou sair

— Ate, Barnaby.

Cruzei a porta da frente, encontrando o carro da minha mãe. Respirei fundo, tentando de todo modo puxar o oxigênio para dentro, minha morte já está programada, não adiantava fugir. Era para ter morrido no dia do incêndio.

Fiquei parada por mais alguns segundo, mas minha mãe não percebeu notar. Ela estava muito concentrada no seu celular que nem se importou de olhar o lado de fora. Puxei mais um pouco de ar para dentro dos meus pulmões, criando uma coragem muito necessária. Abri a porta após um longo período vendo os pros e contras, óbvio que só existe apenas contras. Morte, ai vou eu! Abri devagar, mas não chamou a atenção dela, então me sentei e fiz questão de fechar com força, ai sim a chamando a atenção.

— Jennie! - se virou para mim, parecia estar mais calma - Vamos conversa sobre isso...

— Por que? - fixei meu olhar para o lado de fora do carro, que continuava parado - Sério, por que?

— Por que o que, Jennie?

— Por que você vive me tratando assim, era legal trabalhar com ele - a olhei pela primeira vez - Mas você aparece e acaba com tudo, não e porque você tem um mundo de inimigos que chagaram a mim, você precisa parar com isso...

    Ela me encarava pensativa, mas não me disse nada. Ligou o carro e ainda ficou em silêncio.

    Ja quase chegando na mansão ela resolve falar:

— Jennie e para seu próprio bem, você não deve ficar saindo assim, o mundo e doentio - suspirou cansada - Você trabalhando com o Barnaby não e o problema, ele e um cara legal e nunca se mete em problema, tirando e claro os abrigos clandestinos que ele dá - olhou para frente e depois para mim - Mas a localização da loja dele não e legal, esta mais para o lado vampiro do que para os humanos, então você corre um risco maior no lado dos vampiros, eu só não quero você perto deles...

— Porque eu sou humana! - a neve branquinha ficava linda com os pequenos raios de sol - Quero dizer, nem isso eu sou, certo?

— Pequena, você e uma garota especial, você vai entender isso com o tempo... - apertou o volante com mais força - Só não volte mais naquela região, e a única coisa que te peço. - parou o carro em frente a porta - Eu não sou a vilã e você pode ter certeza tem muita gente daquele lado que se descobrir sobre você tentara te matar...

     Ela simplesmente soltou a bomba e saiu correndo. Por que queriam me matar? Por eu sem filha de um vampiro com um humano? Olha e um bom ponto. Mas tirando isso, não a motivos nenhum, não que eu me lembre.

      Eu acho que se tivesse minha vozinha ao meu lado me sentiria menos sozinha e quem sabe ela não esclarecesse minhas dúvidas como sempre fazia.

— Droga Jennie, isso nunca vai parar...

     Desci do carro, já que ficar ali remoendo tudo não iria adiantar de nada. Eu estou fodidamente, fodida. Todos dessa cidade querem me matar!

————

Me desculpe pelo capítulo bosta, vou tentar voltar o mais rápido possível.

STRANGE - Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora