○• "Sou uma louca retardada, uma demente apaixonada. Sou uma confusa psicopata, uma mutiladora desalmada."
Passo alguns minutos olhando Ed dormir, até que ele começa a se mover e em um bocejo preguiçoso, abre seus belos olhos ainda sonolento.
- Bom dia maninha! - ele me abraça de forma carinhosa.
- Bom dia meu amorzinho...dormiu bem? - sorrio ainda em estado de êxtase ocasionado pelo sonho da noite passada.
- Sim...com você aqui, tudo melhora...! - ele aproxima seu rosto do meu e me aperta ainda mais em seus braços. - Eu te amo...
- Eu também te amo... - beijo sua testa.Ficamos deitados por mais algum tempo, até que decido ir fazer nosso café da manhã. Ed se levanta logo em seguida sonolento e quase cambaleando em seus próprios passos. Começo então a preparar o café:
- Os biscoitos e pães estão na mesa. - sorrio, dizendo pra Ed, que se sentava em umas das cadeiras, ajeitando fios de seus cabelos sempre bagunçados.
- Mas o que eu realmente queria te dizer é que...hoje já faz mais de 10 anos que aconteceu aquelas coisas na nossa antiga casa...deveriamos dá uma passada lá não acha? - olho pra ele sorrindo.
- Hmm...claro! As coisas devem estar desabando por lá... - pegando um biscoito e ele dá mordidas rápidas, provavelmente com fome.Encho sua xícara com café, ainda se podia ver a fumaça saindo da mesma.
- Aproveite! - tomamos nosso café.
Algum tempo depois, nos levantamos e fomos em direção ao quarto nos trocar e pegar algumas coisas. Aviso pra Ed já ir entrando no carro e antes de fechar nosso quarto pego uma chave negra mas ainda sim brilhante, assim finalmente indo ver um local antes tão aterrorizante pra nós.
Chegando na casa, estava velha, mas o ar sempre tão familiar. Olho para Ed que da mesma forma me olhava com um certo receio.
Nos adentrando, vemos os corredores, a escada e o maldito lugar. Os fundos, ainda havia marcas de sangue obviamente já secas, a polícia não se dá nem ao trabalho...- Ah foi aqui onde tudo começou...onde nossa sanidade começou a morrer, junto com toda nossa inocência...lembra? - digo olhando com olhos emocionados pra Ed.
- Ei Mary, não vai chorar não, né? - o mesmo vem em minha direção, me abraçando.
- Sabe irmãozinho...não é isso, eu estou assim porque esse lugar me altera de uma forma tão...aah...tão contagiante! - meu olhar muda, como se a minha íris diminuísse. Tiro minha faca do bolso e coloco no pescoço de Ed, o deitando e ficando sentada encima do mesmo. - Tem uma coisa sobre esse lugar que talvez você não saiba...Aproximo meu rosto ainda mais do garoto que me olhava ainda levemente boquiaberto, acabando assim por deitar sobre seu tórax:
- Papai tinha um quarto secreto de diversão aqui em casa...onde realizava seus diversos fetiches, doentes e insanos...acredite ele já trouxe animais pra cá...hm pórem! Ah...mal sabia que sua filhinha assistia tudo e aos poucos tomava paixão pela dor...ou seja, isso que nós temos é de família, quer conhecer maninho...? - Mostro a chave e sorrio.
- Seu jeito me faz viciar em tudo isso e me apaixonar...ainda mais por você, precisa ver sua cara...hehe fica tão sexy... - Ed passava seus dedos entres os meus cabelos que caiam sobre seu rosto.
- Prometo te dar ainda mais motivo pra me amar...Aproximando nossos rostos, soltamos um sorriso bobo e pela emoção do momento, em poucos segundos já estávamos nos beijando de língua enquanto nossas mãos deslizavam pelo corpo um do outro.
- Chega! - Paro o momento segurando seu pescoço e Ed faz o mesmo. - Não ouse... - nocauteio o garoto fazendo o mesmo ficar atordoado. - Quero muito mais que beijos de língua... - ele desmaia.
( Ed on: )
Estava frio, minha mente...turva, eu recebi mesmo um soco da minha irmã? E DESMAIEI? Ok, estou vivo e...
Abro meus olhos e vejo Mary vestida em uma roupa preta com alguns detalhes vermelhos, parecendo combinar com o quarto, ela segurava em uma das mãos sua faca e na outra que estava apoiada na parede, um chicote feito de lâminas cortantes e conhecendo bem minha irmã...ela gosta muito de coisas cortantes...enquanto minhas mãos estavam algemadas em um suporte preso no teto e olhando pra baixo vejo meu corpo despido:- Já acordou maninho...? Poxa...queria fazer coisinhas erradas enquanto você dormia...ah! Está vendo o chicote na minha mão não é? Admito que senti saudade de te machucar...
- Droga...fui lento demais, deixei você me dominar, me sinto um fracassado...
- Ownn...você não está errado... - Ela toca em meu queixo, me encarando como se me desafiasse e alguns segundos depois soltando o mesmo de forma violenta. - Lembra da chave? Esse será seu desafio...enquanto estivemos nessa sala, além da tortura que irá sofrer por minha linda e perfeita pessoa hihi..vai precisar encontrá-la! Não é divertido?!?!
- Que merda...além de sádica, você não se cansa desses jogos...e isso me deixa ainda mais com...ahh...eu te ode... - Acabo sendo brutalmente interrompido com uma chicoteada de Mary.
- Você o que...? Seu grito nessa sala ressoa de forma tão quente...como no sonho...mas é tudo real agora ahh...!! Acho que vou delirar...
- A-ah e-eu te amo... - Eu amava aquela sensação, ao mesmo tempo meu corpo gritava por ajuda... - Por favor...eu i-imploro...me torture...
- Já que está pedindo com tanto carinho...não se preocupe...vou cuidar de você como se fosse meu cachorrinho...lembra que eu disse que papai trazia animais pra cá? Por sorte encontrei essa focinheira e essa coleira...awnn não são lindas??! - Ela colocava e apertava aquilo em mim de forma tão fria...Ela se distanciou um pouco e sorrio com um olhar extremamente sádico:
- O que você acha de brincarmos um pouco...cachorrinho?
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Irmãos de sangue
Mystery / ThrillerO termo "Irmãos de sangue" nesta história, está em sua forma literal...o sangue que me refiro é ao que corre pelo seu corpo e que escorre quando a algum ferimento, dois irmãos obcecados por sangue, são...psicopatas!