sᴍɪʟᴇ

23 0 0
                                    

○• "Não sou um psicopata, só faço justiça de forma diferente."

- Infância? Você quer que eu cutuque a pior ferida de vocês? - Mike sorri e pega uma de suas armas guardada na gaveta de sua mesa. - Querem que eu relembre como a mãe querida morreu e do desgraçado do pai? Que particulamente...eu gostava dele, acho que já notaram isso.

Apenas suspirei, tomando distância dos dois, percebendo que a situação ficaria interessante a partir da expressão de Ed.

- Não...eu prefiro me recordar da época em que eu te enchia de soco...e essas cicatrizes em seu braço te lembram algo? O que você fez e faz...é imperdoável, acha que vai sair ileso? Essa sua empresa de merda, só está de pé pela boa vontade dos seus funcionários que caem na sua mentira todos os dias! - Ed avança alguns passos pra cima de Mike.
- Ah...isso me magoa...vocês deveriam me entender, são psicopatas...assassinos, o ser humano é uma raça ingênua, pra conseguir o que quiser é fácil...sigo apenas a lógica.
- Sinceramente...você não é nada igual a nós...muito inferior...não tem honra.
- Eu não sou doente...sou muito mais espertos que vocês dois juntos! - ele continuava com aquele sorriso irritante no rosto, senti meu sangue esquentar.

Ed foi pra cima de Mike, com a agressividade de um animal selvagem, não o reconheci naquela hora, mas tomada pela raiva e rancor que sentia partir pro ataque, dando golpes nas laterais de seu corpo.
Depois de uma luta corpo a corpo entre os primos extensa. Ouvi Mike pegar novamente sua arma, sem perder mais tempo atiro em sua direção, errando o tiro, quebrando o vidro presente na sala.

- M-merda... - Ed e eu começamos a atirar na direção de Mike, ele continuava a desviar, nós da mesma maneira desviando de suas balas. Somos ágeis. - De família não é? - solto uma risada sarcástica repleta de raiva misturada.

Depois de muito tiroteio, Ed acerta um tiro em Mike, seu ombro sangrava, mas sua expressão era de quem não sentia dor alguma, eu sabia que ele sentia dor. Atiro mais uma vez, finalmente acertando as costas do garoto sorridente.
Ele caiu ajoelhado em nossa frente, será que...?

- Ed... - aponto pra Mike ajoelhado, pedindo para confirmar sua morte, ele cutuca o mesmo, sem esperar nenhum segundo mais, Mike usando seus últimos momentos de vida, dispara um tiro no braço de Ed, caindo desfalecido em seguida.

Olho em choque, indo na direção de Ed:

- E-ed! Você está bem não é? - vi as marcas de soco e o tiro pelo corpo de Ed. - Eu sei que você queria fazer isso...com ele. - me levanto e olho pro corpo de Mike.
- Uma peninha ter que acabar assim, mas eu não sou tão malvada assim...só porque você é da família viu?- começo a soltar uma risada alta e psicopática, apontando minha faca para o corpo, chutando o mesmo, deixando com o rosto a amostra.
- Você gostava tanto de sorrir, posso eternizar isso pra você!! - começo a cortar o rosto de Mike formando um sorriso, de uma ponta da orelha a outra. - Ficou perfeito! Combinou mesmo...

Vou até Ed ferido, sem pensar e sem perder mais tempo, o seguro e começo a levá-lo para fora, saio do prédio sem deixar evidências, rapidamente, sorrio:
- Fizemos um bom trabalho maninho...

Chegando em casa, coloco Ed no sofá, estava estancando seu ferimento desde os acontecimentos, rapidamente fiz os curativos superficiais, pego algumas ferramentas farmacêuticas, e tiro a bala de seu braço, fazendo todo o procedimento e assim fechando o ferimento:
- Vai ficar uma cicatriz bem foda aí... - sorrio.

Após finalizar os curativos, o cubro, me inclinando para dar um beijo em sua testa, sinto a mão enfaixada de Ed se entrelaçar em meus cabelos, fazendo com que o garoto me oferecesse um beijo demorado em meus lábios. Ele olha pra mim por alguns segundos, com aquele sorriso que mal sabia eu que...acabaria de me apaixonaria pelo meu irmão...

- E-eu te amo...obrigado... - ele sorri, de forma inocente.
- A-ah eu também te amo...não fiz nada mais do que minha obrigação de irmã... - faço carinho no rosto de Ed, deitando ao seu lado, o sofá era grande...

Olho por alguns segundos o rosto do garoto já adormecido, dando um beijo em sua bochecha, solto um sorriso involuntário, me conforto debaixo do cobertor e fecho meus olhos, finalmente, adormecendo.

E mal sabia eu que essa noite iria mudar minha vida.

Irmãos de sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora