Toni Pov.
Depois de sair da casa de Cheryl, eu vou direto para minha casa, por mais que não fosse o melhor lugar agora, ou o lugar para que eu quisesse ir, mas, eu pretendo evitar brigas, e chegar tarde eu só iria piorar as coisas.
Eu abro a porta da frente esperando não encontrar ninguém, mas minha audição é desviada por altos tom de vozes, vindas da sala. Já dentro de cada eu fecho a porta e por culpa do vento frio e forte da noite, a porta bate forte, rompendo as vozes que vinham da sala. E ouço alguém se aproximar.
-Toni? -Minha mãe surge da sala me chamando com um tom de voz baixo.
-O-oi. -Dou um sorrio e ando andando em direção da escada.
-Toni. -Minha mãe me chama novamente e eu me viro de imediato. -Nós precisamos conversar. -Minha mãe completa.
-Conversar? -Indaguei cruzando os braços.
-Sim, por favor. -Ela insiste e eu não resisto ao seu olhar de mãe manhosa.
Ela me encaminha até a sala e como eu imaginava, meu pai está lá.
Meu pai está sentado na poltrona enorme de couro, que mesmo sendo antiga, não há furos, nem rasgos ou muito menos manchas. Minha mãe se senta no sofá branco da nossa sala, e eu permaneço de pé.
-Toni, você sabe que desde que assumiu seu namoro com Betty, seu pai vem tendo problemas, mas, ele te ama e, não sabia que suas palavras a machucaria tanto. -Minha mãe parece calma, e eu fico sem entender o que está acontecendo.
-Toni, me desculpe por como eu agi. -Meu pai me encarou e eu estranhei, eu nunca o vi daquele jeito, e nunca tinha visto ele pedir desculpas. -Eu te amo, e quero que você seja feliz. -Meu pai se levanta e fica a minha frente, estendendo seus braços para um abraço.
Eu o abracei e pude me sentir protegida, me senti amada por ele, oque foi impossível sentir por essas semanas. Eu fico feliz dele ter finalmente me aceitado, e por ter dito aquelas palavras.
-Obrigada. -Sorrio em meio de nosso abraço e sinto uma lágrima descer até meus lábios, me fazendo sentir seu gosto salgado.
-Sabe. -Nós deixamos de se abraçar mas nossos corpos permanecem perto um do outro. -Você pode chamar Betty para jantar aqui, amanhã. -Meu pai sorri e... a quanto tempo eu não via aquele sorriso.
-Obrigada, eu te amo! -Retribuo seu sorriso e ele me dá um beijo no topo da cabeça.
Eu subo para o meu quarto, contente, e ansiava para contar a notícia agora para Betty por uma ligação, mas ao mesmo tempo, eu amaria ver o rosto de
Betty se eu contasse para ela pessoalmente...Coloco meu pijama depois de tomar um banho longo quente. Deito em minha cama de uma forma de que eu ficasse confortável, e me cubro com as várias camadas de cobertores rosas que minha cama possui. E decido esperar até o dia seguinte para contar a Betty, mas, como de costume, eu ligo para ela antes dormir.
-Oi T-T. -Betty atende do outro lado da linha.
-Oi amor, oque você está fazendo? -Pergunto.
-Estudando, tenho uma prova amanhã. -Eu consegui ver o quanto cansada Betty está por sua voz.
-Não vai dormir agora? -Pergunto e me viro de lado na cama.
-Não, agora não... -Betty boceja. -Mas e na sua casa, está tudo bem?
-Sim, eu estava na casa da Cheryl, cheguei a mais ou menos uma hora. -Por mais que eu quisesse contar o que havia acontecido para Betty, eu me contive.
-Já vai dormir? -Betty pergunta.
-Sim, estou morrendo de sono. -Me viro para o outro lado da cama.
-Ta bom então, até amanhã. -Betty se despede a espera de uma resposta antes de dizer "eu te amo".
-Me encontra no portão da garagem amanhã tá bom? -Sorrio só de pensar em Betty.
-Ta bom, boa noite amor, eu te amo. -Sua voz saiu um pouco rouca.
-Boa noite amor, eu também te amo, tchau. -Suspiro ao encerrar a ligação.
Viro para frente, encarando o teto de meu quarto, coloco o celular sobre meu peito e fecho os olhos. Eu me sinto em paz comigo mesma, agora que meu pai aceitou minha sexualidade, parece tudo mais claro, e tudo melhor.
...
Chego no colégio e fico a espera de Betty no lugar que sempre combinamos, o portão da garagem. Vejo ela de longe, ela caminha em minha direção como uma modelo caminha na passarela. Mesmo de longe vejo o brilho em seus olhos claros, e assim que ela percebe que eu estou ali, um sorriso radiante surge em seu rosto angelical.
Betty finalmente chega perto de mim, e me comprimenta com um beijo carinhoso.
-Oi amor! -Betty sorri assim que saímos do beijo. Apesar da Loira estar sorrindo, eu consigo enxergar o quão exausta ela está.
-Oi B. -Sorrio pegando em suas mãos.
-Está tudo bem? Seu pai disse algo para você? -Betty fecha o sorriso, mas eu continuo a expor o meu.
-Na verdade, falou. -Levanto uma de minhas sobrancelhas e vejo Betty revirar os olhos.
-O que foi dessa vez? -a de olhos verde indagou me encarando.
-Bom... -Chego mais perto dela ainda com um sorriso e, olho para baixo encarando nossas mãos juntas. -Ele me pediu desculpas, e disse que quer me ver feliz. -Desvio meu olhar para Betty.
-t-t! -Betty diz com um enorme sorriso demostrando felicidade. -Isso é muito bom, eu disse que um dia ele teria que te aceitar. -Betty inclina a cabeça para o lado de leve. -Eu disse que iria ficar tudo bem. -Ela completa com um sorriso doce e um olhar encantador.
-Você prometeu. -Cedi ao seu olhar.
Nos encaramos com olhares apaixonados por alguns segundos, e finalmente eu se aproximo para um beijo. Abraço a cintura de Betty e ela coloca as mãos em meu pescoço, demos um beijo parcialmente rápido, envolvendo todo nosso amor e afeto.
-E tem mais! -Sorrio ainda com minhas mãos envolvidas em sua cintura, e as mãos de Betty circulando meu pescoço.
-Tem? -Betty sorri espontaneamente.
-Ele me disse para eu convidar você para o jantar, hoje a noite. -Eu a informei. Apesar de estarmos seis meses juntas, Betty nunca havia ido em minha casa para um almoço ou janta, pelo motivo de meu pai não me aceitar.
-É sério? -Betty indagou confusa mas ainda sorrindo. Eu confirmo com a cabeça. -Eu fico feliz que vocês finalmente se entenderam.
-Eu também fico. -Encaro Betty ainda com nossos corpos se tocando. -Mas fico ainda mais feliz quando estou com você.
Nós rimos juntas e aproximamos nossos rostos, selando nossas testas, fazendo eu encarar os seus olhos cor Verdes ainda mais de perto. Em um gesto lento nossos lábios se encontram e nos beijamos lentamente. Seus lábios são tão macios, e ela sabe exatamente como usar sua língua em cada momento diferente que nos beijamos.
...
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My classmate • Coopaz
Fanfiction𝘾𝙤𝙤𝙥𝙖𝙯 | + Depois da morte de seu pai, Betty veio a riverdale. A mesma estava sofrendo bullying, mas ela poderia dizer que encontrou uma luz ao vim do corredor, naquela enorme escola. | Todos os créditos a: Sashapmitchell | [Concluída]