Capítulo 25

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Toni Pov.

Eu entro naquele café e imediatamente sinto meu coração acelerar, penso estar enganada mas logo vejo perfeitamente o rosto angelical de Betty, sim, Betty! Minha pernas tremem e um sorriso se abre em meu rosto.

Toni?! -Betty me chama com sua voz encantadora e com um sorriso enorme no rosto.

-Betty! -Solto de imediato o braço de Cheryl e corro desesperada aos braços de Betty.

A Loira estende seus braços para mim e eu me afundo neles, oferecendo a ela uma abraço apertado e cheio de saudades, ela me ergue um pouco e logo me põe de volta no chão.

-Eu senti muito sua falta! -Betty disse no meu ouvido ainda me abraçando.

-Você nem imagina como eu senti a sua! -Confesso e a aperto mais em meus braços.

Eu nem acredito que isso está acontecendo! -Betty confessa com sua voz de choro.

Nós se encaramos e lágrimas descem no rosto de Betty, eu sorrio e limpo as lágrimas com meu polegar. Meus olhos estão marejados, as lágrimas estão prontas para escorrerem a qualquer momento.

-Eu pensei que tinha te perdido! -Revelo a Betty e as lágrimas finalmente tomam conta de meu rosto.

-Nunca! -Betty sorri fraco e por um momento eu pensei que ela me beijaria, e eu estava disposta para isso, mas ela somente voltou a me abraçar fortemente.

-Oi Betty! -Ouço a voz de Cheryl, eu estava tão confortável nos braços de Betty, mas fui obrigada a solta-la.

-Cheryl! Oi! -Betty se afasta de mim e puxa Cheryl para um abraço, eu as observo sorrindo. -Quanto tempo! -Betty diz e se separa de Cheryl. -O que fazem aqui? -A morena pergunta a nós e Cheryl faz questão de responder.

-Nós viemos a trabalho, ficaremos alguns dias. -Cheryl sorri e eu encaro Betty.

-E quanto a você? -Pego na mão de Betty e sorrio.

-Eu vim morar aqui depois que terminei a faculdade, minha mãe se curou e casou com um médico. -Ela explicou de uma forma rápida, essa era uma qualidade que eu admiro muito, ela consegue resumir uma história gigantesca com poucas palavras.

-Senhora? Seu pedido está pronto. -O balconista parece chamar por Betty.

-Só um momento! -Betty se vira mas rapidamente volta a nos encarar.

-Eu vou fazer nosso pedido, vai querer oque? -Cheryl olhou para mim de uma forma que eu conhecia, nós praticamente criamos uma forma de se comunicar por olhares, e aquele olhar me dizia que eu precisava conversar com Betty, e a história de 'fazer o nosso pedido' era só uma desculpa para deixar eu e Betty "a sós".

-Café com leite! -A respondo sorrindo.

-Tudo bem! -Cheryl vai até o balcão.

Me aproximo de Betty e digo em um tom baixo.

-Foi difícil sem você.

-Para mim também, ainda é. -Betty confessa no mesmo tom que eu e a vejo sorrir de canto.

Um silêncio brota entre nós.

-Não quer me passar o número de seu celular? -Estendo meu celular a Betty para que ela anote em minha agenda.

-Claro! -Betty sorrio e pega meu celular. Pronto. -Ela diz assim que terminou de digitar seu número na minha agenda e me devolve meu celular. -Eu queria muito ficar para conversar, mas estou muito atrasada para o trabalho. -Betty cruza os braços.

My classmate • CoopazOnde histórias criam vida. Descubra agora