Capítulo 2

690 38 26
                                    

"Espere, é apenas mais um dia! Eu sei que posso aguentar, sei que ainda posso dar mais um sorriso, eu ainda preciso chegar até o fim."
— DeiseCristtina.


                          O sol estava escondido por detrás das nuvens cinzas que cobriam o céu, Jiraya caminhava a passos curtos e lentos, não havia um motivo para se apressar afinal, ele já conhecia aquele floresta, esquecida por Deus, a alguns anos atrás ele havia estado nela e tal como agora tudo ainda estava silencioso e a chuva parecia ter pressa de cair.

Caminhou mais um pouco, por mais que nunca fosse admitir estava cansado, a jornada a qual havia aceitado não era como ser um shinobi comum, mas procurar por alguém que nem mesmo conhecia exigia um trabalho árduo.

A sua frente ele viu uma caverna, a mesma que a anos atrás havia se refugiado da chuva, e provavelmente o faria agora. Entrou nela, acendeu uma fogueira, recostou-se sobre as pedras e olhou a chuva cair sem piedade do lado de fora.

Estava frio, como sempre naquele lugar e a vida parecia não ter florescido por ali. Enquanto olhava as gotas de chuva, viu uma cobra passar perto de seus pés.

Ela sumiu na escuridão da caverna pouco depois.

Afinal, a vida parecia ter começado a brotar naquele lugar mas, aquela cobra o fez lembrar do seu amigo, o qual não havia conseguido salvar.

"Eu realmente não consegui."

Este pensamento passou por sua cabeça, mas Jiraya o esqueceu no segundo seguinte, ao invés de se martirizar, seus pensamentos alcançaram aquela que parecia ser o sol dentro dele.

— Tsunade... — Sua voz ecoou dentro da caverna.

Ele pensava na despedida de Tsunade que após a morte de Dan, optou por deixar Konoha levando consigo uma garota, a sobrinha de Dan, cujo nome ele nunca conseguia gravar. Tsunade deixou a vila e seguiu seu caminho ainda sem muitos planos, na verdade ela não tinha nenhum.

Enquanto ele seguia o seu com apenas um propósito.

Mas, Orochimaru...

Ele nem mesmo queria pensar em Orochimaru, era um assunto pesado demais para sua mente maltratada.

Mas ainda sim, dentro dele havia um desejo de salvá-lo, um desejo te livra-lo de toda a dor e ambição mesmo que isso fosse impossível.

(...)

O som de alguma ave o fez acordar, ele logo teria que se pôs a caminhar novamente, não que estivesse indisposto fisicamente, mas sua mente continuava cansada. Saiu da caverna, olhou para o céu e mesmo durante o dia o sol parecia não querer parecer, talvez estariam em uma época de chuvas?

Talvez...

Colocou a mochila nas costas e caminhou, seus pensamentos começaram a viajar, um pássaro voava livre, como seria voar sem preocupações? Cortar os céus com suas asas e viver sem ter todas as responsabilidades que o cercavam.

Sorriu com seus pensamentos, mesmo que tal coisa fosse possível ele jamais o faria porque aquele era o seu destino, ele seria o mestre daquele que teria forças para lutar pela paz, ele passaria todo o seu conhecimento e se orgulharia de vê-lo evoluir.

Era isso que Jiraya pensava quando notou que o calor havia começado a ficar insuportável, provavelmente já se passavam do meio dia e apesar do calor parecia que a temporada de chuvas iria começar em breve.

Então ele deveria correr com seu livro afinal, as fontes termais que ficavam expostas ao céu iriam fechar e sobrariam apenas as fontes cobertas. E estas eram extremamente difíceis de espiar.

Não que ele fosse um pervertido que olhava garotas peladas, mas seus livros precisavam disso! De detalhes e verdades, então ele estaria apenas fazendo seus estudos.

Sorriu com aqueles pensamentos um tanto quanto impuros.

— Não se preocupem garotas, eu já estou indo ver vocês!

Disse alto enquanto acelerava o passo, ele correu para a fonte termal mais próxima.

Durante o caminho, que iria demorar cerca de quatro horas a pé — segundo um homem que ele havia pedido informação. — Havia uma vila à beira do caminho, casas destruídas e outras que pegavam fogo, parecia que algo havia acontecido ali, Jiraya correu até a pequena vila, as pessoas feridas não eram muitas mas havia uma mulher que fazia um discurso, em cima de alguns escombros.

— Não podemos mais viver assim, sofrer e sermos mortos por eles! Temos que fazer algo a respeito, — a pequena multidão que havia se formado diante dela gritou, e ali Jiraya pensou sobre sua jornada talvez ele já tivesse encontrado a escolhida? — Iremos deixar esse lugar! Vamos para outro lugar e procurar terras mais férteis para o nosso plantio!

Aqueles que ouviam seu discurso gritaram, bateram palmas e concordavam avidamente com o que ela tinha falado mas, Jiraya se virou e saiu do lugar. Aquele ou aquela que traria a paz jamais optaria por virar as costas para algum problema, esta pessoa deveria enfrentar todas as dificuldades.

— Fingir que um problema não existe é criar outro.

Ele disse isso quando finalmente voltou para a estrada, aquela fonte termal ficava longe então ele chegaria já no entardecer para a noite. Apressou novamente os passos, logo teria novas informações para escrever em seu livro e isso o animava, mas com toda certeza ele não era um pervertido como todos a sua volta o descreviam, ele apenas colhia informações.

— Eu não sou um pervertido, apenas um bom escritor. — Cruzou os braços e assentiu com a cabeça como se concordasse com o que dizia. — Vou atrás de mais informações para o meu livro! — Ergueu o braço no ar como um sinal de vitória. — Ver aquelas belezinhas sem roupas, — um fio de sangue escorreu de seu nariz. — Eu já estou chegando!

Desta vez ele correu, Jiraya realmente era um pervertido mesmo que jamais concorda-se com tal título. Em sua mente divertida ele era só um bom escritor, Kakashi futuramente concordaria, afinal ele seria um fã daquela obra tão pervertida.

O sol começava a desaparecer ao longe, Jiraya já havia chegado na fonte termal, as quatro horas caminhadas por ele estavam começando afetá-lo.

Ele já estivera naquele lugar e preferia continuar andando mas ele já tinha ultrapassado todos os limites do seu corpo, estava cansado e precisava se abrigar logo e ter um bom descanso.

Uma chuva fina começou a cair, as fontes termais ainda estavam longe então ele optou por descansar em uma pousada, ela não parecia ser grande coisa mas por hora era tudo que ele necessitava.

Entrou no lugar, que possuía uma aparência melhor por dentro do que por fora, foi atendido por uma velha senhora, pegou as chaves e subiu para o quarto. A chuva caia forte e o cheiro de terra molhada envolvia o ar, ele pensou se deveria escrever seu livro mas até mesmo sua mente vasta de escrito pedia um pouco de descanso e assim o fez.

A noite ele sonhou com aquela cobra, e memórias sobre Orochimaru o alcançaram e o que deveria ser uma boa noite de sono tornou-se uma leve tortura.

Ao abrir os olhos viu que o sol já havia nascido, e aquele lugar estava mais barulhento que Konoha em dias de folga.

Abriu completamente a janela e olhou o lugar movimentado, mas alguém gritava e ao debruçar na janela ele viu um homem gritando que uma mulher que havia batido nele, seu rosto estava sangrando e uma loira gritava.

— Eu disse que você roubou!

— Hum? — Jiraya coçou os olhos e olhou para aquela mulher, loira e com 106 centímetros de peitos, não havia dúvidas, era ela. — Tsunade!

A loira olhou em sua direção surpresa, esquecendo-se completamente da gritaria que tinha começado com o homem desconhecido.


Hey, meus leitores lindos ❤️
O que acharam do capítulo novo? Espero que tenham gostado!

Este livro é em parceria com a @Liaaxy sigam ela ❤️❤️

Até semana que vem meus amores ❤️ Beijos da Winchester 😘


Continua...

As Crônicas De Jiraya E TsunadeOnde histórias criam vida. Descubra agora