As Crônicas De Jiraya E Tsunade

Prólogo

O segredo escrito, a história que nunca ousou ser recordada.

Eu pensei em nunca esquecê-lo, mas sinto que minha memória já não é mais a mesma. Sinto que estou perdendo-me em dias, meses e anos e sua imagem vem se desmanchando em minha memória, por isso recorro tão frequentemente as fotos daquela época em que ele sorria. Em que em meu rosto não havia rusgas e a idade não havia me alcançado.

Eu cometi um crime, um que minha memória jamais deixou-me esquecer. Principalmente quando eu o via sorrir, sentia como se uma espada forjada, em, brasa, penetrasse meu coração na mais dolorosa dor que posso imaginar. Então, talvez para escapar desta espada e jamais esquecê-lo, decidir mantê-lo minhas palavras para quê algum dia, em alguma memória sã eu possa recordar-me dele.

Então, escrevi esta história. A parte de minha vida mais oculta do mundo, a parte em que eu me deixei ser levada por um sonho e realmente fui feliz, a parte que eu havia tentado apagar de minha memória mas nunca do meu coração.

A nossa história, mal terminada em que nenhum de nós dois deu um último adeus.

A você Jiraya, que eu ainda luto arduamente para mantê-lo vivo dentro de minhas memórias decrépitas, que se perdem diariamente. Porque sei, que já faz anos que você morreu e eu naquela época não fui capaz de te dizer novamente "eu te amo" ou fui capaz de me despedir com um "adeus meu amor" eu não fui capaz de devolver-te as memórias que um dia te fizeram sorrir, para esse crime não há perdão.

Mas, para uma próxima geração que virá, e irá preencher Konoha quero que saibam de nossa história, quero saibam daquilo que ninguém jamais soube.

Quero que saibam que eu te amei Jiraya, e que você me amou e por um breve tempo fomos tão felizes quanto são os pássaros ao voarem pelos céus limpos durante o nascer do sol.

- Tsunade.