❆ suéter

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Olá, nenis, eu decidi repostar essa coletânea, porque eu sou completamente apaixonada por ela e não queria deixar que ela fosse esquecida no tempo

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Olá, nenis, eu decidi repostar essa coletânea, porque eu sou completamente apaixonada por ela e não queria deixar que ela fosse esquecida no tempo. Então estou aqui, repostarei tudo de uma vez, mas seria de um grande favor que pudessem votar em todos os capítulos, já ajuda e me deixa feliz! ♡ Espero que aproveitem, beijos!

— SUÉTER —

Havia mais de um par de coisas que Hinata apreciava sobre o inverno; uma delas era suéteres. Quando era pequena, sua mãe costumava tricotar para ela e Hanabi — e até mesmo para Hiashi, que uma hora ou outra acabava vestindo —, e tomavam chocolate quente perto da lareira, enquanto as irmãs Hyuuga insistiam para que Hikari contasse uma história. Ela possuía a plena convicção, que o frio unia as pessoas de forma agradável.

Sentia falta desses tempos mais calmos, em que não precisava se preocupar sobre finanças, empresa e todas essas coisas que uma filha mais velha de uma família importante, tradicional e rica deveria se preocupar. De quando a liberdade — ou a ilusão dela —, parecia tão real, concreta, que ela poderia segurá-la entre os dedos com força.

De quando sua mãe ainda estava viva.

Ah! Bons tempos.

Para imortalizar aquele ato que era tão significativo para si, já que sua mãe sempre fazia isso, a Hyuuga pegou o hábito de no início de Dezembro, ir em uma loja de tecidos e comprar todo o material necessário para confeccionar alguns suéteres. Não ficavam tão bons como os de sua mãe, mas também não ficavam tão ruins assim...

— O que você acha? — Hanabi perguntou, erguendo o que deveria ser um suéter rosa choque.

— B-bem — Hinata gaguejou, e mordeu o lábio inferior. Não queria dizer que estava horrível, mas também não sabia mentir. Desviou o olhar. — E-está lin...

O barulho da porta se abrindo interrompeu-a e Hinata suspirou, aliviada. Salva pelo gongo! Ou melhor, pela porta! Segundos depois, Sasuke apareceu, os ombros cheios de neve, e o cabelo mais arrepiado que o normal. A face estava corada pelo frio, e ele tremia um pouquinho.

— Ah, você está aqui, Hanabi — foi a primeira coisa que ele disse, e depois começou a tirar os sapatos, ainda na porta. — Hinata — cumprimentou levemente.

— É, estou. — A garota franziu o cenho, não tinha gostado nenhum pouco do tom do Uchiha. — Algum problema com isso?

— Na verdade, tem sim. Eu queria passar um momento com minha esposa, mas em vez disso, tenho que chegar do trabalho e encontrar sua cara feia.

— A minha cara é basicamente a mesma da minha irmã — grunhiu. — Por acaso está chamando ela de feia também?

— Você chegou cedo, Sasuke — a Uchiha tentou dizer, antes que os dois começassem a se estapear. Era visível a antipatia que tinham um pelo outro.

Ela foi ignorada.

— Claro que não, diferente de você, que é uma mulher-macho, Hinata é delicada, gentil e bonita. — Geralmente Sasuke não falava esse tipo de coisa na frente dos outros, mas para irritar sua cunhada, valia tudo.

— Ora, seu...

— Hanabi, não!

Antes que Hinata pudesse completar sua frase, Hanabi — que era temperamental demais — tinha ido para cima de Sasuke, com o seu suéter rosa deformado. Ela já estava acostumada a vê-los brigar verbalmente, às vezes fisicamente; seu marido era arrogante demais para o gosto de sua irmã, e bastava que um deles abrisse a boca e ali estava: uma discussão!

Ela suspirou, enquanto via Hanabi enfiar — de alguma forma — o suéter por cima da cabeça de Sasuke, ao mesmo tempo em que ele tentava tirá-la de cima de si — já que os dois tinham caído no chão.

— Desgraçado! — a Hyuuga menor amaldiçoou. — Como você pôde casar com minha irmã?

— Hanabi...

— Sai de cima de mim, pintora de rodapé! — A voz de Sasuke saiu abafada pelo tecido.

— Sasuke... — Hinata tentou outra vez.

— Cara de leite em pó! — A essa altura, Hanabi já tinha conseguido enfiar o suéter pela cabeça de Sasuke, e tinha se pendurado no pescoço dele, já que ele tinha se levantado.

— Anã de jardim! — Tentava tirar as mãos dela do seu pescoço.

A Uchiha suspirou outra vez e depois sorriu. Os dias já não eram tão calmos como quando sua mãe estava viva, mas ela gostava assim. Sasuke e Hanabi eram parte de sua família, e ela não poderia querer mais nada.

E ainda que os suéteres de sua irmã fossem deformados, e que seu marido os detestasse — e no final sempre acabava vestindo, assim como seu pai —, apreciava cada segundo daquela tradição. E claro, acabou tirando uma foto, porque não era todos os dias que se via Sasuke vestido de rosa-choque.

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