❆ família

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— FAMÍLIA —

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— FAMÍLIA —

A árvore toda enfeitada com várias luzes ainda piscava no meio da sala, ainda que o Natal já tivesse passado. O frio estava mais ameno, mas o suficiente para a lareira ficar acessa, e a neve já quase não caia mais.

A família Uchiha estava toda encolhida no sofá sob o mesmo edredom. A TV estava ligada, e os créditos do filme que passava, já subiam pela grande tela.

— Sasuke — Hinata chamou baixinho —, as crianças dormiram.

Ele suspirou, mas acabou sorrindo um pouco.

— Previsível. Isso porque foi Hikari quem quis assistir a porcaria desse filme. — Ao ver a expressão da esposa, acrescentou: — Eles estão dormindo, não tem problema eu amaldiçoar em voz alta.

— Satoru está babando no sofá.

— De novo — ele pontuou. — Deveríamos filmar a Hikari roncando.

— Não, não deveríamos, deixe-a, Sasuke. Ela ficaria envergonhada.

— Justamente por isso.

— Não seja mau, marido — brincou, levantando-se do sofá com cuidado, para não acordar nenhum dos filhos. — Olhe só, Saburo sempre foi o mais calmo.

— É, pegou a melhor parte de nós dois. Creio que deixamos Hikari e Satoru passar muito tempo com o idiota do Naruto.

Hinata riu um pouquinho.

— Eles só têm um pouquinho a mais de energia. — Olhou de forma amorosa para os filhos, com as duas mãos na cintura.

— Vamos levá-los para o quarto. Fique com Saburo, eu levo Hikari e Satoru.

— Tudo bem — ela concordou, e com facilidade, pegou o garotinho nos braços, que não se moveu um músculo.

Todos os três tinham o sono pesado, pois Sasuke jogou Hikari e Satoru por cima dos ombros e seguiu Hinata para o caminho até o quarto. Colocaram os filhos, cada um em seu quarto. O Uchiha foi o último a sair, e encontrou Hinata parada no corredor, olhando para a parede, onde várias fotos de família estavam expostas.

— O que está fazendo? — ele quis saber, parando atrás dela.

— Eles crescem tão rápido — ela disse com a voz chorosa.

— Você não vai chorar, vai? — Envolveu-a pela cintura com um braço, e apoiou o queixo em cima da sua cabeça. — Não faça isso.

— Sua fraqueza — provocou.

— Não — negou. — Seu choro é. — Ela riu um pouquinho e virou-se para abraçá-lo, afundando o rosto em seu peito. — Eles vão ficar bem, não se preocupe, Hinata.

— É. Nossa família é meu bem mais precioso.

Ele afastou-a pelos ombros, para que pudesse olhá-la diretamente nos olhos perolados.

— O meu também. — Beijou-a na testa, depois na bochecha, até chegar nos lábios rosados e carnudos e parar.

A Uchiha já conhecia aquele olhar a mais de vinte anos. O modo como suas sobrancelhas paravam de se franzir, e toda sua expressão se suavizava, junto com seus olhos escuros, que pareciam brilhar. E um pequeno sorriso que brotava apenas no canto dos seus lábios.

Ela segurou o rosto dele entre as mãos, e sorrindo, declarou:

— Eu também amo você.

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