c a p í t u l o 8

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Já que estávamos todos fantasiados, era meio que impossível reconhecer quem era quem. Sem contar que àquela altura todos nós já estávamos bêbados o suficiente para que no dia seguinte não lembrássemos de nada.

Com a pouca vergonha na cara que ainda me restava, fui até o bar e pedi um copo de água para me hidratar e saciar minha cede.

Sentei no banquinho e apoiei meus braços no balcão, esperando minha água.

Enquanto meus olhos estão vidrados na multidão, sinto uma presença masculina sentar-se ao meu lado, bem próximo à mim. De imediato volto minha atenção para o homem que também está fantasiado de policial, assim como Ma, mas em uma versão mais tentadora ainda. Sua camisa quase toda aberta, fazendo com que sua barriga definida fique visível, uma arma atravessada, e uma máscara macabra, deixando apenas seus belos pares de olhos azuis à amostra. Um deles tinha uma porção fragmentada da cor castanha. Conheço alguém com essa mesma característica, mas não me recordo o nome e nem quem é a pessoa.

— uma água, por favor! — sua voz me soa familiar.

O barman traz dois copos d'água e põe sobre a mesa. Lhes entrego o dinheiro e fico à espera do troco.

— Srta, tens outra cédula de outro valor? Infelizmente não tenho troco — o barman volta.

— me dá todo de camisinha e mais um copo de água — bebo toda a água e coloco o copo sobre o balcão.

O moço assente positivamente e logo traz uma caixinha de camisinhas. Lacrada.

À todo momento sinto o olhar penetrante daquele homem sobre mim. Como se observasse cada movimento meu.

Continuo meu trabalho..., abro a caixa, coloco todo o conteúdo dentro da bolsa e bebo o outro copo de água que eu havia pedido.

Dou uma disfarçada para olhar para o lado e ainda sim, ele está me encarando. Respiro fundo, abro minha bolsa novamente e tiro cinco camisinhas de dentro. O que o álcool não faz...

— tenho muitas aqui, quer? — lanço um sorriso sacana e desafiador.

— não quer usar agora não? — aproxima seu rosto ao meu, me fazendo sentir seu hálito quente.

— ai, não sei... o que você acha? — mordo o lóbulo de sua orelha, provocando arrepios de sua parte.

— acho ótimo! — fala próximo ao meu pescoço, retribuindo a sensação que acabara de lhe proporcionar.

Ele pega as camisinhas e as guarda em seu bolso, nos dirigindo até a escada que nos leva até os quartos privados. Em baixo ficam os coletivos, mas prefiro apenas assistir.

O mascarado me leva até um dos quartos, e ele nos oferece direto à tudo. Banheira, uma vista linda, brinquedos eróticos, um clima sexual maravilhoso.

Casas de swing nunca me decepcionam!

Tomo a frente do homem cujo vou chamar de Henry, porque aquele cara não sai da minha cabeça, e abro a porta do quarto. Deixo a bolsa em cima de uma pequena mesa que há no canto da parede, e já me desfaço dos saltos e adereços da fantasia.

Ouço a porta ser fechada, luzes desligadas, e que os jogos comecem!

Como se nossos corpos fossem interligados, e emanassem uma energia inimaginável, nós nos encontramos de imediato. Sua boca clamava pela minha, e nosso beijo parecia transmitir coisas do outro mundo. Algo com encaixe, gostinho de muita vodka e tequila... me deixava com mais desejo ainda.

Enquanto estávamos naquele conhecimento, cada peça de roupa era descartada. Suas mãos apalpavam todo meu corpo, gemidos abafados saíam de encontro ao beijo, e parecia que nada mais importava, a não ser nós dois e o nosso desejo carnal.

Jogo de SeduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora