Amor Criminal ||KSJ||

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"O homem nasce livre, mas por toda parte se encontra acorrentado."

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— Ele o quê? — Jongdae questionou enquanto parava de levar o pedaço de pizza até a boca.

Estávamos sentados na varanda do seu apartamento enquanto comíamos — eu aprendi a fazer pizza quando era apenas uma garotinha, e sempre amava fazer massas. — Comecei a contar para ele a conversa que tive com nosso pai assim que terminei nosso jantar.

— Exatamente isso. — Suspirei e fiquei alguns segundos calada. — Ele quer que eu finja e faça parte de toda essa merda...

— Você não é obrigada a nada. — Rebateu. — Você ja é adulta, (S/n)! As decisões da sua vida precisam ser tomadas por você.

— Eu sei — Murmurei um pouco contrariada, ainda tendo aquele assunto enevoando minha mente.

— Então se o papai quiser te obrigar a fingir que está noiva daquele Seokjin, diga que não quer.

Família era algo muito importante para mim, uma coisa que sempre marcará e decidirá minhas atitudes.
Muitas pessoas podem não me entender ou me questionar, mas meus pais e meus irmãos são tudo para mim, e eu não mediria esforços para ver eles felizes. Eu queria ver o meu pai feliz também...
Mas só de pensar em ter que fingir algo, ter que me sujeitar a ter a vida exposta publicamente..
Isso já era demais.

— Vou pensar sobre.

Inclinei-me para pegar mais um pedaço da pizza que estava em um dos bancos quando meus olhos foram atraídos para a entrada do condomínio, que podia ser vista de onde eu estava na varanda.
Jungkook tinha acabado de chegar, ele parecia cansado e eu tinha certeza que estava vindo da delegacia.

— Yah! Jongdae — Os olhos do meu irmão focaram em mim. — O Jungkook acabou de chegar, vá chamar ele para comer pizza também,compramos muito.

— Mas..

— Vai! Vai!

Jongdae suspirou de forma preguiçosa mas sabia que não teria como discutir comigo, ele se levantou e caminhou para a saída.

Eu não tinha uma relação muito íntima com Jeon Jungkook, por mais que ele trabalhasse com meu pai há vários anos, eu só tive contato com ele quando entrei na delegacia, no entanto, eu sabia que ele era alguém tão focado no trabalho como eu.
Jungkook dedicava todas as suas horas e momentos no trabalho, só que tínhamos um ponto diferente.

Eu passava meu tempo no trabalho pois eu tinha escolhido aquilo para a minha vida, eu me sentia bem imaginando que daqui a alguns anos eu estaria crescendo na minha carreira, por outro lado, Jungkook sempre parecia um pouco vazio enquanto trabalhava, como se estivesse faltando algo, ou como se ele guardasse algo que o perturbasse.

Sempre notei isso e sabia que ter a companhia de alguém poderia fazê-lo se sentir melhor, mesmo que as companhias fossem eu e meu irmão.

Jongdae saiu do apartamento e eu me reclinei sobre a cadeira, peguei meu celular no bolso e fiquei supresa ao ver a quantidade de mensagens que tinham nele.

Meus olhos analisaram a tela e o ar saiu dos meus pulmões em um suspiro longo ao ver o número de Kim Seokjin na tela, indicando que as várias mensagens eram dele.
Considerei por vários segundos se o melhor seria ignorar ou ver o que era, mas ao mesmo tempo eu temia que fosse Don querendo falar comigo.

Desbloqueei a tela do celular e entrei nas conversas.
As primeiras mensagens eram de Don, ele perguntava como eu estava e se sentia a falta dele, notei que as mensagens eram do início da tarde.
Eu tinha deixado meu celular no silencioso e esquecido dele por completo.