Amor Criminal ||KSJ||

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"As pessoas que cruzam nosso caminho sempre aparecem por uma razão."

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O almoço ocorreu sem mais surpresas desagradáveis e depois de nos despedirmos de Hejin, eu e Jackson voltamos para a delegacia.

Tentei de todas as formas me concentrar em casos diferentes, tentei pegar um material de investigação sobre um assalto armado, todavia ele não me interessou muito, meus olhos vez o outra escapuliam para a tela do computador, analisando o blog do Rj que sempre — SEMPRE — ficava aberto na minha tela.

Eu acreditava que aquele blog dele, onde suas publicações e sátiras eram feitas periodicamente, fosse a melhor forma de encontrá-lo.

Claro...
Ele posta fotos lá, responde comentários, publica sobre o seu dia e mesmo assim não conseguimos rastrea-lo?
Estava óbvio que ele não trabalhava sozinho, só alguém muito bom em tecnologia seria capaz de esconder os rastros dele tão bem.

A senhora Choi passou na minha mesa no final da tarde, seu objetivo era pegar a pilha de papéis que ela tinha me dado mais cedo, e de forma cautelosa, tentei obter algumas informações dela.

— Hm..senhora Choi?

A chamei no momento em que ela já estava com os papéis no colo, caminhando até a sua mesa. Seu rosto virou em minha direção, suas sobrancelhas erguidas demonstravam sua impaciência.

— Sim?

— Sabe quando Jeon Jungkook retorna? — Questionei.

Jungkook era um dos nossos melhores policiais, tinha sido aceito cerca de quarto anos atrás na nossa delegacia e cada vez mais ele subia de nível, eu não tinha dúvidas de que ele era um dos preferidos do meu pai.
E o fato mais importante: ele era um dos policiais chefes responsáveis pelo caso do grafiteiro.

— Hm, acredito que ele retorne amanhã. Pediu folga para ir em um aniversário.

Sim, era verdade.
Jungkook tinha voltado para a sua cidade natal ontem, implorou para que meu pai lhe desse uma folga para ir no aniversário do pequeno Eunho, um garoto que era filho de seus amigos.

Minha esperança era  encurralar o Jeon e conseguir algumas coisas sobre o caso do RJ.

— Certo, obrigada.

A senhora Choi apenas soltou um "humpf" desinteressado e saiu andando até a sua mesa.

Rodei na minha cadeira e vi Jackson me fitando do outro lado, ele negou com a cabeça como se dissesse "você não tem jeito", e o que eu podia fazer além de concordar com ele?

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Quando terminei meu trabalho já era muito tarde, praticamente todos já tinham ido embora, incluindo Jackson.
Esperar meu pai estava fora de cogitação, muitas vezes ele até mesmo dormia na delegacia.

Estava tarde, eu estava cansada, e ainda por cima meu carro estava no conserto, e para o meu azar o ponto de ônibus mais próximo ficava muito longe, porém, como eu não tinha muitas alternativas, andei até lá.

Foi uma longa caminhada, mas aproveitei esse tempo para pensar, pedindo internamente que meu carro voltasse logo do concerto.
A noite estava fria e o vento gelado batia contra o meu rosto, demorei uns vinte minutos até chegar no ponto de ônibus.

Sentei-me em um dos bancos, a rua estava deserta, já era muito tarde e poucos carros circulavam na estrada, olhei no meu relógio, tentando estimar quanto tempo eu ainda precisaria esperar para o ônibus passar, quando ouvi um soluço alto.