Boku no Hero Academia - N-Heroes!

Dark Room

Música alta, ambiente cheio, bebidas liberadas. Tudo o que eles precisavam estava no interior de uma boate suburbana, mesmo que eles estivessem muito mais requintados do que o local em si. Afinal, eles tinham chegado lá de limousine e isso não era muito comum naquela área da cidade, obviamente.

Aquila precisou ativar a sua individualidade para suas asas ficarem como as de um pequeno beija-flor, conseguindo passar no meio da multidão dançante. Ele guiava os seus outros amigos em uma fila indiana até a área VIP (nem tão VIP assim) que eles tinham conseguido por causa da Ashido.

No entanto, depois de sobreviveram aos frenéticos dançarinos, ele percebeu que alguns de seus amigos se perderam no meio do caminho. Aquila suspirou, sentando-se em uma das poltronas acolchoadas. A parte privativa que eles iriam usufruir era bastante aconchegante e simples, se baseava em uma mesa redonda iluminada cercada de poltronas vermelhas. A iluminação ali era um pouco melhor do que do saguão principal por causa das luzes coloridas da mesa, então eles conseguiriam facilmente se achar ali. Ele também notou que Ashido, Eijirou e Aleshka eram os únicos que tinham o acompanhado até ali.

Ele levou as mãos até o rosto, tentando se acalmar e não surtar por causa do sumiço dos outros, quando Aleshka gentilmente se levantou e chamou a sua atenção.

— Vou trazer uma bebida pra vocês, sinceramente não quero ver ninguém com cara de bunda quando eu voltar.- Ela falou, mandando uma indireta para Aquila. — Eles são bem grandinhos já, sabem se cuidar. Não fica pilhado e só curte a sua noite, ok?.

A menina partiu em direção ao bar, bagunçando os cabelos dele antes de sumir por completo nas sombras da balada. Ele não deixou de sorrir, ficando um pouco mais calmo e iniciando uma conversa com Eijirou e Ashido.

Aquila realmente deveria curtir mais a sua noite. Ele se esforçou muito naquele dia, claramente ele merecia. Talvez, ele pudesse tentar relaxar, mas era impossível com um olhar afiado e sedento sobre si.

Uma das belas mulheres na mesa vizinha estava muito interessada nele. Ela o observava como uma águia prestes a devorar um ratinho, isso o deixava com calafrios, mas de certa forma era um pouco prazeroso ter essa atenção. De vez em quando ela soltava um sorriso encantador na direção dele, mas totalmente repleto de uma malícia que não passou despercebida por Aquila.

Aquilo era um jogo de sedução de verdade e a loira dava de dez a zero nele, mesmo assim ele não poderia deixar essa oportunidade passar. Afinal de contas, ele ainda era um rapaz com hormônios a flor da pele.

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— Me vê três copos de gin, por favor.- Ela pediu, escorando-se na bancada de frente para o barista. O homem assentiu com um sorriso simpático, iniciando a preparação dos drinks. — Ah, me vê um suco também.


Ele ficou um pouco confuso por ela ter pedido este tipo bebida exatamente numa balada, mas não a questionou e continuou a preparar os coquetéis e também o suco.


Aleshka balançava sua cauda no ritmo da música que estava tocando no momento, deixando toda a sua vontade de dançar concentrada naquela extremidade de seu corpo. Ela era antiquada demais para cair na pista, porém tinha completa consciência que se abusasse na bebedeira era exatamente isso que ela faria. Contudo, não era algo fácil de acontecer, já que sua descendência a dava resistência contra o álcool.


— Nunca vi ninguém pedir bebidas tão diferentes.- Uma voz desconhecida ao lado sobressaiu sobre a musica. Aleshka continuou encarando as garrafas de vodka na sua frente, ignorando totalmente o comentário.— Também nunca vi uma mulher tão linda assim me dar bola mesmo, na verdade eu não sei porque ainda tento sabe...- Ele continuou, com sua voz um pouco mais carregada de humor do que antes.


Ela fraquejou, rindo um pouco e se virando de frente para a voz, arqueando a sombrancelha ao deparar-se com um charmoso homem. Ela nem sequer tinha notado a presença dele ali. Pois se tivesse reparado, o início daquela conversa teria sido feito por ela.




— A "linda mulher" é toda ouvidos para as suas críticas alcoólatras. Mas sabe, eu imagino que é difícil ter argumentos quando você mesmo mistura vodka com energético.- Aleshka falou, apontando para o copo alheio com um sorriso exibido no rosto. 


Ele parecia desconcertado e surpreso com a resposta dela, olhando para o próprio copo e rindo de nervosismo.


— Touché, Mon petit chat.- Ele falou. Colocando a mão no peito gesticulando de forma atrapalhada com o sotaque francês, roubando algumas risadas animadas dela.


—Além de ter um gosto péssimo pra bebida, fala francês agora!?.- Ela perguntou entre suas risadas.




— Se eu conseguir ouvir você soltar estas risadas maravilhosas de novo, falarei qualquer idioma que tu quiser, princesa.- Ele se aproximou um pouco mais, ainda com uma distância respeitosa e um sorriso ambicioso nos lábios.— Pode me chamar de Eddie, o divertimento da sua noite.


Aleshka riu um pouco mais com a ousadia dele, reparando que o barista já tinha deixado os drinks no balcão a muito tempo. Ela tinha se distraído tanto com o antigo "estranho" que nem notou. Então, ela ficou uns segundos ainda olhando pra ele com uma expressão divertida, bebendo os três gins de uma vez. Os coquetéis desceram que nem água, mas a garganta dela ardia em chamas e sua mente começava a ficar questionável.


Eddie a observava com interesse genuíno, esperando pacientemente ela terminar de beber e aguardando uma resposta.


— Me chamo Kami. Talvez, a gente possa se divertir juntos. Mesmo que você não tenha gostos muito confiáveis, vou te dar essa moral.- Ela falou rindo, saboreando agora o suco com mais calma.


Eddie endireitou a postura. Ajeitando as mangas de sua blusa social branca e também o cabelo bagunçado, terminando de beber a sua vodka com rapidez. Ele estava ansioso, Aleshka podia sentir isso. Embora, ela também não estivesse tão calma assim. Os gins ingeridos tão rápido assim não poderiam fazer muito bem, e realmente não fez. Ela começou conversar com Eddie, deixando sempre pistas sugestivas que ele rapidamente pegava e continuava o joguinho.


Comparada com Aquila, sem dúvidas ela era muito mais experiente na arte do flerte.