Conquer It ᴶʲᵏ⁺ᴾʲᵐ

Four⁴

–Você acha, Jeon?-o Park dizia entre sussurros, com aqueles lábios tão próximos ao de Jeon, que se o moreno mexesse um músculo, acabaria os colando.–Acha que estou te provocando, Jungkookie?-e novamente, Park sussurrava, enlouquecendo os sentidos afoitos de Jeon.

Eles se entreolhavam, por milésimos de segundos, Jimin esperava perplexo por uma atitude, mas Jungkook era esperto, parecia entrar certeiro em seu jogo de provocações.
O mais alto se moveu vagamente, o outro a sua frente, convicto de que levaria um beijo, sorriu em sarcasmo.  Sua ficha caiu, quando Jungkook se afastou, fazendo o garoto o olhar o olhar incrédulo.

Por que diabos?

E não parava de se manifestar mentalmente. Quando pensou em abrir sua boca, para indagar o fato acontecido a segundos atrás, Jungkook o puxou para seu colo, causando um mínimo susto em Park. Que de repente, sorria em deleite.
Por instantes, ficaram se olhando, profundamente, foram segundos, que mais se assemelham à horas, incansáveis horas se encarando, com muito pudor.
Jeon sorria sacana, enquanto o olhava luxuoso. Jimin apreciava seus olhos, de maneira que quando voltava a pensar em seu atos, espantava-se com aqueles sentimentos tão estranhos. Assumiu para si nunca ter sentido-se daquela maneira, mas estranhou, e recusou-se a se 'castigar' com tais mediocridades.

Era quase impossível.

Jungkook não queria crer, mas também não deixava de sentir. Era estanho como sentia se já o conhecesse há anos. A maneira que o vê, ainda faz um curto sentido permitindo-o se apaixonar.
Quando Jeon entra em algo, ele entra para vencer, não abandona nunca o barco.

Jimin ainda recusava-se, convicto de que o outro rapaz teria que o convencer, mas não cairia nessa brincadeira inútil.
Então resolveu apimentar as coisas. Como a mistura perfeita de desgosto e gosto.

Moveu-se sobre o colo de Jungkook, de acordo com a batida sensual, e totalmente lenta da música que ecoava sobre o local, que era iluminado minimamente, por luzes que variavam suas cores, deixando o clima mais "quente".

Jungkook cessou seus breves devaneios, olhando rapidamente para Park, que parecia o provocar ainda mais. Pois fechou seus olhos, e fazia expressões do mais puro prazer.
Apertou seus olhos, os serrando brevemente, era absurdamente alta a tensão que Park o fazia sentir. E deliciosamente intenso, sentir seu corpo deslizando em círculos, ou para frente, e em seguida para trás, sobre seu colo–diz-se ereção–Jungkook vez ou outra, fechava os olhos, e suspirava loucamente, de repente, os abria, vendo as expressões sedutoras de puro prazer, que Jimin exaltava.

Mas tudo veio como um baque em sua mente.
Embora, Jungkook não ligasse para consequências de alguns atos, pacificamente este; de algum modo, Jeon queria conquistá-lo, de todas as formas, sexualmente, fisicamente, sentimentalmente, queria atraí-lo.
Era repulsivo admitir para si que queria tê-lo, de todas as possíveis formas.

Jungkook- 18 anos.

E lá estava, preso novamente. Meus pais não estão mais deixando que saia. Depois que descobriram o que ando fazendo. Mas qual é? Eu já sou adulto, não tolero que me prendam...faltam apenas seis meses para que me torne um, sendo mais exato.

Na noite passada. Saí discretamente de meus aposentos, era sábado, dia que reliso meus trabalhos.
Não precisava me vestir como um maníaco, ou tal coisa, apenas estou fazendo o necessário.
Simplesmente detesto regras, odeio obedecer. Então estou apenas seguindo da minha maneira. Talvez incompreensível, então ninguém precisa saber!

Estava tudo saindo como o planejado, ninguém andava durante a madrugada nestas ruas. A não ser aquelas pessoas, as que me deixam furiosamente puto!
Saquei o revólver, e a mira estava apontada.
Tudo certo.
Quando senti um aperto forte em meu pulso esquerdo, do qual não havia nada em mãos.
Assustei com o ato, me fazendo atirar na parede. O sujeito do qual vestia um sobretudo preto, saiu correndo, com a faca em suas mão, deixando o sangue escorrido no arbusto onde estava.

Virei enfurecido meu rosto, e quando pude perceber, meu pai olhava para mim. Com clareza sua expressão dizia "você está fodido, seu pirralho".
E desde então, estou.

Fiquei trancado em meu quarto, há uma semana. Meus pais me liberaram hoje pela manhã.
Lógico que teria de tomar mais cuidado.

Este relato não se trata disso, mas sim do filho da puta que precisava enfiar uma bala, bem no jeito da testa.

Jungkook- 17 anos.

Tudo começou quando completei esta idade. Ele estava lá, em minha comemoração fajuta, não queria estar reunido com muita gente, fui mais precisamente obrigado.
Mas continuava lá, aquele cara tão bonito, que flertava comigo durante os tempos em que me conheceu. Este que é meu vizinho, desde o ano passado. Me chama para sair, tem uns olhares realmente intensos sobre mim, e parece me comer, somente com os olhos.
Aquele homem era uma perdição. Eu precisava dele. Senti aquela atração platônica, que rola de primeira, desde que nos vimos. E neste dia, tudo se clareou.
O rapaz tomou coragem, e ultrapassaria os beijos e poucas vezes que transamos, para algo sério. Pareceu tão convincente, tão real, é tão louco.
Talvez fosse uma emoção adolescente, eu estava totalmente cego, e atraído por este rapaz. Ele era um sonho, e de repente me fez acreditar em amar.
Foi platônico, gostoso, e tão...gentil?

Fazia um ano que estávamos juntos, era mágico no início, diferente de tudo que já acreditei, tudo que já pensei. Ele me fazia sentir. Conseguiu me fazer "abandonar" minhas práticas noturnas, das quais eram realmente necessárias, mas ele estava comigo sempre, inclusive às noites de sábado.
E como nada na vida é um mar de rosas, tudo começou a vir à tona.
Aquele nojento e hipócrita.

Durante um ano, UM ANO, aquele escroto usava-me como passagem para a fortuna que eu herdava. Ele planejou, e muito bem, durante esse ano, como me matar.
E chegou mais próximo do que já imaginei. O safado não mataria só a mim. Eliminaria meus pais, donos de tudo, e para não ter que dividir um tustão sequer, me mataria em seguida.
Foi quando eu acordei daquele sonho patético, do qual eu jurei nunca mais cair.

Atualmente.

–Diga-me, gracinha, achas que poderá ficar me provocando assim?-proferi calmo, mas de maneira que fez o menor tensionar seu corpo sobre meu colo.

–Depende do que fará em seguida, Jeon.-ele devolveu o sussurro.

Se ele acha que serei fácil, ora, como se engana.

–Posso muito bem devolver seus trejeitos, docinho.-sorri de orelha a orelha.
–E o que acha de me convencer?-Reparei em sua curta indignação, mas pareceu gostar de como o provoquei.

E então, surpreendeu-me com sua ação seguinte.
Levantou de meu colo, e me puxou para o canto da parede, na extremidade em que só se ouvia o som, não tão alto, mas ainda assim dando para ouvir. Jimin tinha em seus lábios um sorriso sapeca, seu olhar parecia extremamente sedutor, e me prensando contra a parede, ele mordiscava meu pescoço.

–Então quer que te convença?
–Quero...

-To be continued-