Chapter 26

389 44 5
                                    


Narrador ON


Eles caminharam juntos até o salão, chegando lá foram pra pista de dança.
Victor tentou se comunicar com Bárbara mas o som estava muito alto, então se aproxima de seu ouvido pra tentar falar com ela.

- Ta afim de australiar, Babi?

- O que é isso?

Victor aponta pra Gabriel, beijando uma menina no canto da pista.

-Isso é australiar, Babi. Victor diz dançando no ritmo da música.

-Você quer eu fique com alguém, agora? Ela fala no ouvido dele enquanto terminava de beber mais um drink.

-Acha que consegue? Ele diz em um ar de desafio.

Babi decide então aceitar o desafio de Victor, talvez não fosse tão ruim assim. Seus batimentos acompanhavam a batida da música e automaticamente seu corpo também.
Pediu pra Victor pegar outro daquele drink de hortelã pra ela que ficou na pista de dança procurando alguém que a interessasse. Seu corpo queimava, ela começou a sentir o efeito do álcool.
Antes de pensar em algo ou, tomar qualquer atitude, se assusta com um líquido gelado escorrendo por sua cabeça e descendo por seu tronco. Assustada e sem entender o que havia acontecido, se virou para trás e uma mulher despejava em cima dela um copo de bebida. Estava escuro, apenas as luzes coloridas acesas então, não estava fácil reconhecer de quem era o rosto.
Barbara ficou confusa, não entendeu o porque daquilo, logo, algumas pessoas que estavam perto se aglomeraram ao redor das duas. A mulher, alta, apenas terminava de derramar a bebida do copo em cima de Bárbara que depois de alguns segundos permaneceu sem reação. Victor voltou e, sem entender o que estava acontecendo, encarou a mulher por alguns segundos e em seguida olhou pra Babi que, estava molhada e paralisada, nitidamente em choque.
Então Victor, sai dali com Bárbara e vai com ela até o banheiro. A menina tentou se limpar mas, seu vestido estava molhado e sua jaqueta manchada.
Victor tentou ajudá-la a limpar mas foi em vão.
Confusos com o que tinha acabado de acontecer, se perguntavam o por que a mulher havia feito aquilo. Bárbara sem reconhecer quem era, achou que talvez fosse alguma menina com ciúmes de Victor mas, ele sabia quem era, não tinha como ser outra pessoa.
Victor cuidava de Bárbara como se ela fosse um bebê pedindo colo.
Para Bárbara, a festa ja havia perdido a graça. Se sentou e permaneceu ali durante as próximas horas, sem se levantar. Decidiu então ir embora mas, Carolina ainda estava curtindo a festa. Pediu então pra que Arthur a levasse pra casa e ele concordou. Se levantou e Foi em direção a saída do local, chegando em seu carro. Sentou, segurando o volante e permaneceu ali, pensando durante um tempo.
Alguns flashs vinham em sua cabeça e agora, ela sabia quem havia feito isso com ela. Só podia ter sido uma pessoa.

Ela liga o carro.
Victor vem correndo até ela e pedindo pra que ela deixasse ele a levar pra casa pois, ela havia bebido alguns drinks e não era seguro dirigir assim. Ela aceitou pois realmente ela não estava sóbria. Então, deixou seu carro no estacionamento privado da faculdade, e foi com Victor até seu carro.
Entraram no carro, Barbara tirou sua jaqueta e colocou ela em seu colo.

-Foi sua ela, não foi? Ela diz deitando o banco do carro para se deitar.

-Eu tenho certeza que sim, achei que ela tivesse parado de me seguir. Acho que o problema é quando estamos juntos.

O problema era estar juntos?

-Posso ir pra sua casa? Não quero ficar sozinha. Eles se encaram.

-Tudo bem mas, você ta molhada, vamos passar na sua casa primeiro pra você tomar um banho e trocar de roupa.

Ela concorda. Chegando na casa de Bárbara, Victor a acompanha até se quarto e vai até a sala esperar ela voltar. Bárbara, toma um banho gelado, veste uma roupa simples, escova os dentes e então volta até a sala onde ele estava.
Agora tudo o que aconteceu estava passando em sua cabeça e, ela estava com um pouco de medo. Talvez não fosse nescessário mas, era impossível negar o fato de que aquilo a assustava.
Voltaram pro carro e, seguiram juntos até o apartamento dele.

Assim que entraram no apartamento, Babi se jogou no sofá e, Victor foi em direção ao banheiro. Demorou meia hora no banho, pensando no que tinha acontecido e o que ele faria pra conter esses ataques de loucura de sua ex namorada. Ele não entendia o por que dela estar fazendo aquilo, nada fazia sentido. Assim que sai do banho, veste uma bermuda e escova os dentes. Vai até a sala onde encontra Babi cochilando no sofá. Ele apaga as luzes da casa, deixando somente a luz do abajur da sala acesa.
Caminha até a cozinha procurar algo pra comer e volta até a sala, pegando Babi no colo e a levando até seu quarto, colocando ela deitada em sua cama. Em seguida ele volta pra sala, senta no sofá e liga a televisão. Ele estava sem sono, não conseguia dormir.

Babi ON

Cochilei por uma hora e meia, acordei no meio da madrugada com sede. Demorei um pouco pra perceber que eu estava na casa de Victor, tinha me esquecido disso. Mas estava tudo bem. Me levantei e fui em direção a cozinha, passei pela sala e ele ainda estava acordado assistindo televisão. Bebi um pouco de água e voltei pro quarto. Me virei várias vezes na cama, perdi o sono também. Depois de tentar dormir e não conseguir. Decido ir pra sala. Me levanto e vou até o sofá, me sentando ao lado dele.
Fico ali, calada por alguns segundos olhando fixamente pro nada.

-Ta alcoolizada ainda ou morreu? Ele fala passando a mão enfrente ao meu rosto.

-Eu acabei de acordar, não torra não. Falo com um tom de voz rouco e irritado.

Um silêncio mútuo tomou conta do ar.

- A gente vai sair de novo e se essa mulher atrapalhar o meu momento de "australiar". Falo fazendo sinal de aspas com os dedos. - eu vou passar com o carro por cima dela na rua. Sorrio falso e Victor fica a encarando segurando o riso.

-E você acha que vai conseguir? Ele diz debochando.

Na verdade, eu não tinha entendido muito bem o contexto de australiar mas, estava curiosa pra descobrir como era.
Talvez não fosse tão interessante sair beijando varias bocas por ai mas, eu queria aceitar o desafio de Victor.

-Será que você consegue? Acho que vai ficar no meu chinelo. Brinco.

Ele me olha com os olhos arregalados, sem acreditar no que eu tinha dito. Como se estivesse errada e não soubesse o que eu tava dizendo.

Ele se levanta e fica de pé em minha frente.


- Vem aqui me dar um beijo, Babi. O encaro sem entender o que estava acontecendo e o que tinha dado nele. - Vem logo. Ele estende a mão.

-Ta maluco, cara? Digo com as sobrancelhas juntas, e uma expressão de confusa.

Victor ri alto e aponta pra mim.

- Será que você consegue?

Ele diz saindo da sala e indo em direção a cozinha. Eu entendi a jogada dele, balanço a cabeça e dou risada sozinha. Ele estava pegando algo na geladeira pra comer, ficou por alguns minutos la e voltou com duas tigelas de cereal. Ele se senta em meu lado e me entrega uma.
Pensei por alguns segundos e num impulso, me levantei deixando a tigela em cima da mesinha de centro. Ele ficou me olhando sem entender o que eu iria fazer, talvez tivesse achado que eu iria ao banheiro, mas não. Dei alguns passos, parei na frente dele e estendi minha mão. Ele demorou um pouco pra processar mas em alguns segundo se levantou e parou em pé na minha frente.
Respiro fundo e decido usar a mesma jogada que ele.

-Vem aqui me dar um beijo, Victor.

𝓝𝓪𝓽𝓾𝓻𝓪𝓵𝓶𝓮𝓷𝓽𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora