Chapter 41

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Narrador ON


Naquele início de noite, o clima frio e nevoado se fundiam com a pouca luz que era emitida de dentro do chalé, por ai vem chuva.
Curiosos, deixaram as malas na entrada do chalé. Babi entrou primeiro, olhou ao redor do cômodo e, era uma construção pequena, feita e envolvida de madeira ipê. Os detalhes do telhado, faziam com que as paredes do local fossem inclinadas. Um abajur pequeno, clareava sutilmente o ambiente.

- Gostou? Perguntou enquanto abraçava a menina de costas.

- Eu amei, amor. Disse com a voz doce, sorrindo e admirando cada detalhe do lugar.

- É muito bonito. Afunda o rosto no pescoço de Barbara.

- Acho que não teria outro lugar onde eu gostaria de estar agora.

Ela diz se soltando levemente de Victor e caminhando em direção a janela de vidro que exibia toda a vista verde das árvores e a imensidão escura do céu.
Victor pega as primeiras pequenas malas e, as levam até o quarto. Bárbara ainda não tinha entrado ali, o quarto era tão bonito quanto o resto da casa. A pouca luz da noite que entrava pela vidraça exibia os detalhes do cômodo. A cama, acolchoada por um comprido edredom branco e travesseiros com fronhas de seda, uma janela de vidro impresso separava o quarto do banheiro, e um lustre de ferro forjado clareava o ambiente.

Enquanto Victor caminhava até a entrada e trazia o resto das malas para dentro do chalé, Bárbara explorava o lugar, fuçava as gavetas e as portas dos armários.
Achou arriscado o dono do lugar deixar tantas coisas pessoais, como coleções de porcelana ali, qualquer um que alugasse o chalé poderia roubar. Ou, ele seleciona muito bem seus hóspedes.
Ela passou em frente a uma penteadeira, medeira antiga e escura, ficou fascinada com a beleza daquele móvel, claramente bem antigo.
Abriu uma das portas interiores da penteadeira e achou uma vitrola antiga porém muito bem conservada, ao lado dela, alguns discos de vinil. Analisou aquilo durante alguns minutos e finalmente conseguiu colocar um disco pra rodar.


Victor ON

Ouço os passos dela vindo em minha direção, assim que ela adentra o cômodo, a surpresa e a felicidade que é emanada de seu rosto faz com que tudo, todos os detalhes tenham valido a pena.
Ela se joga na cama.

- Olha o tamanho dessa cama, amor. Rola em meio ao edredom.

- Boa pra fazer uma coisinha. Coloco as mãos no bolso da calça e a encaro, me aproximando.

- Que coisinha, baby? Ela sorri com perspicácia.

Me aproximo lentamente até chegar em seu ouvido, coloco lentamente seus fios de cabelo castanhos atrás de sua orelha e aproximo meus lábios de sua orelha.

- Você sabe. Digo baixo e num tom ardiloso.

- Eu não sei. Se inclina.

Dou risada.

- É boa pra dormir, garota.

Ela se afasta lentamente e me encara com desgosto.

- Tu não da uma dentro, cara. Ela diz arqueando uma sobrancelha.

Me jogo na cama ao lado dela e a abraço; ficamos assim durante um tempo.

- A gente vai curtir essa cama, baby, relaxa. Falo baixo.

- Aparentemente, dormindo, não é? Ela diz me dando tapinha nas costas.

Respiro suavemente contra seu ouvido e sinto seu corpo arrepiar, rio levemente, tão frágil.

- Não te trouxe até aqui pra dormir, gata.

𝓝𝓪𝓽𝓾𝓻𝓪𝓵𝓶𝓮𝓷𝓽𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora