The Lucky Ones - Romanogers

Capítulo 01

"We're The Lucky Ones

Only just begun

Others leave too young

But we're The Lucky Ones"

- Mãe?! Eu preciso de ajuda – a voz desesperada e chorosa do outro lado da linha me faz saltar da cama, olho para o lado e não encontro Steve, ele provavelmente já estava lá em baixo preparando o café da manhã.

Eram quase sete horas da manhã, e Sarah estava claramente chorando enquanto meu cérebro tentava acordar para valer, percebo minha nudez ao passar em frente ao espelho do quarto e volto rapidamente para pegar meu robe.

- O papai está com você? – ela agora parece ainda mais nervosa, se é que isso seria possível – Mãe pelo amor de Deus não conta para ele que eu estou histérica!

- Sarah... Sarah... – tento acalmá-la para que pudesse falar comigo, mas não adiantava a garota parecia que iria morrer em meio a um colapso nervoso a qualquer momento, já estava com a mão na maçaneta pronta para ir procurar meu marido, entretanto o pedido dela me pegou de surpresa - Sarah Romanoff Rogers respire e me explique o que está acontecendo!

Não era novidade que minha filha sempre fora mais próxima do pai quando pequena, Sarah sempre foi e sempre será a princesinha de Steve, apesar de sentir ciúmes no inicio não podia reclamar já que James gostava mais de mim, e podem ter certeza que fiz questão de esfregar isso na cara do meu soldado preferido, Violet já tinha onze anos e nunca compactuou com a nossa pequena e tradicional competição de quem ama mais quem, e os gêmeos, Emma e Ethan, tentavam a todo custo me enlouquecer no auge dos seus sete anos de idade.

De qualquer forma, era muito estranho não ter mais James em casa, ele havia acabado de completar vinte anos, terminado o ensino médio e tinha passado para o MIT orgulhando a todos nós e principalmente seu querido padrinho Anthony Stark, Sarah estava no segundo ano do high school e estava se tornando uma mulher cada vez mais linda, minha bebezinha já tinha dezesseis anos, e enlouquecia o pai com a ideia de que logo ela estaria fazendo certas coisas por aí. Por falar nela, a mesma havia ido dormir ontem na casa da Morgan e paranóica do jeito que sou já tinha imaginado todas as tragédias que poderiam ter acontecido em uma única noite.

- Alguém tocou em você? Está machucada? – vou em direção ao cofre onde ainda guardava os ferrões da viúva pronta para me equipar e sair atacando quem tiver tido a coragem e a audácia de encostar em pelo menos um fio de cabelo da minha bebê.

- Mãe não precisa pegar seu equipamento – ela bufa do outro lado da linha e sei que está revirando os olhos, é uma mania que temos em comum – E não, ninguém tocou em mim. Não do jeito que a senhora está pensando... Só, por favor, pode vim me buscar? Eu preciso muito de você, e venha sozinha. Pode ser?

Depois de um tempo processando seu pedido e escutando o choro desesperado, é que suspiro massageando minhas têmporas, odiava quando um deles me pedia para mentir, era horrível porque quando nos casamos, eu e Steve juramos que estaríamos sempre lá um pelo outro e não podíamos fazer isso em meio a mentiras e omissões, mas mesmo assim, mesmo sabendo que ia dar merda, concordo com Sarah enquanto tento tranquiliza-la e vestir uma roupa.

- Quero deixar bem claro que não concordo com nada disso, e depois que a verdade vier à tona...

- Vou ter que lidar com as consequências, eu sei – ela completa e me deixa desarmada, reviro os olhos murmurando um "chego aí em vinte minutos".