KSJin pov
Eu conseguia sentir meu corpo lentamente acordar do seu estado dormente, conforme as partes do corpo acordavam o formigamento aumentava, até que abri meus olhos. O que conseguia enxergar era um ambiente hospitalar, plantas sobre as paredes, móveis e equipamentos. Havia uma pessoa dormente numa poltrona, devia ser um médico ou alguém conhecido, não consigo enxergar.
Tentei falar mas minha voz falhou, tentei mais uma vez, só que a tentativa foi interrompida por uma outra pessoa.
– Ele acordou!– Era uma voz meio mista, não sabia se era homem ou mulher.
Logo um moço entrou no quarto usando um jaleco branco e calças pretas. Em meio a tudo isso a pessoa na poltrona despertou assustada.
A pessoa se levantou e quando chegou perto da minha cama pude ver claramente que era um garoto, algo nele me era familiar, não sei dizer.
O médico ao me examinar disse:
– Você ja esta ótimo, apartir de agora quero que entenda que sua voz voltara quando tomar sua sopa e suas memórias devido ao acidente iram tardar a retornar. Isso é normal, qualquer duvida peça aos seus familiares respondam. Qualquer mal estar você poderá retornar. Talvez ao recuperar as memórias necessite um descanso, não se force.Ele me ajudou a me levantar e aquele garoto me colocou em seu ombro e me levou até um quarto moldado a ouro, as paredes, chão, plantas, aquilo era surreal.
Ao me sentar para comer um pote com sopa foi posto na minha frente, era de ouro assim como tudo que estava la,olhei ao lado e o tal garoto me fez um gesto para eu tomar eu apenas tomei.
Conforme a sopa descia em minha garganta eu sentia que a voz voltava. Ao terminar de ingerir o líquido eu arrotei instantâneamente. Me encolhi pela falta de educação.
– Ta tudo bem, é procedimento normal.
Olhei para seus olhos. Pensei.
– Você é um familiar meu? Irmão?
Ele abaixa a cabeça e me responde.
– Não sou seu irmão, mas sou um familiar.Tinha uma questão em minha mente.
– Eu morri?
Ele me olha novamente nos olhos.
– Não, sua vida está longe de acabar, só vai continuar ela aqui. Até sua hora chegar.
–Ninguém mais está aqui? Pessoas que eu conheço.– Procuro nele as respostas que preciso.
–Somente eu e você atualmente– Ele sorri meio debochado.
– Eu to realmente bem ? Tipo eu sai andando de lá e sofri um acidente.
Ele se levanta e me chama. Eu me recusei a andar.
Ele vem pega minhas mãos e me puxa pra andar e eu andei.
Me assustei mas ele foi paciente e só disse:
– Vou te mostrar como você realmente está, ali no corredor tem um espelho.
Segurando ainda a mão dele fortemente fiquei em frente ao espelho e no meu reflexo. Eu era homem, ao menos pareço um, cabelo liso e preto, olhos castanhos, lábios carnudos. Estava sem ataduras, sem dores, sem cicatrizes, o que era estranho.
Ao olhar pro lado percebo que ainda aperto a mão de tal pessoa. Solto no susto. E me retrai.
Se ele não é meu irmão o que ele seria?
– Eu não sou ninguém que quer seu mal, você vai se lembrar de mim.
Ele sorri e aquilo clareia um pouco minha mente.
Algo nele era familiar, muito próximo, mas o que é?
Minha cabeça doeu e sem qualquer exitação o meu familiar me carregou até o médico mais uma vez.
Ele me examina e logo me receita uns medicamentos para minimizar o efeito da memória.
Eu olhando para a espécie de papel percebo que não consigo ler nada. E na saída eu falo com ele e sou encaminhado a mais um local.
Durante nossa caminhada percebi que nunca questionei sobre o nome dele, talvez isso me ajudasse a me lembrar dele, como poderia ser tão desatento?
– Hey Tae… –Isso saiu involuntariamente.
– Quê?– Ele me respondeu de prontidão.
Eu paro por um minuto para tentar focar nos meus pensamentos, meu coração estava acelerando lentamente enquanto ele me olha preocupado.
– Qual seu nome?– Eu ja estava desacreditado, balançando a cabeça de perturbação.
– O Doutor havia comentado de eu não te falar, mas visto que você se lembra meu apelido, Kim Taehyung– Ele se apresenta sorridente.
Assim acenderam- se flash rápidos em minha cabeça fazendo com que eu entrasse em colapso e mais uma vez precisar me apoiar nele.
Ele me carregou em suas costas até um assento perto da farmácia, que no caso era um matagal dentro de uma sala, voltou com uma outra tigela segmentada.
Meu corpo tremia como se tivesse em uma terremoto, olhando pra ele em menos de um minuto ele tirou umas pedras azuis as esfregou na palma da mão e passou em meu rosto. Isso foi como um calmante pra mim.
– O que é isso?– apontei para as pedras.
– Por incrível que pareça calmante, ja que aqui a gente não ingeri nada– ele explicou e uma luz acendeu na minha idéia.
– A GENTE NÃO COME?
– Não tomamos remédio via oral, a gente come sim, só que de uma forma diferente.–Ele até tirou o olhar de mim como se esperasse uma reação.
– Como a gente come?– Estava perplexo com essa informação.
– É tipo aquela sopa mas é feita de fumaça, então mesmo que tu sugue com a boca é mais eficiente pelo nariz– Ele realmente estava até meio sem graça de falar aquilo.
Antes que falasse mais algo ele começou a me medicar de acordo com o descrito.
– Mas a sopa que eu tomei era líquida!– Estava tentando apontar fatos.
–Não ela não era, você que não percebeu que tava comendo errado. Alias aquela sopa é para liberar a voz da alma mesmo, que muitas vezes pela vivência fica na região da garganta.
Quanto mais ele me falava mais eu estava confuso, onde eu vim parar? Porque eu estou aqui? Que acidente eu sofri?
Varias perguntas passavam em minha mente até ser parado por "Tae". Ele colocou seu dedo indicador em minha testa e disse:
– Você e esse seu hábito de pensar demais hein, eu ja falei, todas as perguntas vão ser respondidas, até eu estou meio perdido, não cheguei a muito tempo e esse mundo não foi muito complicado.
" Mas é claro, um cara como você ja é acostumado na fumaça" foi o que pensei. E mais uma vez me surpreendi com memórias.
Precisava botar a cabeça em ordem, essas imagens apenas me confundiam.
Respirei fundo e comecei meu mapa mental.Kim Taehyung, acostumado com fumaça, me conhece muito bem só de me olhar–> Ele é tipo um melhor amigo.
– Nós somos melhores amigos?– Chutei com toda minha vontade. Estava certo de que havia matado a charada.
Ele respirou, se afastou, hesitou mas soltou um "Não".
– Pelo o que me lembrei do nosso passado, nós não tinhamos uma relação calorosa dessas– Ele até desvia o olhar mais uma vez.
Ele realmente parecia abatido quanto a essa informação.
– Olha, eu não me lembro do motivo que me fez te odiar, mesmo algum dia, eu vá me lembrar, prometo que serei seu fiel familiar– Ele completou olhando em meus olhos.
– O que é esse negócio de familiar?
Mais uma pergunta pra lista.
– São pessoas do seu círculo de vida, ou seja, pode ser seus parentes mesmo ou amigos/conhecidos/inimigos, estão ligados a você por algum motivo.Ao menos algumas coisas começaram a se organizar, esse mundo fantástico, o cara que está na minha frente, no entanto ainda não compreendo nada.
Será que é alguma punição de Deus ter que viver com um inimigo meu? Esse cara deve estar contando todos os favores que quer em troca.
Por quê ele seria meu amigão se ele sabe que somos inimigos?
Ele deve saber mais sobre aqui, vou ver o que aprendo.Notas da autora: Gostaria de agradecer a neném que fez a capa. Não sei o nick dela mas dêem muito amor a ela!
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Soulmates: Reconciliation
SpiritualUma história Taejin! Espero que gostem! Descrição: Algumas pessoas acreditam que durante a vida encontraram uma pessoa prometida, uma alma gêmea. O que ninguém sabe, sobre tais fenômenos é que nem sempre o que nos foi destinado será o que desejam...