KTHyung pov
Mais tarde nós dois nos separamos, ele queria um tempo para ele para entender tudo.
Não que eu entenda, o porque nos odiamos.
As memórias que me recordei, só foram chorosas, após um contato com ele, pior pra mim é entender o estopim de tudo.
Até agora tento recordar mais que o permitido, sobre minha vida, meus pais, meus amigos, só que parece que encontro uma barreira.
Por quê ?
Acordo de meus pensamentos quando escuto uma voz me chamar:
– Tae!
Olho para o emissor e reconheço que era Jungkook.
Atualmente ele é um aliado meu aqui, algo entre nós é muito forte, como se fossemos amigos a décadas.
Ele me lembra os italianos, ja que tem um nariz gigante, a gente se zoa de forma mútua.
Ele fala que eu pareço uma Barbie e eu falo que ele parece um Italiano.
Sem ele aqui, acho que estaria perdido.
Quando acordei aqui, cerca de 5 dias atrás, estava tão perdido quanto Jin, no meu caso acordei sozinho. Um tempo depois olhando em volta. Jungkook, um enfermeiro desse hospital notou que havia acordado e então chamou um médico.
Quando o médico começou a falar eu entrei em choque.
Eu havia morrido em um acidente, estava ali naquele mundo com uma missão de me reconciliar com uma pessoa que estava por vir. Eu fui implantado em um corpo falso que se definharia em torno de um mês, no caso, meu tempo limite para partir para o céu.
Ele me explicou pouco a pouco, Jungkook foi quem me deu a sopa e me ensinou a comer, a medicar, a como conversar com tal pessoa, até mesmo como ter cuidados mais próximos sobre a saúde.
Logo no primeiro dia as memórias vieram tudo de uma vez, eu me via sempre chorando quando entrava em contato com o tal Seokjin, parecia que estar com ele era meu karma, ele sempre era egoísta, apesar de tudo tinha algo em mim que me ligava a ele fortemente, me sentia distante dele quando queria estar próximo.
Memória a memória encaixei os fatos.
Até mesmo as memórias de dias cujo qual eu fumava e bebia estavam desnubladas para que eu entendesse.
Jungkook em suas horas vagas sempre passava para me ver. Falava coisas do tipo" As coisas para as pessoas do lado de lá sempre parecem ser ruins, mas no final das contas lembre-se de que sua vida foi bem vivida a sua moda".
Assim mais esse dia que eu havia entrado em contato com Jin eu desabafei com o Jungkook.
–Jungkook eu não sei se eu consigo, olhar pra ele, me trás sensações muito contraditórias, eu sei que nós conhecemos de vidas passadas, mas o Jin– Fui interrompido por ele.
–Isso se trata de uma reconciliação, 30 dias serão o suficiente para que vocês o realizem.
Soltei um suspiro e olhei pra ele.
– Você por acaso é meu anjo da guarda? Você sempre está comigo e mesmo assim não é um familiar.
Ele ficou quieto com um semblante sério sobre a questão que havia feito. Não deu muito tempo ele saiu e foi atender uma outra pessoa do hospital me deixando sozinho mais uma vez.
Me sento num banco do Jardim que era perto da Farmácia. Era um banco feito de madeira, varias vezes concertado, em uma estradinha de pedras que seguiam para um mirante de onde poderiamos ver a imensidão do lugar, eu adorava ir lá.
Resolvi que iria lá, mas outra voz me chamou:
– Taehyung!– Era Jin.
– Eu não consegui encontrar os dormitórios, aqui não tem nenhuma cama também?– Ele me olhou curioso.
Eu me lembro de perguntar isso também quando cheguei.
– Aqui no Jardim tem umas camas temporárias, elas são para que você descanse 2 horas.
Ele me olhou perplexo, desviou ao chão e logo começou a gritar:
– Como que eu vou conseguir dormir bem em duas horas e no jardim?!
– A última coisa que sentira aqui é sono, não se preocupe.
O comportamento dele mudou um pouco. Estava desacreditado. Tive uma idéia brilhante.
– Bom, acho que você precisa de um descanso mental, vamos para o mirante, lá você poderá descansar a mente.
Pego o braço dele e o guio pelo caminho de pedras.
Eu tinha o plano de conversar com ele durante o caminho, mas eu fui covarde e não o fiz.
Chegando la ele se soltou bruscamente de mim e foi para um canto do Mirante e ficou encantado. Eu o vi abrir boca e suas pupilas dilatam só de olhar a paisagem.
Por um minuto eu sorri esquecendo tudo. Eu não estava morto, eu tava vivo e vivendo como nunca.
Me debrucei na cerca e deixei a brisa bater na minha cara com a delicadeza que uma mãe passa na cabeça de um filho.
KSJin Pov
Aquela paisagem era a mais bonita de minha vida, uma floresta colorida, vivida, cheia de luz, o que me emocionou. Olhei para o lado e vi um casal estonteante, ambos estavam se abraçando e falando coisas que eu jamais falaria.
No final das contas quem sou eu ?
Eu sou um homem. Qual o meu nome?
E o mais importante, porque tenho que viver com "ele"?
Aproveitei e o olhei, ele estava bem ao meu lado, se deitou na cerca e estava sorrindo descontraído, pude perceber seu sorriso quadrado que ele havia feito ao se apresentar.
Meu coração deu uma batida forte. Nesse mesmo momento em que havia acontecido isso ele me olhou assustado. Conforme o meu coração dava essa batidas pude ver ele colocando a mão em seu peito.
– Algo de errado ?– Perguntei a ele.
–Você está sentindo o mesmo que eu to sentindo?– ele questionou ainda assustado.
– Batidas no coração?
Ele assentiu com a cabeça confirmando o que havia falado.
Nos encaramos por um tempo até que ele me abraçou forte como um urso. Ainda atordoado consegui escutar: ”Achei que não se lembrava".
Algumas memórias pularam em minha cabeça.
Eramos estudantes de um mesmo colégio do ensino médio em Seul, não eramos muito próximos. Eu era reservado, ele extrovertido, cheio de amigos. Enquanto eu apenas planejava formas de enriquecer. Vi momentos em que nós brigávamos, eu o humilhava por querer ser ator, tirar notas na média, pintar o cabelo e também por uma memória que havia sido cortada.
Os tremores que nela tinham me acordaram do transe que estava. Cai no chão de susto.
Ele me estendeu a mão e eu a peguei sem pensar duas vezes. Olhando dentro de seus olhos pude ver a tristeza que ele guardava de mim.
Não conseguimos trocar muitas palavras no final daquele dia.
Resolvi que iria me deitar para descansar a cabeça.
Depois de andar pelo Jardim, achei as benditas camas.
Pensei sobre as memórias que voltei a ter, ao meu ver eu era muito solitário. Parecia que eu tinha a necessidade de ser bem sucedido. Ele apenas não era o modelo de pessoa que eu seria, mas ele parecia bem feliz sendo assim.
O clube de teatro fazia bem a ele.
O que me incomodava tanto sobre ele?
O fato dele ter pessoas ao seu redor? A Liberdade que ele se deu para fazer seus gostos ? O fato dele sorrir?
Bati a cabeça no travisseiro.
Sério qual era o meu problema?!
O que ele tem para eu odia-lo?!
Será que ele me odeia? Ah ele deve, né.
Deve estar sendo super falso comigo sobre a gente estar bem.
Ninguém iria ficar bem com alguém o criticando a todo minuto.
Por que eu o odiava?
Vou ver se descanso um pouco…
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Soulmates: Reconciliation
SpiritualitéUma história Taejin! Espero que gostem! Descrição: Algumas pessoas acreditam que durante a vida encontraram uma pessoa prometida, uma alma gêmea. O que ninguém sabe, sobre tais fenômenos é que nem sempre o que nos foi destinado será o que desejam...