BAD BLOOD|BTS| +18|Livro 1 Completo

C: 39

Tem gente pulando os capítulos duplos achando que eu só postei um, cuidado, pois depois ficam perdidos, postei o cap 39 e 40!!!

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Heyoon:

O sol tinha se posto na cidade e eu ainda estava andando pelas ruas. Sempre que via uma guarda eu me escondia, estar sem documentos ali podia trazer problemas como já tinha sido avisado pela cyborg.

Porém era hora de voltar para a casa da Ivy, ela ajudaria a me organizar e conseguir tudo o que eu preciso para seguir por aqui.

Eu queria muito ligar para o Yoongi, mas não tinha dinheiro para comprar um celular novo. Fui até um pequeno comércio muito chique e me aproximei de um dos lojistas.

"Com licença, você poderia me informar se é possível eu fazer uma ligação gratuita para uma pessoa fora da cidade?"

O lojista sorriu para mim e assentiu.

"Temos as cabines de transmissão bem ali ao lado, você pode usar." ele apontou para um corredor largo a sua esquerda.

"Obrigada" eu segui na direção das cabines.

Haviam cinco dispostas uma do lado da outra, eram pequenas caixas pretas com fios pendurados.

Eu fiquei analisando como os humanos tinham conseguido manter a tecnologia sob o comando deles enquanto o resto do mundo não a tinha, talvez porque a magia e poderes das criaturas não precisavam da tecnologia.

Pelo que eu tinha lido em um livro sobre cultura humana, você conectava os fios em sua cabeça e mentalizava a pessoa que queria ligar, o aparelho entraria em contato  o meio de comunicação que o outro estivesse usando, seja e-mail, celular ou outra cabine.

Fiz os procedimentos conectando os fios em minha testas e têmporas, mentalizei o Yoongi, seu número começou a chamar, porém ninguém atendia, acho que a essa altura ele já devia saber que eu fugi e não deve estar nada feliz com isso.

Eu inspirei fundo e mentalizei o Taehyung, mas só caía na caixa postal.

Será que o Jimin atenderia?

Não, não atendeu.

Pensei em ligar para o Jungkook, mas depois do que eu tinha visto, eu não sei se ele estava bem da cabeça, não sei se ele era inocente ou culpa, mas nunca tinha o visto de forma tão assustadora.

Frustrada, eu desliguei a máquina e fui caminhando de volta para a casa,  a noite já tinha chegado e o frio também, pelas luzes ligadas na sala eu supus que Ivy havia retornado.

"Não, não fiz ainda..." eu a ouvi falando pelo telefone.

Pelo menos alguém consegue se comunicar aqui.

Indo para o banheiro, eu passei em frente ao quarto de Ivy que estava com a porta aberta. Mesmo com a luzes desligadas eu pude notar o armário aberto, parecia ter um fundo falso.

Que estranho, porque alguém que mora sozinho tem um armário com fundo falso?

Andando devagar, prestando atenção ainda na conversa de Ivy para confirmar que ela continuava ao telefone, eu fui até enorme armário de metal.

Chegando perto eu pude ver melhor o fundo falso retirado, haviam armas de todos os tipos, armas de fogo, facas, lanças, arco e flechas, soco inglês, bestas. Eu realmente não sabia como reagir.

Meu reflexo foi ir direto no objeto que eu estava familiarizada, as facas, na verdade pareciam uma pequena coleção de lanças japonesas chamadas de kunai, uma lâmina extremamente afiada.