15.

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- Será que você pode andar mais devagar? É impossível te alcançar assim, suas pernas são curtas mas você anda rápido demais - escuto a voz de Sehun mas não ouso parar em nenhum momento - Eunha, estou falando com você! - o tom de voz sai mais alto - Ei, me fala o que aconteceu, por favor - ele segura meu pulso e eu viro para ele - Conversa comigo, garotinha.

Aquilo foi o suficiente para que eu não conseguisse mais me conter e desabasse bem ali, no meio de um dos corredores da faculdade, na frente de todo mundo.

- Ei, está tudo bem! Vamos pra outro lugar, uh? - ele me abraça e me puxa para sairmos dali.

Não me importo em descobrir para onde ele tinha me levado, só percebo que estavamos sentados em algum lugar e ele continuava me abraçando e fazendo carinho na minha cabeça. Depois de muito tempo chorando compulsivamente eu finalmente consigo me acalmar e limpar as lágrimas, ao menos parar de soluçar.

- Você não precisa me contar o que aconteceu, mas sabe que o Chanyeol vai abrir a boca mais cedo ou mais tarde, uh? - ele pergunta enquanto fazia carinho no meu rosto.

- Ele... não sabe - só então noto o quanto minha voz saiu fraca e embolada - Eu não consegui conversar com ele.

- Então...

- Eu fui até o escritório do meu pai ontem a noite, procurar uns papéis da empresa que ele tinha pedido, provar para ele que eu consigo pelo menos identificar documentos - a voz já estava embargando novamente ao falar isso - Ele me falou que estariam na segunda gaveta da mesa, mas não falou se era do lado esquerdo ou direito, então eu imaginei que estariam na do lado direito, que é trancada com chave, por serem documentos importantes - faço uma pausa para respirar e noto que o olhar de Sehun estava atento em mim e nas minhas palavras - Os documentos lá eram realmente importantes, mas nada relacionado a empresa.

- Você não precisa falar sobre isso se não quiser, bebê.

- Eu preciso falar, Hunnie - faço uma pequena pausa quando ele assente e deixa beijos pelo meu rosto.

- Só fique calma, eu estou aqui por você e para você, sabe disso - ele para os beijos e se cala, esperando que eu continue.

- Eu encontrei documentos de adoção no fundo da gaveta - as sobrancelhas de Sehun se juntam em dúvida - documentos de 23 anos atrás - consigo perceber que ele entendeu quando vejo a cor sumir totalmente do seu rosto, o garoto já era branco, mas naquele momento ele ficou totalmente pálido.

- É a sua idade - ele conclui e eu assinto.

- Meus pais adotaram uma garotinha chamada Jung Eunbi a 23 anos atrás, uma recém-nascida, literalmente.

- Jung Eunbi?

- E isso não é tudo, eu sei da onde vem o sobrenome Jung.

- Estou ouvindo.

- Minha mãe, ou seja lá quem ela for, sempre conta que tinha uma amiga muito próxima que morreu antes de eu nascer. O nome dela era Jung Eunji e elas eram amigas de infância, praticamente irmãs. Minha mãe sempre disse que a Eunji morreu algum tempo antes de eu nascer - suspiro antes de continuar - Eu só não imaginava que ela tinha morrido por minha causa, e nem que ela era... minha mãe.

- Você conversou com eles, Nha? Pode ser um engano.

- Não tem como ser um engano, Hun. Jung Eunji morreu em trabalho de parto, mas eu pensei que seu filho também tinha morrido. Mas eu sou a filha, e eu sobrevivi, e a senhora Park como melhor amiga da mulher me adotou. Parece bem óbvio para mim!

- Mas o Chanyeol saberia, certo? Ele é quantos anos mais velho do que você?

- 5 anos mais velho.

OH! » Oh SehunOnde histórias criam vida. Descubra agora