Foi um acidente feio: Meg foi encontrada inconsciente no banco de trás e Linda com o rosto coberto de sangue, sobre o volante. A frente do carro estava completamente destruida. Linda por consequência de estar sem o cinto de segurança, bateu no vidro do carro, ferindo gravemente a cabeça.
Meg não sofreu nem um arranhão, mas tomou uns medicamentos pelo susto e ficou em observação.
Maicon sofreu quando viu seu corpo disposta na cama do hospital. Seu grito de agônia e lamento ecoava por todo o hospital, enquanto Meg chorava de mãos dadas com a enfermeira.
Embora não entendesse muito bem o porquê de sua mãe estar ali, descansando(era como pensava). Em vez de estar em casa lendo sua historinha pra dormir.Passou dias. Linda estava na sala vermelha, só estava viva por causa dos aparelhos, ela não iria sobreviver. Mas, Maicon não aceitava a ideia de ver Linda em um caixão. Não deixava ninguém chegar perto, pra desligar os aparelhos. Queria manter Linda viva, mesmo que ela não falasse com ele, mesmo que ela não tomasse café com ele, queria ficar perto dela o maior tempo possível.
Depois de um tempo os médicos foram obrigados a desligar os aparelhos, e o corpo teria que ser enterrado.
No velório não havia muitas pessoas. Apenas alguns parentes distantes de Linda e a vizinha que ficou de Babá de Meg quando o casal viajou.
Maicon se deitou sobre seu corpo coberto de flores, pegou uma tesoura do bolso e cortou uma mecha dos cabelos longos de Linda, e os guardou no bolso dizendo: "ㅡAssim uma parte de você viverá pra sempre em mim."Depois de Linda ser enterrada, Maicon enlouqueceu. Começou a beber e a usar drogas. Mas continuou cuidando de sua filha Meg.
Sempre que chegava bêbado em casa, batia em Meg e a culpava pela morte de sua esposa.
Já pequena tinha a obrigação de arrumar a casa e preparar a comida. Muitas vezes passava dias sem comer direito, porque seu pai havia gastado todo o dinheiro do bolsa família e do seu trabalho comprando bebidas.
A sorte de Meg era a merenda escolar e os doces que tinha ganhado no dia das crianças, de onde saiu correndo com seus colegas atrás dos carros que jogavam doces pela janela. Se não fosse por isso, já teria morrido de fome.
Oque seria daquela pobre garota? Com um pai que quando bebia se descontrolava. Tão pequena e já sofria. Seis anos, correndo de um homem que não conhecia mais, mas ainda-o amava...Era o seu pai.11 anos depois
Meg já estava no ensino médio. Era muito inteligente, mas não prestava atenção nas aulas, por estar de cabeça baixa, coberta pelo casaco preto que tanto usava. Talvez estivesse de cabeça baixa por causa do olho roxo, que a maquiagem não escondeu muito bem.
Talvez estivesse sempre de casaco, não pelo frio, já que era um dia de primavera, mas pelos cortes nos seus braços.
Ninguém sabia. Se desconfiavam não falavam absolutamente nada, que aquela garota sofria agressões em casa, na própria casa.Foi no primeiro ano que Meg o conheceu: um garoto bonito e inteligente, Não o bastante para ver através dos olhos de Meg e enxergar seu sofrimento.
ㅡEae, qual seu nome? -dizia ele com uma voz grossa que tocou o coraçao de Meg.
Ela levantou a cabeça colocando disfarçadamente a franja no olho para esconder o hematoma rocho que a make não ocultou perfeitamente.
Ele percebe e acha que Meg está se assanhando.ㅡOi, meu nome é Meg, o seu é?
ㅡPrazer, Willian. Tem telefone?
ㅡTenho -disse ela escrevendo o número num pedaço de papel.
ㅡEstudou em qual escola ano passado?
ㅡNa FelixLeon, e você?
ㅡLá é integral né? Deus que me defenderay. Estudei na Samarino.
ㅡEu gostava de lá, melhor que o clima da minha casa.
ㅡ Então a gente se vê poraí. -diz ele abrindo um sorriso simpático.
Naquele dia depois da aula Meg não parava de sorrir pensando naquele garoto. A sensação era incrível nunca tinha se sentido tão feliz na vida.
Ah, aquele sorriso, pensava ela sorrindo.Na manhã seguinte, na aula de Sociologia, Meg baixou a cabeça como de costume na carteira.
Naquele dia tinha algo diferente, havia uma mensagem em letras miúdas escritas na banca. Só podia ser lida se baixasse a cabeça do jeitinho que Meg estava.
"Quer sair comigo?" Meg ficou se perguntando quem teria escrito aquilo, pra ela não podia ser.
Levantou a cabeça e olhou pra Willian que estava a poucas cadeiras a esquerda dela, ele estava sorrindo.
Meg demorou uns segundos pra falar, olhando fixamente pra ele, respondeu: "Eu quero!"
Falou muito baixo, que talvez nem ela tenha ouvido. Mas Willian abriu um sorriso ainda maior. Ele leu os lábios dela, que incrível.Não usem drogas! Só maconha.
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O diário de uma garota atormentada
أدب المراهقينMeg Hopkins uma garota com uma infância pertubadora, violentada pisicologicamente e fisicamente pelo seu pai depois da trágica morte da sua mãe. Descobre o prazer da vida quando conhece o Willian no ensino médio, a quem se apaixona perdidamente. S...