Cresci observando tudo a minha volta.
Como minha colega de turma agia quando estava perto das pessoas, rindo e fazendo piadas. E como ela agia quando estava sozinha, sem um pingo daquela felicidade no olhar.
Observava como as nuvens andavam mais depressa se eu fixasse os olhos nelas, e como meus olhos ardiam quando eu fazia isso.
Observei cada detalhe facial de um menino, no fundamental, no momento em que ele pegou minha moeda de um real, que minha mãe havia me dado.
Me observava estática vendo ele pegar meu dinheiro, e eu sem nenhuma reação.
Por que ele pegou meu dinheiro?
Por que todos estavam rindo?
Por que eu não agi?
Nesse instante, eu observava como eu conseguia fazer tantas perguntas e não sabia como responder nenhuma.
Observar era cansativo, mas me mantinha ocupada.
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Aquele em que eu escrevo as coisas que eu sinto
Casuale"Aquele em que eu escrevo as coisas que eu sinto", é um livro em que eu escrevo as coisas que eu sinto. Nele você vai conhecer o caos que eu sou, e talvez se identificar com toda a minha confusão.