Capitulo 0: Prólogo

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Olha só quem veio com uma RenTan!

O cap não está betado, então qualquer erro me perdoem
Ah, como eu estava morrendo de vontade de postar, acabei não revisando. Assim que eu acordar, irei fazer!

Se cuidem pessoal ❤ Boa Leitura ❤

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-Ah então você fala? - Um chute no rosto - A merda de um ômega pensa ter o direito de nos afrontar? - Outro chute, desta vez, na barriga - Reconheça a própria insignificância.

Mais chutes, socos, tinha perdido a conta de quanto apanhou, até tudo ficar escuro. Quando acordou, estava amarrado e jogado numa barca de carga de lixo. Foi deixado à própria sorte, marcado para morrer.

[...]

-Tanjiro! Acorda - Shinobu chamou, batendo na porta

Abriu os olhos, a cabeça doendo por conta das lembranças que vieram lhe atormentar. Piscou, tentando se acostumar a claridade. Quando se levantou, a primeira coisa que viu foram as cicatrizes dos anos de tortura espalhados por seu corpo. A segunda coisa - ou alguém - Foi Kocho invadindo seu quarto.

-Já levantei - Murmurou, indo até a cômoda e pegando as primeiras roupas que viu - Bom dia, Kocho

-Bom dia, Tanjiro - A beta sorriu, mas o ômega conseguia sentir seu olhar analítico

-Vamos, diga - Reclamou enquanto trocava de roupa

-Você não está tomando os remédios - Não era uma pergunta, Tanjiro sabia disso, a única resposta que teve foi suspirar e olhar a mulher

-E porque tomaria? - Olhou para a pequena janela que tinha no quarto - Um remédio cuja a função é aplacar as dores de ter uma marca rompida - Não olhava a beta, não queria, estava sentimental demais - Sabia Kocho? Dizem que quando um ômega tem a marca rompida, mesmo que seu destinado passe na sua frente, ele não vai notar.

-E porque não? - Shinobu questionou aflita

-Porque sua alma está quebrada - Quando Tanjiro se virou para a beta, seus olhos brilhavam num tom vermelho escarlate, mas a única coisa que chamava a atenção de Shinobu, era as lágrimas que caiam daquelas orbitas vazias

Shinobu Kocho nasceu beta e, com o tempo, decidiu se tornar médica para ajudar as pessoas, em especial os ômegas. Por ter crescido numa área de risco, viveu sob o constante terror que aquela classe passava. Claro, sua primeira opção era virar policial, mas foi recusada no teste de aptidão física. Conheceu Tanjiro cinco anos atrás, o ômega estava jogado numa balsa e foi levado as pressas para o hospital que, na época, fazia sua residência. As marcas de tortura eram nítidas, mas muitos ignoram. Meses depois, ela o encontrou vagando pelas ruas e, movida por compaixão, decidiu abrigar o ômega e, quem sabe, encontrar um meio de curar seu coração.

-Estou saindo - Tanjiro avisou, escondendo sua katana dentro da blusa e duas adagas na cintura

-Você vai encontrar a cura, eu sei - Shinobu sussurrou, vendo o ômega desaparecer na rua

[...]

-Está atrasado Gompachiro - Inosuke reclamou, desencostando da parede - Esqueceu o caminho de casa?

-Ao contrário de você, eu tenho mais o que fazer - Tanjiro murmurou, entrando no beco - Descobriram algo?

-Cara, Kibutsuji Muzan não é alguém que deixa rastros fácil - Hashibira comentou, parando em frente a uma porta e a abrindo - Mas eu não sou qualquer um

O alfa sorriu, entrando em um galpão abandonado. Era a base secreta deles. O alvo? Caçar o maior traficante de ômegas da história. Todos que estavam ali conhecem alguém, ou tiveram um parente sequestrado pelo beta. Foram até uma mesa, onde Agatsuma trabalhava em cinco telas diferentes.

-Olá Zenitsu - Tanjiro cumprimentou, vendo o beta acenar com a cabeça. Em poucos segundos, um mapa da cidade brilhava nas telas

-Os pontos em vermelho, são onde os sequestros ocorreram, os em azul, são testemunhas que dizem ter visto Muzan ou alguém de sua equipe - Zenitsu explicou, vendo os líderes olharem cada dado com atenção - No último mês, tivemos registro de vinte mulheres ômegas desaparecidas, dos homens foram dez.

Tanjiro encarou o mapa com cuidado, sentia que estava deixando algo passar.

-Ele está diminuindo - Inosuke comentou - Talvez esteja planejando sair da cidade

-Não, Douma foi visto no distrito vermelho - Agatsuma comentou, mostrando as fotos - Muzan nunca sai sem seu esquadrão de elite

O ômega ficou em silêncio, precisava pensar, colocar em prática o que aprendeu do homem para deduzir seu próximo passo. O beta mostrava onde cada membro do grupo estava posicionado, sendo em obter informações ou seguir os alvos. Não podia falhar. Uma ideia passou pôr sua cabeça. Não custava averiguar certo?

-Ei Zenitsu - Tanjiro chamou, atraindo a atenção do beta - Você disse que ômegas masculinos desaparecidos foram dez, certo?

-Sim - Confirmou, sem saber onde o ômega queria chegar

-Isso porque, na opinião dele, nenhum era valioso - Tanjiro sorriu - Mas, daqui uns dias, um membro da família Rengoku fará os exames, porém aquele rato tem certeza que o menino é ômega. Por isso não saiu da cidade ainda

-Maldito - Inosuke xingou - O irmão dele, aliás, toda a família é Yakuza. Como vamos nos aproximar?

-Pela porta da frente - Kocho falou, assustando os dois alfas que sacaram suas armas - Ora, é melhor guardarem isso

-Shinobu, a quanto tempo está me seguindo? - Tanjiro questionou, encarando a beta

-Desde que foi morar na minha casa, ou melhor, a residência borboleta - Shinobu sorriu, indo até eles - Porque não fazemos um acordo?

-E qual seria? - Inosuke questionou, o dedo próximo ao gatilho pronto para atirar

-Ajudamos vocês a caçar Muzan, trocamos informações e em troca, cada um terá direito a um pedido - A beta sorriu, olhando a todos - Ah, isso é uma proposta do mestre

InumanoWhere stories live. Discover now