Amor Em Cores

Euforia Amarela

"Porquê?
Porque é que este momento não pode durar para sempre?
Não.
Nunca pares de ser tu própria.
Não vás.
Cada vez que eu inspiro, és tu que ne inspiras.
Euforia.
Para sempre e até ao fim dos tempos.
A partir de agora, eu e tu apenas.
Nós vamos mais além."

- Loreen - Euphoria -

😳🌻😳🌻😳🌻😳🌻😳🌻😳

Então, eles marcaram encontros e foram-se conhecendo ... foram-se conquistando... foram-se enamorando cada vez mais. Quando estavam um com o outro, tudo ganhava mais cor, tudo ficava mais alegre e, como por magia, o mundo inteiro parava para que eles pudessem estar a sós.

Hoje, Katy preparava-se para ir dar um passeio pelo parque em que ela e o Mark se conheceram. Fazia um mês desde que eles se cruzaram e o rapaz a quem ela se rendera em tão pouco tempo havia-a convidado para que fossem fazer um piquenique na beira do lago que havia no parque onde se deu aquele feliz acaso.

E a jovem caprichou no visual. Ela decidiu levar vestida uma das melhores peças do seu armário: o célebre vestido de cetim azul celeste. Este batia-lhe nos joelhos e tinha um detalhe rendado nas mangas do vestido. Para completar o visual, ela aplicara um batom vermelho vívido e fizera duas pequenas tranças discretas em cada um dos lados da sua cabeça.

Ela olhava-se ao espelho e não cabia em si de ansiosa. Ao ver como lhe assentava o vestido, tão leve, tão requintado, tão celestial, ela pensou no que o Mark acharia. E então suspirou insegurança. Ela gostava muito dele e cada momento com ele era incrível, mas o rapaz, que ela veio a descobrir ser canadiano, não demonstrava ter muito interesse numa relação.

Contudo, ela pôs essas ideias de lado e encaminhou-se ao parque em frente ao prédio, para a zona do lago onde Mark já a esperava com a toalha estendida sobre a relva verdejante. No caminho, ela encontrou uma mulher de etnia cigana a bailar nas ruas, ao som de música tradicional. Ela estava descalça e trajava um vertido amarelo lindíssimo. O seu sorriso era amplo e, a cada movimento jovial e vivo, o seu cabelo longo, negro e selvagem esvoaçava pelo vento. Ao lado dela, dançava um homem que não parava de lhe lançar olhares. Ambos pareciam rendidos um ao outro.

Katy admirava toda aquela química e felicidade. Ela desejava ter toda essa cor na sua vida. Uma cor jovial e pura, alegre como amarelo. Um amarelo intenso e caloroso como o Sol primaveril que confortará a sua vida nos dias mais cinzentos. Katy precisava de ter algo assim na sua vida.

E, quando ela chegou ao local do piquenique, descobriu que a cor chegou à sua tela mais cedo do que ela esperava.

Mark esperava por ela no centro da toalha. Ele estava rodeado de pétalas de rosa vermelhas e tinha um enorme bouquet à sua frente. Quando a rapariga de cabelos castanhos se aproximou dele, confusa, ele ajoelhou-se e sacou de dentro do bolso do casaco um pequeno estojo prateado na forma de um coração.

- Mark, o que é que...? – sem perceber a situação, a jovem de traços asiáticos tomou o ramo de rosas que lhe era estendido, e o rapaz tomou-lhe a palavra no mesmo instante.

- Katy, nós podemos ter-nos acabado de conhecer, mas neste mês que passei contigo eu experienciei alguns dos melhores momentos da minha vida. Eu não sei o que pode acontecer daqui para a frente, nem sei como vai funcionar quando eu tiver de voltar para o Canadá. Eu só sei que te quero ter ao meu lado. – diz ele lentamente, abrindo o estojo, expondo a aliança prateada no seu interior. Katy começa a tremer perante a joia. Lágrimas de nervosismo preenchem seu olhar.

- Katy, - Mark volta a chamar a atenção à jovem que baixou o olhar. – Queres ser minha namorada?

Ela chorou. Chorou de plena alegria e comoção pelo belo pedido que o rapaz acabou de lhe fazer. O seu coração aqueceu de ternura e felicidade. Estava incrédula. Toda ela tremia que nem varas verdes da cabeça aos pés de tão abissal que era o seu nervosismo e espanto. Ela estava completamente surpreendida, mas sabia exatamente o que queria responder.

- Sim! – entre lágrimas e soluços, a rapariga pálida responde. O canadiano levanta-se e sela o momento com um abraço intenso e caloroso como o Sol primaveril.