𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 7

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Minhas pernas ainda bamba e minha mente perdida, me fez por um momento me sentir perdido e aonde eu estava. Olhei para a câmera do elevador... Cretino, Sr. Skarsgård havia me dito que estava ligada, mas nem funcionando ela estava. Dou um sorriso ao sentir as dores nas pernas. Espere, o que? Eu estava sorrindo de lembrar dele? Aquele filho da puta não perde por esperar, na próxima... Não vai haver uma próxima, apesar de meu corpo traidor querer sentir ele dentro do mim novamente.
Ao voltar para minha micro sala, eu só queria vê ele sair da sua sala e ver seu rosto.

- Para de pensar nele_ brigo sussurrando comigo mesmo.

Eu pelo menos ganhava bem, eu trabalho pra família Skarsgård a mais ou menos seis anos, desde quando eu saí da faculdade. Passei por duas gerações de chefes, mas nem Vincent Skarsgård, pai de Archibald, nem Christer Skarsgård, irmão do mesmo, me tratavam da forma que Archibald Skarsgård me tratava, e olha que não estou falando sexo. Eles eram bons, não só como executivos, mas como pessoa também, ambos se importavam com todos que trabalhavam aqui, antes deles mesmo. Acho que pode até ser por isso que ganhei um aumento muito bom, por ter que aturar Archibald Skarsgård como chefe. Há se Vincent descobre que ele estava me fodendo.

Olhando minhas anotações, percebi que mês que vem teríamos uma viagem para Vancouver. Estaríamos no mesmo hotel, mesmo carro, mesmo escritório, séria difícil ter que ficar do lado dele e não imaginá-lo dentro do mim.

Vi a porta de sua sala se abrir, ele estava lindo, tinha ajeitado as roupas, mas o cabelo continuava igual depois que transamos no elevador, bagunçado, com uma maleta preta na mão e o casaco na outra. Eu tinha certeza que ele não olharia para mim.

- Sr. Skarsgård._ o chamo.

Ele venho até minha sala, nem se quer olhava para mim. Era mesmo um filho da puta.

- Precisa assinar esses documentos, agora._ ele odiava quando eu mandava nele. Entrego uma caneta para ele, pegando com a cara fechada como um adolescente. Ao entregar a caneta, nossos olhos encontram-se, e o silêncio reinou, não desviamos os olhos por um bom tempo.

- Bom final de semana, Hills._ disse saindo.

Engulo seco.

~*~

Eu havia passado a noite toda acordado, meus pensamentos impuros só me levavam ao cretino do meu chefe e no prazer que ele me causava. Nossa cena no elevador não saiam da minha cabeça, lá estava eu menos uma Jockstrap, o que ele fazia com ela? Será que ele havia pegado a que ele rasgou na sala de conferências? Eu na verdade não me preocupar com elas e sim quando seria a próxima vez que transariamos?
Levantei da cama, eu precisava tirar aquele homem da minha cabeça, mas as dores que eu sentia, me faziam lembrar dele, descidir sair para correr antes do almoço que eu teria com a Sophie e Madeleine, uma das minhas amigas mais antiga.
Antes mesmo de voltar para meu apartamento, pensei em passar no shopping, em uma loja aonde eu comprava minhas roupas íntimas, já que o Sr. Skarsgård iria rasgar cada uma que eu usasse, eu precisava ter reservas.

- Está aqui de novo?_ disse a vendedora sorrindo.

Fiquei estranho, ela percebia minha frequência na loja, bom, eu ajudava pagar o salário dela.

- Bom, eu separei algumas para você, temos Versace, Off-White e algumas da Calvin Klein. Recebemos algumas Jockstraps Nova's, e uma seleção de renda. Pode ir ao provador caso queira._ disse ela me deixando ali escolhendo.

- Eu gosto de renda._ disse com uma voz calma e melodiosa.

Eu não acredito. Que caralho aquele homem estava fazendo aqui? Estava me espionando?
Respiro fundo e me viro para olha-lo. Ele tirou os óculos.... e nossa como ele estava bonito, me perdi por um curto tempo em seus penetrantes olhos azuis. Ele estava usavando uma jaqueta preta, com uma blusa preta de cola rolê e uma calça bream.

- Rasga com mais facilidade._ disse se aproximando de mim.

- Que caralho faz aqui? Agora me persegue fora do trabalho também?_ o questiono com um sussurro.

Ele se aproximou de mim, pegando na minha cintura e dizendo no meu ouvido.

- Estou sempre de olho no que me pertence.

Ok. Eu estava trêmulo, aquele homem conseguia me fazer tremer só com um toque. Ao ver a vendedora vir até nós ele me soltou rápido e se afastou, me deixando meio bambo. Ela me olhou e sorriu e sorriu para ele, que mostrou os dentes em um sorriso forçado.

- Já foi atendido, senhor?_ perguntou a ele. Ela tinha um sorriso de canto a canto. Aquela mulher estava tentando se jogar pra cima dele?

Sr. Skarsgård pegou uma cueca de renda preta entregou o valor a vendedora e saiu. Ela e eu ficamos se olhando por um tempo constrangedor.
Filho da puta, ele sabia sair e deixar um vácuo e causar um desconforto.

Logo após o constrangedor encontro com o meu chefe na loja de roupas íntimas, me encontrei com as meninas em um restaurante perto da onde eu moro. Sophie e Madeleine já haviam chegado, eu estava atrasado pelo meu "encontro" com meu chefe.
Madeleine sorriu ao me ver, havíamos feito faculdade juntos, mas ele não seguia a carreira, e agora trabalha na Gucci, como vendedora. Ela sempre que pode, trás roupas e sapatos para mim, com um preço menor é claro, mas quem não daria 1900 dólares em um sapado da Gucci?!

- Me diz, como está sendo com o Sr. Inferno?_ perguntou ela.

Eu gostaria de dizer a verdade para as duas, mais não podia expor, eu poderia perder meu emprego.

- Está um inferno. Ele me fodeu essa semana, por que cheguei atrasado._ bom de certa forma ele me fodeu de verdade, má olhando de outra ângulo, ele estava me tratando dez vezes pior que antes.

- Eu nem trabalho para ele, mas sei muito bem o quão o Sr. Inferno é possessivo e egoísta. Bom pelo menos você vai sair de lá._ disse Sophie.

Eu só conseguia pensar em como tudo estava indo de mau a pior, mas aqueles olhos azuis também não saiam da minha cabeça.

Todo Seu: O Doce E Perigoso LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora