Todo Seu: O Doce E Perigoso Limite

𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 4 ( REVISADO )

Ele apertou os olhos, e então abre um sorriso malicioso. Isso me desarma. É claro que sabe, Aiden. Archibald havia feito curso para Como ser um Cafajeste.
Em um momento, estou confuso e irritado, logo em seguida, derretido por um sorriso. Uau... aquilo era fascinante. Me esqueço completamente o que ele está falando. Seu olhar parecia expor meus segredos, o que estava me deixando constrangido.

- Sr. Hills, é um prazer oficialmente lhe conhecer._ disse ele se aproximando de mim.

Sorri para ele, não queria parecer despreparado. Mais foi só quando senti o gosto de sangue na boca, que me dei conta de que mordia os lábios. Meu corpo tremeu a partir do segundo em que aquele homem sorriu para mim, mas eu ainda tentava me parecer firme. Passei levemente os dedos na boca, tentando me livrar do sangue.
Ele pareceu me cortejar, quando segurou minha mão, apertando suavemente meus dedos.
Ele mau podia pensar para onde meus pensamentos rebeldes estavam se dirigindo em relação a ele. Eu poderia observa-lo o dia todo... Seu porte alto, de ombros largos, esbelto e a forma com suas calças pendem de seus quadris... Seus cabelos loiros dourados combinavam com os olhos azuis claros como o céu de manhã cedo.
Ele sorria enquanto olhava para mim, eu nem sequer ligava para o que falava, só confirmava com a cabeça. E por um momento sr. Skarsgård aparentou sua idade, jovem, despreocupado e bonito, até perder o sentido...

- Ok. Eu só espero que podemos dar certo... em equipe.

Enguli seco aquele fora que havia tomado, sem entender o que ele dizia antes, eu só respondo SIM. Algo dentro do mim brotou, recomponho-me na cadeira e olho para ele da mesma forma que ele me olhava. Recuou um pouco, pigarrou e dobrou as pernas, pondo uma sobre a outra.

~~*~

Mais tarde, eu recebi um e-mail da RFC, Ryan Filippus Corporation, aparentemente eu estava na lista de espera, para ser um novo CEO da empresa. Mas antes eu teria que apresentar uma palestra para alguns executivos. Se eu me saudade bem, concorreria ao cargo. Era claro que estava feliz. Seria um sonho, ser um CEO parecia estar tão longe, e agora eu estava sem uma lista. Mas eu teria que apresentar minha palestra para eles no Canadá ou Paris, eles ainda não sabiam bem a locação. Eu estava explodindo felicidades, somente com um sorriso, mas eu queria mesmo era gritar.
Com esse concurso ganho eu poderia receber um cargo de CEO da empresa deles aqui em NY, mas eu teria que continuar o estágio na Skarsgård Enterprise por mais cinco meses, e apresentar minha tese para a MBA.

Sophie me ligou logo depois da boa notícia que tive, ele parecia muito mais feliz que eu. Éramos amigos desde sempre, ela sempre soube de como eu queria uma promoção dessa, e pelo que parece havia sido ela que tinha me indicado para o trabalho. Assim como eu, ela também é uma das estagiárias da SEH, mais fazendo parte da um outro setor no prédio.

TRÊS MESES SE PASSARAM, eu estava de volta a SEH, após a viagem da RFC, para o hotel em Vancouver Canadá. Já havia começado a semana atrasado para o trabalho, tudo estava dando errado naquela manhã, o trânsito estava mais lento, o elevador parecia mais lento, as pessoas na minha frente pareciam mais lentas. E para melhorar o dia, eu  havia deixar cair um pouco de café na minha camisa.

- O que houve?_perguntou Tyler se adentrando em minha sala.

- Uma manhã difícil!_ digo tirando a camisa.

Vi Tyler se afastando devagar, eu estava fodido! O tempo havia se fechado e eu estava falando do fodido Sr Skarsgård.

- Uma manhã difícil?_ afrontou em um tom autoritário. É claro que eu sabia da sua reputação egocêntrica e autoritário. Mais eu não estava podendo com aquele homem.

- Tive uma manhã meio desastrosa. Não vai acontecer de novo._ eu disse,
aliviado por minha voz sair sem tremer. Nunca me atrasei antes, nem uma vez, mas é claro que ele tinha de fazer uma cena na primeira vez que aconteceu.
Passei por ele, guardei minha bolsa e o casaco no armário, de lá também peguei uma camisa reserva.
Tentei fingir que ele não estava ali de pé na frente da porta, assistindo a cada movimento meu.

- Uma "manhã desastrosa" é uma descrição muito apropriada para o que eu tive de passar com a sua ausência. Tive de pedir desculpas a Amanda Loius por ela não ter recebido os contratos assinados quando prometido: às nove da manhã, no horário da costa leste. Tive de ligar para Sara Wanderley pessoalmente para confirmar que iríamos sim prosseguir com o trabalho como descrito. Em outras palavras, fiz o seu trabalho e o meu nesta manhã.

Era nítido o seu nervosismo, mais havíamos mantido contato todos os dias enquanto estava em viagem, haviam sido apenas um mês, o que ele fazia parecer uma década. Mas pelo jeito nada valia a pena para ele. Garanto que ele conseguirá chegar aqui antes das oito da manhã, tem gente que começa a trabalhar bem antes do café da manhã.

Levantei a cabeça para encara-lo enquanto ele me julgava com os braços cruzados, e tudo por eu estar apenas uma hora atrasado. Então desviei os olhar, para não ficar encarando a maneira como o terno escuro e bem cortado envolvia seus ombros largos. No primeiro mês em que trabalhamos juntos, houve uma convenção e fiz a besteira de visitar a academia do hotel, dei de cara com ele sem camisa e todo suado ao lado de uma espreguiçadeira. Ele tinha o rosto que qualquer modelo gostaria de ter e o cabelo mais incrível que eu já vi em um homem.
A imagem dele passando a camiseta no peito ficou para sempre marcada na minha memória. Mas, é claro, ele teve de estragar o momento abrindo a boca: "É bom ver que você finalmente está tomando interesse em cuidar do seu corpo, sr. Hills".

Filho da puta.

- Me desculpe, Sr. Skarsgård. Isso não irá mais acontecer._ repeti deixando escapar um pouco de veneno na voz. - Eu entendo o sacrifício que foi para o senhor usar um fax e atender ao telefone.
Como já disse, não vai acontecer de novo.

Ele ainda continuava me olhando, um olhar desprezível e pretensioso. Talvez ele tivesse desviados os olhos rapidamente, enquanto eu trocava de blusa. Mais parecia sutil demais, era minha imaginação.

- Exatamente, não vai mesmo._ ele respondeu.