𝓒𝓪𝓹í𝓽𝓾𝓵𝓸 18

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Levanto minhas roupas, fechei os botões da camisa que eu estava usando e ajeito a gravata de Archibald, que agora estava com as mãos nos meus quadris.

– É tão ruim saber que o que estamos fazendo é errado e podemos perder nossos cargos, caso seu pai saiba._ digo alisando seu peitoral.

– Isso é o doce e o perigoso limite, meu amor._ disse me puxando para perto dele e cheirando meu pescoço.

– Eu tenho que sair agora. Vou me encontrar com Madeleine para um café... Vou estar com o celular, caso precisem de mim, ou receba alguma coisa dos executivos eu mando para seu e-mail.

– Tudo bem. Pode trazer um café para mim quando voltar? Sem leite, e com creme._ disse fechando o cinto.

Ao sair da sala, Sophie me encontrou no saguão, parecia elétrica e nervosa.

– Aiden, temos que conversar.

– Estou indo me encontrar com Madeleine para um café, quer ir junto, podemos conversar no caminho.

– Não posso, tenho que entregar as anotações da reunião para o Sr. Rogers... Conversamos depois do expediente então.

Estava difícil para sair do prédio naquele horário, em cada andar dia ou mais três pessoas entravam no elevador.

– Senhor Hills, que bom ter te encontrado aqui._ falou um senhor do décimo andar.

– Ei sr. Graham. No que posso ajudar?_ digo desconcerto dentro daquele elevador lotado.

– Soube do seu lance com aquele estudante de medicina.

– O senhor, Upper west side e toda Manhattan. Estou famoso, sr. Graham.

Ele sorriu da minha desgraça.

– É uma pena, mas você vai encontrar alguém... Vejo pelo sorriso que talvez já tenha alguém em mente._ disse encostando no meu ombro.

Quando percebi que sorria, parei. É talvez eu até havia encontrado alguém.

– Está enganado._ a porta do elevador se abriu no térreo. – Quem sabe um dia, não é? Mas agora tenho que ir._ digo saindo.

O dia estava claro, mas ainda muito frio, eu estava congelando, até poderia ligar para Madeleine para saber onde ela estava, mas isso congelaria minhas mãos. Caminhei um pouco até vê-la acenar do outro lado da rua, seus cabelos loiros estavam presos em um coque, ela usava um sobretudo bege que combinava com as botas

– Desculpe a demora, não quis te fazer esperar._ digo a ela, quando entramos
na cafeteria.

– Acabei de chegar, peguei um trânsito até aqui.

Após um curta conversar sobre seu emprego e que ela havia encontrado um homem que a fez querer trocar de profissão, ela se calou e ficou me olhando com um sorriso suspeito.

– O que houve com você?_ questionou ela.

Dou um gole no capuccino e levo o olhar para janela do estabelecimento.

– Está assim por ele, não é?_ o interrogatório iria começar e eu tinha que me preparar.

– Me separei, não se lembra?_ digo.

– Quis dizer Archibald.

– O que é?_ digo surpreso.

– Você sorriu._ disse ela me empurrando devagar. – Tá gostando dele!

– Não, eu não fiz.  Eu odeio Archibald.  Não me faça perder o apetite.

Ela claramente não havia caído naquela mentira que eu havia contado, só pelas feições da cara dela. Que vergonha de mim, eu nunca havia mentido tão mau. Pelo menos ela fingiu ter acredito, não pareceu ter sido tão ruim.

Todo Seu: O Doce E Perigoso LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora