As estrelas também choram I Conto Completo

Capítulo dois.

Boa leitura!
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  Por que você fez isso? Por que me deixou?

  Você não tinha esse direito, não tinha!

  Tomo mais um gole da garrafa já quase vazia de vodka enquanto me agarro a raiva que sinto de você, por que se não me agarrar a raiva, só vai me sobrar a dor, e eu não posso lidar com a dor.

  Não agora e talvez nunca.

  Como você pôde fazer isso comigo?! Você me prometeu que estaria aqui! Você me prometeu! Você não devia ter me deixado, deveria ter me levado junto, não vou conseguir continuar sem você... não vou conseguir continuar a nadar...

  — É tudo culpa sua, sua maldita estrela azul! — Grito de forma praticamente incompreensível por conta do álcool.

Minha mente está confusa e o céu está girando.

  Me sento e coloco a cabeça entre os pernas, nunca fui muito resistente ao álcool, você sabe disso ou sabia. 

  Não sei.

  Uma onda de sono enorme me atinge e deito com os olhos pesados quase não conseguindo mantê-los abertos e permito que algumas lágrimas desçam por meu rosto.

  Olho mais uma vez pro céu que já fora estupidamente estrelado, um telespectador de um amor puro, verdadeiro e natural. Perfeito, mas finito. Dolorosamente finito.

  Hoje apenas duas estrelas brilham, a estrela ridiculamente azul e outra maravilhosamente brilhante.

  Tento olhar feio pra estrela brilhante mas não consigo, talvez seja a bebida digo a mim mesmo.

  Estou com tanto sono...

  E novamente estou adormeçendo nesse maldito jardim, mas dessa vez tudo está diferente, nada nunca mais vai ser igual.

  Está frio e seus braços não mais me aquecem. Você não está mais aqui.

  Você se tornou sua própria estrela.

  — Maldita estrela idiota. — Murmuro antes da escuridão me levar...

Até mais seres humanóides!
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