Um prato de culpa por favor...

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Em algum lugar da cidade, Nathaniel se encontrava sorridente junto aos seus amigos do lado de fora de um bar. Segurava seu baixo dentro da "maleta de baixo", usava uma camisa preta, casaco quadriculado verde por cima, calça jeans e um tênis vermelho.

— Eae, loirinho! Demorou pra chegar hoje, hein! Tava paquerando alguma "mina"? — Alex perguntou de forma maliciosa. Ele era alto, tinha o cabelo moreno  até os ombros, trajava uma calça jeans e um moletom escrito "The life is a perfect shit" enquanto segurava um copo de café preto extra forte.

— Esse aí?! Duvido! Só quer saber em ganhar dinheiro do tio! — respondeu Lucas, um garoto baixo, o cabelo recém pintado de rosa, usava brinco na orelha, trajava uma camisa branca lisa, calça moletom preta e seus velhos crocs cinza.

— Não é bem verdade, galera! Tenho consideração pelo meu tio, então estou fazendo o trabalho pra ajudar ele também.

— Ok, mas por que você demorou tanto, Nathaniel? — Era a vez da Suny, uma descendente chinesa. Tinha o cabelo cortado até os ombros, trajava uma camisa preta escrita "I Love Pandas", um short moletom cinza e um tênis preto.

— Então, Serious Lady, eu estava dormindo, depois fui ajudar meu tio em algumas coisas da cafeteria. — Suny odiava quando seus amigos a chamavam de "Serious Lady", afinal, ela não era séria por querer. Se não fosse ela que interpretasse um papel sério naquele grupo, a banda já teria se desfeito há muito tempo.

— Tinha esquecido que seu tio tem uma cafeteria. — Alex murmura enquanto dá uma pequena bebericada em seu café que já estava quase esfriando.

Eles acabam a conversa com o comentário do Alex e entram no bar. Aquele era o único local que aceitava a banda e que o proprietário não era um gordo bêbado ranzinza que só ligava para dinheiro e tratava mal os trabalhadores de lá. 

E lá estavam eles, cantando e tocando músicas de própria autoria, tais quais alternavam entre indie e rock, pois, de acordo com a líder: "Não tem porquê se restringir em um só gênero de música. A sociedade e o governo já restringe nosso estilo de vida." 

As mulheres, já um pouco alteradas pelas bebidas, dançavam loucamente no meio do bar. E os homens, também alterados, tentavam dar em cima da vocalista, mas a mesma não ligava. Se fosse a primeira vez dela tocando naquele bar, talvez ela se importasse, mas, com o tempo, percebeu que nada iria lhe acontecer. E, se um dia algo houvesse de acontecer, ela teria "os três mosqueteiros" para ajudá-la.

[…]

Em frente ao FoodTruck, com seu lanche já terminado, Angel se levanta antes de olhar as horas.

"Já são 22:40.", pensa. "Acho que já vou indo pra casa."

Mas ela realmente não queria ir. Não com o pensamento e sentimento de que se fosse para casa, aquele dia iria acabar ali, sem mais nem menos.

Pegando o celular e discando um número conhecido, Angel decide mudar o destino solitário daquela noite. Ela queria conversar, se distrair, mas para isso precisava de alguém que poderia aturá-la naquele momento.

— Alô? Angel? — pergunta a voz do outro lado da chamada.

— Hey, sou eu. Err… posso dormir na sua casa hoje? — pergunta meio hesitante, não estava tão confiante quanto à resposta que receberia.

— Claro que sim! Vou já preparar as coisas aqui, beijos! — a voz estridente declarava a animação do outro lado da linha, o que fez a jovem sorrir antes de encerrar a chamada.

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