O Max regressa a casa.

45 4 0
                                        

Depois da dose de sedativos ser reduzida, dois dias depois o Max acordou. Como os médicos já esperavam, quando o Max acordou não consegui-o mexer as pernas nem senti-las. Três dias depois de acordar e ter todos os exames feitos, ele regressou a casa com cerca de uma dúzia de medicamentos, e o nosso maior pesadelo uma cadeira de rodas.
A fisioterapia começou logo no dia seguinte, apos a sua chegada a casa. Era desolador ver o meu irmão naquela cadeira de rodas.

O Mike e as minhas amigas dizem que depois do Max ter regressado a casa eu nunca mais fui a mesma. Já não era aquela rapariga que chegava à escola com um sorriso de orelha a orelha, toda contente por ter o namorado a seu lado. O Mike passa os dias a dizer que fiquei fria, que já não lhe dou a atenção como antes. O que eles não entendem é que a tristeza de ver o meu irmão numa cadeira de rodas é tanta que a minha vontade de viver vai se reduzindo a cada dia que passa.

Os progressos feitos são poucos ou nenhuns e a probabilidade dele voltar a andar é pouca .Cada dia que passa a esperança vai diminuindo,coisa que não queria que acontecesse comigo. Ainda bem que o Max, tem mais otimismo do que eu, ele sempre foi assim, mesmo quando era criança e fazíamos uma asneira eu ficava cheia de medo de que quendo a nossa mãe chegasse a casa descobrisse e dos desse um castigo ou um galhardete, ele dizia-me sempre:

-Mana tem calma eu falo com a mãe e tudo se resolve tu sabes que sim eu faço beicinho e uma carinha fofa a mãe não resiste e nós 'tamos safos.

A verdade é que ele sempre que ele fazia beicinho e metia cara fofa a nossa mãe não resistia e nunca nos batia nem castigava. E desde esse tempo que eu o considero como meu herói.
E assim continua optimista e sonhador nos ultimos dias passa a vida a dizer "dentro de pouco tempo estou outra vez a andar e a correr e a encher-vos o juizo", e o que eu mais quero é que realmente isso aconteça.

YaraOnde histórias criam vida. Descubra agora